Postura e imagem profissional: o sucesso a olhos vistos

Postura e imagem profissional: o sucesso a olhos vistos

As diferenças entre postura e imagem profissional e o que fazer para mantê-las

Você sabe: quem vê cara não vê coração. Apesar disso, a imagem que construímos perante as pessoas é o que elas formarão como um primeiro conceito.

Bom para você se a avaliação da sua imagem for boa, mas se for ruim, você terá grandes dificuldades para encontrar emprego ou para ser promovido na empresa.

Leia este artigo até o fim para saber: 

  • A diferença entre imagem e postura profissional
  • A importância da imagem
  • Postura e imagem profissional no processo seletivo
  • O que fazer para ter uma boa imagem profissional
  • Garantindo uma primeira boa impressão no trabalho

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Postura e imagem profissional são diferentes?

Sim. Postura contribui para formar imagem, mas não é o único componente dela.

A postura é a maneira como você se porta dentro da empresa, a partir de vários aspectos:

  1. Sua visão sobre os fatos: você vê as coisas de maneira mais positiva ou negativa. As diversas situações são encaradas como desafios a serem superados ou como problemas.
  2. Seu alinhamento corporal: você caminha com determinação ou se arrasta pelos corredores. Sua coluna fica ereta, com ombros elevados, ou você se deixa no espaço como um naco de carne disforme. Sentado você ocupa o espaço da cadeira ou se aninha como um saco de batatas escorregando.
  3. Sua atitude diante das necessidades: você é proativa e toma a frente das iniciativas ou finge que o assunto não é com você e fica calada. Sugere e propõe alternativas ou se limita a fazer o óbvio sem se importar com os motivos.
  4. Sua responsabilidade com relação ao tempo: você é pontual e chega na hora em que foram marcados os compromissos ou acha que 20 minutos de atraso são totalmente aceitáveis. Começa e termina as reuniões na hora em que foram agendadas ou perde o foco e fica falando duas horas depois do final programado.

Caso você tenha se encaixado nas primeiras possibilidades que assinalei nos tópicos acima em negrito, parabéns. Você tem uma postura profissional muito boa e que, certamente, vai lhe proporcionar maiores facilidades para o desenvolvimento da sua carreira.

Do contrário, se você se viu mais nas segundas possibilidades, fique alerta. Sua postura não é das melhores e isso pode lhe custar a perda de algumas promoções e, em último caso, até mesmo uma demissão.

Imagem é tudo (e um pouco mais)

Imagem da Capa do Livro "A Sociedade do espetáculo" de Guy Debord

Há muitos anos um comercial de refrigerante afirmava: “imagem não é nada, sede é tudo”. Este foi um anúncio premiado na época e impactou a memória de muitos consumidores.

Na prática, no entanto, este conceito está totalmente equivocado. Imagem é tudo. A maioria dos produtos e serviços que nós consumimos tem sua escolha baseada na imagem deles.

O filósofo francês Guy Debord apelidou as nossas relações sociais de “sociedade do espetáculo”, porque tudo decorre da imagem que a “espetacularização” dos fatos consegue criar.

E no mundo corporativo? Como as coisas funcionam? Da mesma maneira. Com a imagem em primeiro lugar.

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Postura e imagem profissional no processo seletivo

Pessoas com imagem e postura profissonal aguardando para serem entrevistadas durante um processo seletivo

Pense bem: como é feita a seleção de um profissional para ocupar uma vaga. Começa com a análise do currículo. Caso o seu resumè consiga construir uma boa imagem na mente do recrutador, você seguirá para a próxima etapa.

Chegou na entrevista: dependendo do que você diga, da sua postura e das suas vestimentas, o avaliador poderá ficar impressionado e encaminhá-lo para uma dinâmica de grupo.

Nesta nova etapa, seus conhecimentos técnicos serão analisados, mas vale mais sua postura, suas iniciativas, comunicação assertiva e demonstração de liderança.

Passou para a conversa final com seu gestor direto. O que vale agora, acima de tudo, é a imagem inicial que ele fará de você. Em outras palavras, se ele foi com a sua cara, você está empregado. Caso contrário, continue tentando em outras empresas.

Perceba que a seleção se faz muito baseada nas impressões que os recrutadores criam a seu respeito. As habilidades técnicas são importantes, mas é possível que vários candidatos empatem nos seus conhecimentos, o que leva o desempate para a disputa de imagem.

O que fazer para ter uma boa imagem profissional

Você precisa impressionar as pessoas quando está disputando uma vaga e também depois, já trabalhando na empresa. Imagem é algo para cuidarmos todos os dias, o tempo inteiro.

