by Renato Avanzi | 4 Dez 2019 | Comunicação e Marketing
Comunicação Não-Violenta desenvolve a empatia e a solução de conflitos
Temos visto frequentemente que, hoje em dia, o simples fato de discordar da opinião do outro se torna motivo para brigas, julgamentos, conflitos e inimizade. Isso vem sendo muito propagado nas redes sociais, principalmente quando o assunto em questão é política.
A partir do momento que isso é visto como “normal”, as pessoas se tornam também mais violentas através de palavras e atos. Essa violência impede que se tenha uma visão mais holística e compassiva em relação as outras pessoas e situações.
Mas afinal como podemos mudar, na prática, esse cenário de conflito para um convívio mais harmônico e pacífico?
Uma solução possível é o desenvolvimento da comunicação não-violenta – CNV, que tem como objetivos exercer a empatia (colocar-se no lugar do outro para tentar entender seus sentimentos) e olhar de igual para igual.
Coloca-la em prática pode ajudar as pessoas a se relacionarem melhor consigo e com os outros, e também contribui para a resolução de conflitos sociais de diferentes origens.
A história da Comunicação Não-Violenta
Marshall Rosenberg tinha apenas nove anos quando teve de ficar trancado com sua família no porão de sua casa por três dias. O motivo foi um conflito racial que acontecia em sua cidade.
Anos depois, formou-se em psicologia e continuou estudando o papel da comunicação e o peso das palavras. Suas pesquisas sobre compaixão o levaram a descobrir que a comunicação é o elo essencial para criar empatia entre seres humanos. Nesse caminho, Rosenberg criou a Comunicação Não-Violenta, que busca uma entrega mútua e sincera entre as pessoas.
Segundo o próprio Rosenberg, ela pode ser definida da seguinte forma:
“É baseada nos princípios da não violência – o estado natural de compaixão quando a não violência está presente no coração. CNV começa por assumir que somos todos compassivos por natureza e que estratégias violentas – verbais ou físicas – são aprendidas, ensinadas e apoiadas pela cultura dominante. CNV também assume que todos compartilham necessidades humanas básicas, e que cada uma das nossas ações é uma estratégias para atender a uma ou mais necessidades.”
Ao longo dos anos, Rosenberg utilizou a CNV para ajudar comunidades em países que se encontravam em situação de guerra e conflitos religiosos.
Mas afinal, o que é a CNV?
A CNV vai muito além de uma técnica de linguagem, ou um conjunto de normas de comunicação; ela está muito mais relacionada a um estado de consciência e relação em que a compaixão prevalece entre as pessoas e, assim, criam diálogos harmoniosos e pacíficos por meio da comunicação.
Praticar este método faz com que se estabeleça confiança e cooperação para uma comunicação inteligente e eficaz. Além disso, é também uma forma prática de intervir e compreender conflitos, desfazendo-se de preconceitos.
Mas não para por ai; ela também nos dá a possibilidade de olhar para dentro de nós mesmos e, ao invés de julgar e criticar, contribuir verdadeiramente para o bem estar de si e dos outros à nossa volta.
A CNV tem o objetivo de resgatar o que há de mais genuíno nas pessoas: suas emoções, valores, a capacidade de se expressarem com honestidade e sua inteligência emocional, ajudando os outros em real empatia, ou seja, compreendendo as verdadeiras necessidades do outro e não em vontade altruísta.
Praticando a Comunicação Não-Violenta
Em seu livro, que é a maior referência no tema, Rosenberg propõe a aplicação prática da CNV no dia-a-dia. Aqui vão algumas sugestões de como começar:
1. Observe de forma descritiva e não julgadora
É de senso comum que não devemos julgar os outros, mas na prática acabamos fazendo isso o tempo todo, mesmo que sem querer.
Quando julgamos a ação do outro, é mais provável que ele sinta aquilo como uma crítica e fique na defensiva, bloqueando a compaixão e empatia que chegaria a um bom entendimento.
Você pode começar eliminando frases que sejam feitas baseadas nos julgamentos moralizadores de culpa, depreciação, rotulação, insulto, crítica.
Mas não se engane pensando que exercer a CNV é falar de forma doce, falar baixo ou deixar de falar algo. Pelo contrário, é utilizar as palavras certas aliadas a uma escuta empática. Independente do tom de voz, as frases a seguir são vistas como violentas pela ótica da CNV:
“Você é muito bagunceiro”
“Isso é típico de fulano”
“Nada contra, mas ela sempre faz esse tipo de coisa…”
Quando fazemos declarações como estas, atribuímos valores às pessoas. Além do julgamento, comparações costumam ser igualmente prejudiciais.