Além das alternativas apresentadas anteriormente sobre postura, você pode acrescentar mais algumas atitudes:

  1. Exponha-se em todas as situações possíveis. Não para fazer figuração falando obviedades, mas sempre que tiver uma contribuição a fazer. Para aproveitar melhor essa possibilidade, leia o artigo que mostra como “vencer a timidez” 
  2. Vista-se de forma impecável. Não estou falando de moda, nem do preço das roupas, mas de usá-las bem passadas, limpas e ajeitadas ao seu manequim. Tudo vai depender da cultura da sua empresaMas como regra geral, evite sapatos sujos, calças apertadas demais, decotes exagerados, camisas rasgadas, casacos manchados.
  3. Pratique a cordialidade. Coisas muito simples podem fazer uma diferença enorme. Diga “bom dia” ao chegar, despeça-se com um “até amanhã”, peça “por favor”, retribua com um “obrigado”. Além disso, levante-se da cadeira para cumprimentar e estenda o braço para dar um aperto de mão firme.
  4. O olhar é o espelho da alma. E um bom caminho para construir uma boa imagem. Olhe de forma amigável para as pessoas com quem conversa. Olhos nos olhos, sem intimidação. Nada de fugir o olhar para baixo ou para o teto.
  5. Demonstre conhecimentos gerais. Os profissionais antenados nos acontecimentos da atualidade e em fatos históricos com reflexos nos dias atuais são melhor vistos. Leia artigos, assista jornais de TV ou na internet, ouça noticiários de rádio. Atualize-se, faça uma análise do que viu e compartilhe nos momentos adequados.

A primeira impressão é a que fica

Imagem de um aperto de mão simbolizando o momento de um primeiro encontro

Isso é uma verdade parcial. De fato, o impacto inicial que causamos nos outros define muito do que pensarão a nosso respeito e como nos tratarão.

No entanto, é possível mudar a primeira imagem que desenvolvemos a nosso respeito, a partir de algumas reações:

1 – Não insista em ficar argumentando que você não é o que pensam a seu respeito. Nestes casos, o simples discurso repetitivo pode até mesmo reforçar o retrato falado que já fizeram.

2 – Pergunte às pessoas porque é que elas têm essa visão sua. A partir do que disserem, analise a possibilidade de passar a agir de forma diferente, de tal maneira que surpreenda os outros por um comportamento não esperado

3 – Caso você chegue à conclusão de que a imagem que fazem de você não te incomoda e você definitivamente não pretende incorporar outras características, assuma e tire o melhor proveito disso. Por exemplo, se o veem como “devagar”, responda “a pressa não leva à excelência”, “a sabedoria não precisa de pernas para correr”,  “levo mais tempo para fazer uma única vez”, “cada um tem um ritmo e todos são importantes e complementares” ou frases semelhantes.

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Postura e imagem profissional: o sucesso a olhos vistos

Media training, assessoria de imprensa e as técnicas de oratória

Lições de oratória específicas
para o media training

As técnicas de oratória podem ser utilizadas em praticamente todas as situações profissionais e muitas de cunho pessoal. Para cada caso existem algumas diferenças que devem ser observadas.

Neste artigo vamos nos concentrar na oratória para media training e como você pode tirar proveito dessas dicas para se sair melhor em entrevistas concedidas a jornalistas.

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Para que serve o media training

Ilustração de um executivo com o melhor desempenho segurando o seu trofeu de media training dando uma entrevista

De forma bastante simples pode-se definir o media training como um treinamento realizado dentro do planejamento de Assessoria de Imprensa com um executivo ou porta-voz da empresa, com a finalidade de obter os melhores resultados em contatos com a imprensa em geral.

Não importa qual seja o veículo, quer seja impresso, eletrônico ou digital, todos exigem que o entrevistado possua uma oratória bem desenvolvida para conseguir expôr as ideias estratégicas para a organização e, ao mesmo tempo, fornecer a matéria prima que todo jornalista precisa para trabalhar: notícias.

Dependendo do desempenho do executivo, a entrevista pode render um ótimo espaço nas mídias, com a publicação de uma matéria positiva, ou um espaço minúsculo, nem sempre favorável.

Os resultados podem ser extremamente estratégicos para o plano de Assessoria de Imprensa, por meio da conquista de espaços editoriais que ajudam a construir e fortalecer a imagem institucional de todas as organizações.

O que é importante na oratória para a imprensa?

Desenho veteorial de uma entrevista para ilustrar o Media Training

Falar com clareza é essencial, especialmente quando o jornalista precisa entender um assunto que ele não domina. Cabe ao entrevistado conceder uma aula sem um tom professoral, para não intimidar o jornalista.

Ao mesmo tempo, a naturalidade da fala ajuda no desenvolvimento da empatia com o entrevistador, capaz de render um aprofundamento na matéria que em outras situações poderia não acontecer.

Apesar da notícia ser o mais importante, uma identificação entre as partes gera uma simpatia que também favorece um destaque maior entre outras opções disponíveis.

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10 caminhos para uma oratória eficiente

  1. Fale com um tom de voz audível e que demonstre segurança
  2. Explique o assunto  imaginando-se no lugar do público que vai receber a informação
  3. Desenvolva antecipadamente frases fortes, de efeito contundente, porque são elas que se tornam manchetes e agradam aos jornalistas
  4. Prepare-se para a entrevista filmando e gravando o áudio, para avaliar seu desempenho antes que ele aconteça para valer
  5. Utilize pausas para criar alguns climas de expectativa sobre os conteúdos da sua fala
  6. Faça uso constante da entonação para trazer sua emoção à tona e convencer o jornalista sobre os seus sentimentos sobre um fato
  7. Exponha as ideias concatenadas, com início, meio e fim
  8. Conclua sua exposição com um resumo do essencial que foi dito anteriormente
  9. Caso esteja falando para a televisão ou para o rádio, responda com uma frase conclusiva logo no início. Somente depois acrescente os detalhes
  10. Seja fiel ao seu estilo para transferir autenticidade ao seu discurso.

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Negociação: os 7 passos de Harvard para fechar um acordo

Negociação é algo que todos nós fazemos na vida, apesar de muitas vezes não atribuirmos o nome correto a essa atividade

É bastante comum as pessoas chamarem de problema uma negociação que têm pela frente.

Minha preocupação não é ser um preciosista linguístico para que todos se obriguem a utilizar a nomenclatura acadêmica correta para cada área do conhecimento humano. Estou pensando longe disso.

Meu objetivo é mostrar que se você entende o que significa de fato “negociação”, você pode obter melhores resultados além dos que vem obtendo até hoje em sua vida.

Este artigo vai te mostrar o que é negociar, como fazer isso e as indicações sugeridas pela famosa Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

Leia este artigo até o fim e entenda:

  • Onde entra a negociação na sua vida
  • Em que situações é necessário negociar
  • Negociação em 7 passos – O método de Harvard

 

Negociar é preciso

Quando o poeta português Fernando Pessoa escreveu seus famosos versos “navegar é preciso, viver não é preciso”, gerou alguns entendimentos diferentes. Nenhum grande problema, porque a literatura de modo geral e a poesia de maneira mais específica existem para estimular o pensamento de cada leitor e provocar reações emocionais próprias, distintas, pessoais.

Em síntese, a poesia define o ato de navegar como uma atividade que pode ser realizada com precisão, ao contrário do ato de viver que não comporta uma fórmula precisa: é aleatória em sua essência.

Quando pensamos em uma negociação, devemos encará-la como uma ação de relacionamento humano que é precisa, no sentido da sua preparação e estruturação estratégica.

O que não se pode dizer que seja preciso é o resultado obtido ao final de uma negociação, uma vez que ela é feita entre duas ou mais pessoas com interesses distintos e, portanto, nem sempre o objetivo atingido se iguala ao planejado por uma ou por todas as partes.

 

Onde entra a negociação na vida

Existe uma certa confusão até mesmo para definir o que é uma negociação. Muitos confundem negociar com comercializar ou vender. A venda é apenas uma das formas de se negociar, mas há muitas outras tão importantes quanto.

O ser humano precisa negociar para sobreviver. No tempo das cavernas o processo era diferente. Nenhum homem primitivo precisava entrar em uma negociação para ficar com uma mulher. Ele simplesmente a tomava da mesma forma que colhia uma fruta no pé, ou lutava com outro macho que até aquele momento dispunha da propriedade da fêmea.

Muito menos se pensava em negociar com um mamute ou um tigre dente de sabre para que ele se transformasse no almoço ou no jantar. Havia uma caçada feroz pela sobrevivência, algumas vezes o homem correndo atrás da caça, outras vezes a presa correndo em direção ao caçador para transformá-lo em refeição.

Nestes casos, a disputa era ganha pelo mais forte, independente de regras específicas, de interesses negociados ou da precisão do processo de obtenção da fêmea ou do alimento.

Felizmente saímos da idade da pedra e entramos na era dos relacionamentos, onde negociar assumiu um papel muito mais relevante do que brigar ou caçar.

 

Negociar para viver

Em tempos mais civilizados, nós precisamos negociar para viver. Ainda que não pareça, nossas negociações mais frequentes são com a gente mesmo.

Ao tocar o despertador pela manhã você negocia com o seu corpo mais 5 ou 10 minutos de soninho, antes de ir para o chuveiro e se arrumar para o trabalho.

Na hora do almoço você tenta se convencer de que uma sobremesa doce pode ser útil para satisfazer o seu desejo, sem comprometer o seu regime extremamente rígido para emagrecer 5 quilos.

No fim da tarde uma parte do seu cérebro insiste na necessidade de comprar uma roupa nova, enquanto a outra metade se esforça para ser ponderada e mudar sua ideia, com o argumento de que você não precisa de mais uma peça de vestir no seu armário.

Antes de dormir, mais uma negociação íntima de você com a sua consciência: assisto este programa até o final e vou dormir tarde, me acabando de sono no dia seguinte, ou crio coragem de desligar a televisão agora, durmo uma hora e meia a mais e levanto amanhã mais descansado?

 

Negociações dentro de casa

Fora de cada um de nós está a sociedade na qual vivemos e ela vem mudando a cada dia. Os comportamentos são diferentes, assim como os pensamentos e a consciência dos seus integrantes.