2. Entenda e expresse as emoções que a situação causa em você
Outro passo fundamental para praticar CNV é entender os próprios sentimentos, principalmente enquanto as próprias situações estão acontecendo. É preciso estar atento para identificar e nomear os sentimentos que surgem no cotidiano.
Mas fazer isso é mais complicado do que parece, afinal, não somos treinados para prestar atenção em nossas emoções. Pelo contrário, a vida toda nos dizem que elas nos atrapalham.
Um dos princípios da CNV é que todos temos necessidades, e os sentimentos e emoções são sinais de que essas necessidades foram atendidas ou não. Quando nos expressamos, nos abrimos para o outro para que ele também entenda o nosso lado da situação.
Por isso, sempre que estiver conversando com alguém, seja sincero sobre o que você sente. Expor seus sentimentos não é demonstrar vulnerabilidade, mas sim ser o mais honesto possível na sua comunicação.
3. Identifique e se responsabilize por suas necessidades
Ter uma comunicação não-violenta não significa fugir de conflitos, mas sim construir caminhos para uma solução conjunta e positiva. Ao lidar com esses conflitos, é importante que você assuma a responsabilidade pelos seus sentimentos.
O problema é que nos acostumados a pensar que as outras pessoas devem sempre satisfazer nossas necessidades, culpando e responsabilizando-as antes de qualquer coisa.
Um exemplo claro disto é esta afirmação:
“Você me decepcionou porque não apareceu ontem”
Indiretamente, você está dizendo que seu desapontamento é culpa do outro que não apareceu. Tente mudar o foco e pensar diferente do que está errado na situação ou na pessoa, mas nas necessidades que você gostaria que fossem atendidas.
“Fiquei desapontado quando você não apareceu, porque eu precisava conversar sobre um assunto que estava me incomodando”
Pode parecer uma mudança boba, mas se assumirmos esse papel, passamos a enxergar de maneira diferente os nossos sentimentos e necessidades e deixamos de culpar o outro pelo que estamos sentindo.
4. Faça um pedido claro
Para que uma determinada ação seja realizada, atendendo as nossas necessidades, é preciso um pedido. Certo? O problema é que, para muitos de nós, isso é um desafio enorme. Isso acontece porque, muitas vezes, não somos claros nem específicos sobre o que estamos pedindo.
Mas cuidado, existe diferença entre um pedido e uma exigência. Ao ser confrontada com uma exigência, a pessoa pode sentir isso de forma negativa e acabar com uma conexão genuína.
Por isso, o ideal é que, quando fizer um pedido, que ele seja objetivo e deixe claro o que você quer e o que não quer, sem parecer ameaçador. É fundamental ter certeza do que precisa ao invés de esperar que alguém adivinhe.
Pode parecer fácil dito assim, mas acredite, não é. Para viver a CNV é necessário um exercício constante de paciência, ação e persistência, entendendo que é possível discordar e não se entender – mas mesmo assim continuar dialogando.
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by Renato Avanzi | 16 Mar 2019 | Comunicação e Marketing
A comunicação com os funcionários deve acontecer por uma razão muito simples: para que a empresa exista.
Uma pessoa jurídica é formada por um conjunto de pessoas físicas que se relacionam por meio da comunicação.
Como o perfil do público interno é bastante variado em qualquer tipo de empresa, é necessário utilizar o maior número possível de meios de comunicação para atingir a todos da melhor forma possível.

Alcance da comunicação digital
Os meios digitais, mesmo em uma indústria, são indispensáveis porque também podem chegar aos operários quando estão fora do ambiente da produção.
No refeitório, no vestiário ou na área de descanso, uma TV corporativa gera forte atratividade para prender a atenção dos funcionários, especialmente para os conhecimentos que precisam ser incorporados e praticados.
Fora da empresa, no ônibus fretado, no transporte público ou em casa, o whatsapp corporativo no celular (ou aplicativos semelhantes) pode ser uma boa alternativa para as comunicações estratégicas e inadiáveis.
Já as mídias sociais fechadas no ambiente corporativo representam uma forma de chegar ao público inclusive em seus momentos de lazer, porque podem ser acessadas de qualquer equipamento e lugar.
Elas geram interação entre os colaboradores sobre os temas de maior relevância para a comunidade da empresa.
Como obter melhores resultados
A grande questão não é a quantidade de veículos de comunicação, nem a diversidade de meios (impressos, eletrônicos, digitais), mas os conteúdos produzidos para cada um.