Isso significa que os indivíduos são mais participativos e exigentes sobre os seus direitos, o que torna a negociação mais do que um ato isolado, uma necessidade que começa logo cedo.

Durante décadas os pais determinavam regras que os filhos eram obrigados a cumprir sem sequer uma explicação para isso. Caso fossem questionados, os pais produziam um olhar fulminante que substituía qualquer frase e valia como um ponto final em qualquer discussão que se pretendesse ter.

Hoje isso não é mais possível. As crianças exigem uma explicação razoável para o “não” e negociam até a última gota das suas lágrimas e a última gota do suor dos pais um “sim” para as suas reivindicações que consideram justas.

Essa realidade espelha a sociedade de um modo geral, que coloca nas ruas, para a vida, cidadãos que buscam com maior insistência e regularidade o respeito aos seus direitos e a realização dos seus sonhos pessoais.

Portanto, para obter um comportamento adequado das crianças, ou para conseguir benefícios e direitos com adultos é necessário negociar tudo, desde a hora em que acordamos, até o momento em que dormimos.

 

Negociar a hora do “sim”

Como a negociação faz parte da vida de todas as pessoas, há muito tempo ela foi transformada em uma ciência que pode ser estudada, explicada e formatada sob diversos pontos de vista e à luz de muitas áreas do conhecimento, como a neurociência, a psicologia, a antropologia e a administração, entre outras.

Todos esses estudos é que dão conta de que negociar deve ser uma ação “precisa”, feita com a precisão de qualquer outra ciência aplicada. As pesquisas e os experimentos mostram que a utilização de técnicas precisas pode proporcionar uma eficácia expressiva a qualquer tipo de negociação, quer seja comercial, com o envolvimento de dinheiro ou permutas, quer seja relacional com a obtenção de favores, benefícios ou direitos adicionais.

Um desses estudos foi descrito por Roger Fischer e William Ury, da Universidade de Harvard, no livro “Como chegar ao sim” e outros títulos lançados. A partir de pesquisas aplicadas, os autores estabeleceram sete etapas que devem ser seguidas para conduzir uma negociação ao melhor resultado possível.

 

Negociação em 7 passos – O método de Harvard


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Leia, entenda, reflita e pratique essas sete etapas para se preparar para todas as negociações que você tiver que fazer em sua vida, desde um aumento salarial, até a compra da casa própria.

Depois de absorver a lógica, seu cérebro será condicionado a percorrer essas etapas naturalmente e você estará em condições de ser bem sucedido ao negociar. O resultado, é claro, vai depender de condições adicionais, inclusive definidas pelo outro negociador, mas suas chances aumentarão enormemente.

 

1a Etapa – Preparação

Envolver-se em uma negociação sem estar preparado para isso é considerado um suicídio nesta área. A preparação começa por você definir qual é exatamente o seu objetivo ou, em outras palavras, o que você precisa obter para que a negociação tenha valido a pena.

Os objetivos devem ser classificados por você como de alta, média ou baixa prioridade, pensando que os de alta são aqueles que se você não conseguir ao final da negociação, é melhor encerrar tudo e não fazer o negócio.

Sabendo qual é o essencial a ser obtido, estabeleça os seus limites, até onde você pode chegar e qual o ponto que você não pode cruzar.

E, claro, conheça muito bem o outro negociador: qual o seu perfil, seus comportamentos mais comuns, seu modelo mental de decisão.

 

2a Etapa – Levantamento de necessidades

brainstormEstabeleça quais as suas reais necessidades que precisam ser atendidas e, especialmente, quais as necessidades que você imagina sejam desejadas pelo outro negociador. Caso você descubra isso, sua vantagem aumentará.

Pense no seguinte exemplo: você quer vender a qualquer preço uma casa velha, caindo aos pedaços. Alguém demonstra interesse em comprá-la. Caso você só pense na sua necessidade, provavelmente venderá a propriedade por alguns poucos trocados para se livrar dela. Mas se você descobrir que a necessidade do outro é formar uma grande área para a incorporação e construção de um edifício, o valor do seu terreno será multiplicado muitas vezes, apenas com essa informação.

 

3a Etapa – Movimentação

movimentacaoDê sinais do que você pretende fazer e faça uma leitura dos sinais evidenciados pelo outro. Demonstre que as suas intenções caminham em uma determinada direção.

Isso não significa abrir completamente o jogo, mas se ninguém indicar onde pretende chegar escondendo completamente suas intenções, é possível que vocês fiquem negociando semanas, meses ou anos sem chegar a qualquer lugar e sem avançar um único centímetro.

Mostre, pelo menos, que o prazo pode ser seu maior interesse, ou o preço, ou ainda a quantidade.

 

4a Etapa – Teste de propostas

Essa etapa constitui um teste das possibilidades de movimentação que foram definidas anteriormente. Conforme as reações do outro, você vai aclarando cada um dos pontos de maior interesse para ambos.

Sugira um benefício e verifique se ele é bem aceito. Caso contrário, tente outro até alinhar as suas possibilidades com as necessidades demonstradas pela outra parte.

 

5a Etapa – Troca de concessões

Este é um momento importante para que você concretize uma negociação satisfatória para você e para o outro.

Na etapa de preparação você já classificou seus objetivos em alta, média e baixa prioridade. No momento das concessões você vai cedendo aos poucos, começando a oferecer ou abrir mão dos objetivos de baixa prioridade, chegando até os classificados como de média, caso isso seja necessário.

No entanto, é importante entender que cada concessão, por mais desimportante que seja para você, precisa ser realizada a muito custo, dando a impressão ao outro lado de que foi uma grande conquista, algo extremamente valioso do qual você abriu mão em nome da busca pela concretização do negócio.

 

6a Etapa – Fechamento do acordo

Vencidas as etapas anteriores, chega o momento de fechar um acordo. Não é possível iniciarmos uma negociação sem que ela tenha um fim dentro de um prazo razoável.

Negociar pressupõe, em todos os casos, chegar a um acordo, ainda que seja não negociar mais. As coisas podem dar certo ou simplesmente não acontecer. Mas de qualquer forma, é preciso que haja um encerramento.

Depois de negociadas as necessidades e feitas as concessões, o acordo deve ser buscado a partir de algumas alternativas, que variam conforme a evolução do processo.

Essas possibilidades são o tema de outro artigo, mas para antecipar podemos utilizar o sistema SPIN (Situação, Problema, Inconveniência, Negócio) quando envolve serviços; FAB (Feature, Advantages, Benefits) para produtos; caso contrário; entre outros.

 

7a Etapa – Ajuste do combinado

fechamentoCertamente vários aspectos foram combinados durante a negociação que, algumas vezes, pode se desenvolver ao longo de muito encontros.

Por isso, é importante que ao final sejam amarradas as pontas soltas. Tudo o que foi dito deve ser esclarecido em suas especificidades e colocados no papel, para que as partes saibam exatamente o que lhes cabe fazer e quais os benefícios que desfrutarão após o acordo firmado.

Bônus da Widoox

Pessoalmente eu acrescento sempre uma oitava etapa que não foi descrita no sistema da Harvard, mas considero extremamente importante: o relacionamento.

A maioria das negociações que fazemos não se encerra em uma única rodada. Quase sempre ela está baseada no interesse que temos de manter o relacionamento para que as negociações de mútuo ganho se repitam indefinidamente.

Uma empresa quer negociar com seus clientes para sempre. Os clientes, por sua vez, também gostariam de negociar eternamente com a empresa que atende bem as suas necessidades. O marido quer negociar com a mulher “até que a morte os separe”. E os pais desejam negociar com seus filhos por toda a vida, mantendo a família unida.

Para que esses desejos se concretizem é preciso cuidar do relacionamento que se mantém antes, durante e depois de uma negociação concluída. O que fazer com o cliente depois que ele assinou o contrato? Procurá-lo somente daqui um ano? E com o fornecedor: só voltar a conversar no próximo pedido?

Isso é pouco para quem quer manter aberta a mesa de negociações, economizando com a conquista de novos potenciais negociadores a serem garimpados no mercado.

 

Siga esse raciocínio em 7 etapas (ou melhor, 8 passos) para ser melhor sucedido em quaisquer negociações que tenha que fazer em sua vida. Inclusive com você mesmo ao decidir se compra um novo carro ou vai viajar nas férias.

Acredite: funciona mesmo!

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Veja também: 5 filmes na Netflix que ensinam técnicas de negociação 

Postura e imagem profissional: o sucesso a olhos vistos

9 Passos para elaborar uma campanha de endomarketing bem sucedida

Entenda como estruturar e executar uma ótima campanha de endomarketing

Existem muitas confusões a respeito do termo endomarketing e do seu significado. Alguns autores o definem como sinônimo de comunicação interna.

Eu não vejo dessa forma e explico porque: uma empresa pode ter seu jornal mural afixado em alguns locais para facilitar o acesso aos funcionários. Neste caso, pode-se dizer que a organização está fazendo comunicação interna. Mas será que podemos chamar um único mural de endomarketing?

Utilizando ainda o mesmo exemplo, suponha que a empresa tenha o jornal mural e um boletim para colaboradores. Isso é endomarketing? Claro que não. Os dois juntos representam meios utilizados pela comunicação interna.

É importante que você saiba a diferença entre endomarketing e comunicação interna e conheça os pontos essenciais para elaborar um bom planejamento de marketing interno para a sua empresa otimizar o relacionamento com os funcionários.

Ilustração de reunião criativa

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O que é endomarketing e o que ele pode fazer pela sua empresa

Endomarketing é um termo criado por Saul Bekin há vários anos.

Na prática, a atividade de endomarketing era utilizada em várias empresas muito antes de Bekin criar um apelido para ela.

O essencial é saber a definição: “fazer marketing para o público interno da empresa”.

O marketing tradicional busca, entre outras finalidades, construir a imagem da organização junto ao seu público externo, formado por consumidores e comunidade.