A atratividade das mensagens é o mais fundamental, para garantir que haja audiência e engajamento no conteúdo.
De acordo com um estudo do Youtube, os brasileiros passam mais de 15 horas por semana diante de alguma telinha assistindo vídeos. E este número tem crescido, em média, 30% ao ano.
Portanto, nada melhor do que produzir pequenos vídeos para se comunicar com os colaboradores, com a preocupação de utilizar uma linguagem próxima dos vídeos campeões de audiência no Youtube, por exemplo.
O poder da emoção na comunicação empresarial
Outro fator que pode ajudar muito é valorizar o aspecto emocional de cada notícia, criando analogias com fatos da vida cotidiana, especialmente em família.
Por exemplo: para falar sobre segurança no trabalho, o ideal é mostrar a importância da segurança dentro de casa, com os filhos, para evitar acidentes domésticos.
Isto impacta mais os funcionários do que apenas dizer que os Equipamentos de Proteção Individual – EPIs estão disponíveis.
O que fazer com o pernil de Natal
Por fim, uma recomendação também muito importante: pense na comunicação da empresa como um pernil de Natal.
Essa delícia natalina é preparada para a ceia do dia 24 e depois vai se transformando nos dias seguintes em recheiode sanduíche, complemento da farofa, upgrade da maionese, …

Ou seja: o mesmo assunto deve ser utilizado em todos os meios de comunicação digitais, mas adaptando o conteúdo às características de cada veículo.
Divulgue o mesmo tema em todos os locais possíveis para alcançar a maioria dos funcionários, sem provocar ressaca por uma overdose de informações.
Rento Avanzi conduz o curso Comunicação Digital com Colaboradores na ESPM. Veja as informações completas sobre o curso e inscreva-se.
Obs: Este mesmo artigo também foi publicado no blog da Progic – EndomarketingTV
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by Renato Avanzi | 4 Ago 2018 | Comunicação e Marketing
Costumo dizer que mensurar resultados da comunicação não é tão difícil quanto parece, mas não é tão simples quanto você gostaria que fosse.
Mas não se desespere: é só uma questão de jeito e de se acostumar a raciocinar de maneira lógica.
Leia este artigo até o fim e você vai entender uma das primeiras dificuldades: como encontrar os indicadores para medir os resultados.
Entenda o que é mensuração
Vamos começar entendendo o que significa mensurar resultados.
Parece simples. E é mesmo. Algumas vezes complicamos além da necessidade.
Mensuração é identificar uma medida de sucesso. E sucesso é atingir o objetivo proposto.
Portanto, o que devemos mensurar em comunicação é se ela é um sucesso ou não. Em outras palavras: se ela atingiu seu objetivo e em qual medida.
Bastante simples, não é?
Para complementar esta simplicidade é preciso, portanto, começar identificando qual ou quais os objetivos propostos. É necessário entender onde se esperava chegar com as ações de comunicação.
Quais os objetivos da sua comunicação
Uma forma também bastante simples é buscar as respostas para algumas perguntas:
- Porque devemos utilizar a comunicação neste caso?
- Para quê a comunicação será feita?
- O que a empresa vai ganhar com esta ação de comunicação?
- O que a empresa pode perder se não se comunicar bem?
Para facilitar o entendimento, vou colocar estas perguntas em um exemplo prático. Vamos pensar em uma publicação produzida pela empresa para os seus funcionários:
- Porque fazer a publicação: para manter os funcionários informados
- Para quê: melhorar o desempenho em suas funções; ampliar o conhecimento e a adesão aos valores, missão e visão
- Ganhos da empresa: produtividade; melhoria do clima interno; aumento da credibilidade na gestão
- Perdas da empresa: erros de processo; atrasos nas entregas; amplificação da “rádio corredor”.
Em busca dos indicadores perdidos
Depois de ter feito o exercício de responder as quatro perguntas anteriores, você já terá na sua frente os indicadores que deve perseguir para mensurar o sucesso do jornal interno da sua empresa.
A mesma lógica de raciocínio vale para qualquer outra ação de comunicação, quer seja eventos, programas, endomarketing, campanhas, lançamentos etc.
Olhe para as suas respostas e, a partir delas, relacione os indicadores.
Vamos voltar ao exemplo anterior para pensarmos em um caso concreto.