O endomarketing tem o mesmo objetivo, só que focado no público interno, constituído por funcionários e, muitas vezes, familiares, terceirizados, franqueados, concessionários, entre outros públicos que, apesar de não serem internos, precisam apresentar comportamentos padronizados quando representam a marca.

Ilustração mostra funcionários felizes, relacionando ao endomarketing

Para que serve o endomarketing

Há muitas aplicabilidades para o endomarketing, mas a principal delas é promover a mudança de comportamentos dos funcionários, em função da estratégia definida para o negócio.

E porque não se pode alterar comportamentos utilizando apenas a comunicação interna? Porque mudanças exigem aquisição de novos hábitos e, para isso, é necessário tempo, motivação e prática, que só conseguimos por meio de campanhas de endomarketing.

Por exemplo: existe um determinado tipo de comportamento inadequado dos colaboradores que é o responsável pela ocorrência de inúmeros acidentes no trabalho.

Portanto, é necessário alterar este comportamento impróprio, agregando um novo tipo de postura, uma forma diferenciada de agir, uma consciência responsável sobre o que não deve ser feito e o que é mais recomendável.
Aqui entra o endomarketing.

Ilustra simboliza empresários se unindo para o endomarketing

Quando se pode utilizar o endomarketing

Ninguém deve criar uma campanha de endomarketing fazendo uso das inúmeras ferramentas e meios do marketing comercial, para comunicar aos funcionários que não haverá expediente na sexta-feira após o feriado. Completamente desnecessário.

No entanto, para melhorar a qualidade de vida dos funcionários e gerar ganhos para a companhia, como redução do absenteísmo e aumento da produtividade, é necessário desenvolver uma campanha duradoura, que estimule cada participante a adotar hábitos mais saudáveis em sua casa e no trabalho.

Outra situação muito comum nos dias de hoje é a fusão de empresas, fato que gera um abalo sísmico no clima organizacional, tanto para os funcionários da organização que comprou, quanto para os que foram “comprados”. Para promover a fusão de culturas com a criação de uma nova, somente a implantação de um bom programa de endomarketing pode dar conta e gerar resultados eficazes.

O endomarketing pode ser utilizado, ainda, para contribuir com o desenvolvimento de habilidades nas pessoas, ampliação de conhecimentos técnicos ou do portifólio da empresa, aumento da produtividade, conquista de certificações, estímulo às vendas e muito mais.

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9 passos para elaborar uma campanha de endomarketing

Uma campanha de endomarketing pode ser feita das mais variadas formas, dependendo de alguns fatores que precisam ser levados em consideração: os objetivos desejados, a cultura da empresa e dos seus executivos, o perfil do público e os guidelines de comunicação que norteiam todas as ações da companhia.

No entanto, existe uma lógica para que a campanha seja estruturada e esta deve ser seguida, independente dos fatores apontados acima. Um bom planejamento de endomarketing precisa considerar 9 passos indispensáveis.

Vamos ver a síntese de cada um deles:

1) Definição do problema a ser resolvido ou da oportunidade a ser aproveitada

Para criar uma boa campanha é preciso saber para que ela vai servir. Parece óbvio, mas nem tanto. Quando alguém diz que é necessário melhorar o clima da empresa, o que realmente é preciso melhorar? E quando se diz que a ação deve motivar os funcionários, o que é um funcionário motivado? Caso não se defina com clareza onde se quer chegar, qualquer caminho será errado.

 

2) Diagnósticos do problema e construção do cenário

Uma vez definido o problema a ser enfrentado, é preciso saber “como” e “porque” ele acontece. Não basta entender que os acidentes de trabalho devem ser reduzidos. O que orienta suas ações é compreender como eles acontecem e qual o real motivo. Por exemplo, os acidentes podem ser provocados por um erro de projeto do maquinário que jamais será sanado com endomarketing.

 

3) Definição das metas e dos resultados a serem alcançados

Antes de colocar a campanha no ar, é preciso ter certeza das metas que precisam ser alcançadas. Todo o esforço de comunicação deve ser proporcional aos resultados esperados. Além disso, metas precisam ser realistas. Toda empresa gostaria de dobrar suas vendas, mas fazer uma campanha para gerar mais 100% de produtos vendidos é irreal.

 

4) Busca permanente do suporte da gestão

Embora a campanha seja direcionada para a maioria dos funcionários operacionais, nenhuma ação proporciona bons resultados sem que os gestores estejam envolvidos nela. Às vezes apenas na aprovação da ideia geral, outras vezes como multiplicadores que devem disseminar os conceitos entre suas equipes.

 

5) Planejamento estratégico e tático da campanha
Com as informações básicas iniciais, chega a hora de desenvolver um planejamento. A estratégia a ser adotada revela o que fazer. As táticas definem como fazer. Por exemplo: para melhorar o clima interno a estratégia pode ser aproximar os gestores dos funcionários; a tática para isso pode ser uma ação que estimule os feed backs constantes.

 

6) Desenvolvimento e criação das ações de endomarketing
Para introduzir na vida da organização uma nova forma de ser é preciso estimular todos os sentidos das pessoas, desde o visual, até o auditivo, tátil, olfativo, incluindo o paladar quando possível. Em outras palavras, peças e ações de comunicação com elevado impacto sobre os funcionários criam um envolvimento maior com os conceitos a serem apreendidos.

 

7) Utilização de fatores motivacionais
Para fazer o básico, todos os colaboradores já têm os seus motivos. No entanto, o que se quer com o endomarketing é que os funcionários façam além do óbvio, algo a mais, diferente do quotidiano. Para isso são necessários estímulos externos que desenvolvam uma motivação compartilhada por todos.

 

8) Implantação da campanha e ações de manutenção
Com todos as etapas anteriores atendidas, chegamos ao momento de dar o start para a campanha de endomarketing. Para isso, os ritos de transformação precisam ser estruturados para que todos os funcionários tenham a noção exata de que passarão a viver em uma companhia diferente a partir deste momento.

 

9) Mensuração e avaliação dos resultados alcançados
Como tudo o que se faz em comunicação, é necessário acompanhar de perto os resultados alcançados, durante a campanha e ao final dela. A partir do que ficou definido como meta no item 3, devem ser utilizadas metodologias quantitativas e qualitativas para averiguar se os objetivos foram atingidos, direcionando a continuidade das ações ou o desenvolvimento de novas.

 

Estes passos servem para orientar o seu planejamento quando precisar desenvolver uma campanha de endomarketing dentro da sua empresa.

Em outros artigos vou mostrar como desenvolver cada um deles, incluindo análises de casos reais solucionados com uma ação de endomarketing bem estruturada. No meu livro “Marketing Motivacional” você encontra vários casos analisados e inúmeras alternativas de campanhas de endomarketing.

Encaminhe suas sugestões sobre este assunto para futuros posts.

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Comunicação Empresarial: 6 dicas para medir seus resultados

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Comunicação Empresarial: 6 dicas para medir seus resultados

Uma mensuração confiável dos resultados é cada vez mais exigida em comunicação empresarial

Cada vez mais os profissionais da comunicação têm sido cobrados pela alta gestão das empresas para demonstrar que os investimentos realizados na área proporcionam resultados concretos para o balanço da companhia.

Em momentos de crise econômica, as cobranças tornam-se ainda mais intensas, porque qualquer centavo gasto em uma atividade precisa ser muito justificado para merecer a sua liberação no orçamento.

Neste artigo você vai conhecer seis etapas práticas para acompanhar os resultados quantitativos gerados pelas ações de comunicação empresarial ou corporativa.

Comunicação Empresarial: como medir os resultados

 

Gráfico ilustrativo

1 – Qual a importância de mensurar os resultados da comunicação empresarial?

Não importa se você é profissional de comunicação ou se é gestor, dono de empresa, empreendedor ou dirigente de entidade. Em qualquer um desses casos, você precisa saber se os investimentos estão adequados ou se você está jogando dinheiro pela janela.

Medir os resultados obtidos não serve apenas para provar que o dinheiro gasto gerou retorno tangível. Esta é uma das finalidades, mas não é a única, nem a mais importante.

A mensuração é uma das maneiras de gerar uma zona de conforto para as próximas tomadas de decisões. Isso porque, a partir dos resultados obtidos, é possível saber se a estratégia deve ser mantida, se os rumos da comunicação devem ser reestruturados, além de dimensionar os investimentos futuros.

Sem confrontar o montante utilizado para uma ação de comunicação com os resultados que ela gerou, é impossível responder à pergunta: “valeu a pena?”. No máximo, seria possível dizer, sem qualquer convicção: “a campanha está bonita”, “muita gente gostou”, “ouvi vários elogios”.

Frases como estas não podem ser levadas a sério em uma organização moderna, bem gerenciada e com planos definidos para o seu crescimento.

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2 – Toda mensuração oferece 100% de certeza?

Para responder a esta pergunta, sempre formulo uma outra: “na vida, o que oferece 100% de certeza?”.

Todos os dias que amanhecem com sol terminam ensolarados? Todos os casamentos até que a morte os separe duram a vida toda? Todos os produtos lançados no mercado tornam-se sucesso?

Não existe uma única atividade humana que possa assegurar seu resultado sem possibilidade de alternância.

Isto não significa que as mensurações são falhas ou imprecisas. Ao contrário, quando bem feitas, elas representam o melhor retrato que você pode registrar sobre os resultados obtidos em um determinado momento, dada uma certa condição.

Perceba como se dá o processo de mensuração: é implementada uma ação de comunicação empresarial no passado, medem-se seus efeitos no presente, para orientar o que será feito no futuro. Esse é o melhor e único caminho, mas como os dados atuais serão aplicados em um tempo distante, é claro que não se pode afirmar que tudo será idêntico.

Lembre-se: o sucesso do passado não garante o sucesso do futuro.

Gráfico pizza

3 – O intangível também pode ser medido?

Claro que sim!

Existe uma grande confusão entre “intangível” e “imensurável”. Tudo pode e deve ser medido. A diferença entre o tangível e o intangível é que o primeiro gera resultados palpáveis, colecionáveis, visíveis. Já o segundo fica restrito aos comportamentos que podem ser associados a ele.

Todas as vezes que for necessário medir o intangível, por exemplo sentimentos, transforme-os em comportamentos.

O sentimento de pertencimento do funcionário em relação à empresa, sozinho, não pode ser quantificado. Não é possível determinar que o empregado X tem mais sentimento que o Y, apenas levando-se em consideração o que cada um sente.

Nestes casos, é preciso estabelecer critérios relacionados a comportamentos:

SENTIMENTO CRITÉRIO / COMPORTAMENTO
Quem tem sentimento de pertencimento…  

  • Fica mais tempo na empresa (turn over)
  • Trabalha com produtividade elevada
  • Indica amigos para trabalharem na empresa
  • Não chega atrasado
  • Tem um índice de absenteísmo baixo

 

Na tabela anterior, veja que o sentimento é transformado em critérios que podem ser medidos. Não existe dificuldade para saber o tempo que o funcionário permanece na empresa, qual sua produtividade, suas indicações, seus atrasos e faltas.

4 – O que se deve medir quantitativamente?

Há muitas coisas. Sua escolha vai depender da informação que você necessita, das metas que foram estabelecidas e do que você vai fazer com ela.

Quando falamos em quantidades podemos medir: ocorrências e valores monetários.

Ocorrências podem ser números de participantes, de acidentes, de produção, encontros, feedbacks etc.

Os valores monetários, obviamente sempre relacionados a dinheiro, podem estar relacionados a duas fontes: as receitas diretas geradas pelas ações de comunicação empresarial ou as despesas que deixarão de ser feitas e, portanto, permanecerão no caixa da empresa.

Em alguns momentos, talvez você só necessite saber a quantidade de pessoas que estiveram no congresso, independente do eventual retorno que elas possam proporcionar. Nesta situação, não será necessário atribuir valores para calcular o retorno financeiro.

Em outros casos, o que pode interessar é o número de acidentes de trabalho que foram evitados depois da campanha e, sobre eles, a própria empresa já possui uma planilha que identifica quanto custa um funcionário afastado. Com esses dados será possível calcular o retorno do investimento na campanha de comunicação.

 

Gráfico Ilustrativo 2

5 – Como calcular o retorno do investimento feito em comunicação?

Podem ser utilizados vários conceitos, mas o mais comum entre eles é o cálculo do ROI – Return on Investment (Retorno sobre o Investimento).

Para realizar este cálculo, basta aplicar a fórmula que, sozinha, é bastante simples. A maior dificuldade é encontrar os números que serão colocados na fórmula.

ROI  =  [(Retorno – Investimento) / Investimento] * 100 = _____% 

É importante que você saiba algumas coisas relevantes sobre esta fórmula:

  • ROI – em comunicação e marketing é um pouco diferente do cálculo do ROI da empresa, porque estamos mensurando uma ação específica e o retorno precisa ser o líquido. Por isso aplicamos a diminuição do investimento feito
  • Retorno – é tudo o que foi gerado a partir da ação de comunicação e que envolve as receitas diretas e/ou as despesas que deixarão de ser feitas
  • Investimento – é todo o dinheiro que foi gasto para produzir a comunicação
  • Investimento – nesta fórmula, é uma malandragem de marketing. Em termos do balanço da empresa, tudo o que é consumido pela comunicação é “despesa”, não investimento. Mas como a ideia é convencer as pessoas de que comunicação é investimento com retorno garantido, mudou-se a nomenclatura.

6 – A mensuração mais importante é a do ROI?

Não. Essa é uma medida extremamente importante e desejada por executivos de empresas. No entanto, toda mensuração quantitativa deve ser acompanhada de uma avaliação qualitativa.

Para entender melhor, vou dar dois exemplos:

  1. Imagine uma campanha de incentivo de vendas que faça os representantes colocarem no mercado mais 10% de produtos amarelos. No entanto, a produção está super estocada de exemplares azuis e não possui peças amarelas. Apesar do ROI ser positivo, qualitativamente para a organização o resultado é péssimo.
  2. Agora pense em uma ação de assessoria de imprensa que consegue muitas matérias gratuitas em vários jornais da região centro-oeste do Brasil, incluindo TVs e rádios. Ao fazer aquela velha medição avaliando o valor da centimetragem, comparado com espaços pagos, o seu cálculo do ROI também pode ser positivo. No entanto, sua empresa só atua na região sul do país. Portanto, qualitativamente o retorno não é favorável.

Em outros posts vou falar sobre novos aspectos da mensuração quantitativa e também qualitativa em comunicação empresarial. Acompanhe!

Encaminhe suas sugestões sobre este assunto para futuros posts.

Veja também:

Comunicação assertiva: o que é e como praticá-la

Postura e imagem profissional: o sucesso a olhos vistos

Inteligência emocional no trabalho: dicas de Daniel Goleman