A avaliação do jornal (qualquer outra publicação) ou a mensuração do sucesso dele pode ser medida utilizando-se como indicadores:
- Quanto os funcionários são informados por meio do jornal
- Quanto o desempenho das funções dos funcionários é satisfatório
- Qual o nível de conhecimento e prática dos valores, da missão e da visão
- Quais os índices de produtividade praticados
- Como é percebido o clima interno na empresa
- Quanto os funcionários acreditam nos gestores
- Qual o índice de erros nos processos
- Quantos são os atrasos verificados nas entregas
- Qual a intensidade dos boatos sem fundamento que “brotam” na empresa.
Pronto. Você já tem uma coleção de indicadores para mensurar a publicação.
Quais os indicadores mais adequados para mensurar resultados
Neste momento você deve estar se perguntando: “então eu devo acompanhar 9 indicadores para saber se o meu jornal é um sucesso?”.
A resposta é: não!
Você primeiro deve relacionar todos os indicadores que você pode medir. Depois, faça um filtro para se decidir por aqueles que mais se adequam aos seguintes critérios:
- Maior adequação ao propósito da sua mensuração
- Disponibilidade de instrumentos para acompanhar cada indicador
- Existência de equipe e tempo para colher os dados e analisá-los
- Facilidade de encontrar os indicadores atuais e passados para poder compará-los.
Entre todos os indicadores que você pode relacionar, escolha dois ou três, entre eles alguns quantitativos ao lado de outros qualitativos.
Perseguir 9 indicadores é o primeiro passo para a sua “loucura comunicacional”. Fuja disso!
Ainda dentro do mesmo exemplo anterior, pense na dificuldade que você teria para acompanhar o “índice de erros no processo provocados pela falta de informação do jornal” (item 4). E quantos “atrasos verificados nas entregas” (item 4.1.).
Embora estes sejam indicadores do sucesso de um veículo de comunicação, você deve descartá-los porque não passam no filtro criado com os critérios de definição dos indicadores.
Será muito mais prático você mensurar “quanto os funcionários conhecem os valores da empresa” (item 2.1.), o “clima interno” (item 3.1.) e “quanto os funcionários acreditam nos gestores” (item 3.2.).
A mensuração do presente e do passado
A mensuração de resultados em comunicação, sozinha, não revela nada. Ela passa a ter valor quando comparada e analisada.
Uma das comparações deve ser com relação à mesma ação realizada em um período anterior. Com isso você poderá dizer que antes os resultados eram “X” e após a ação de comunicação os resultados passaram a ser “X + 1”.
Da mesma forma, é preciso confrontar os resultados medidos com as metas que foram estabelecidas no início da campanha, para poder afirmar que elas foram atingidas, superadas em “X %” ou ficaram abaixo em “Y %”.
Toda comunicação produz um resultado. Você só saberá se ele foi bom ou ruim mensurando os resultados e comparando com o histórico e com as metas.
Quer saber mais? Deixe um comentário ou uma pergunta abaixo para que eu possa responder. Ou encaminhe suas sugestões sobre este assunto para futuros posts.
Leia também os artigos:
Comunicação Empresarial: 6 dicas para medir seus resultados
9 passos para elaborar uma campanha de endomarketing bem sucedida
Neste livro você vai encontrar orientações para a mensuração de resultados:
by Renato Avanzi | 24 Nov 2016 | Comunicação e Marketing
Uma boa pesquisa de mercado pode ser o caminho para entender o público
Para levantar as expectativas dos consumidores em potencial, em geral são utilizadas metodologias de pesquisa de mercado qualitativa.
Digo “em geral” porque existem alguns casos em que se pode utilizar o SAC – Serviço de Atendimento ao Cliente ou a Ouvidoria ou ainda canais de comunicação como o “Fale com o presidente”. Organizações que dispõem desses meios de relacionamento com o público podem obter informações preciosas sobre os desejos e expectativas que são endereçados a eles.
Nestes casos, é preciso que os administradores desses canais permaneçam alertas para selecionar, entre tudo o que aparece, aquilo que diz respeito aos anseios expressos e àqueles que estão nas entrelinhas do que é dito.
O que pode ser necessário, também, é aprofundar em um segundo contato direto as informações preliminares registradas anteriormente, na tentativa de entender melhor o que está por trás de cada frase formulada sem muita precisão pelo público.
Pesquisa de mercado

Na maioria dos casos, o levantamento de expectativas é obtido com a aplicação de pesquisas de mercado qualitativas. Para isso, existem inúmeras metodologias, cabendo a escolha a alguns fatores: as características do que se pretende avaliar e o orçamento disponível para isso.
A verdade é que, quando falamos de Comunicação Corporativa ou Institucional, a maioria das empresas não reserva um budget suficientemente grande para a contratação de um instituto ou profissionais autônomos especializados em pesquisa.
Diferente da área de Marketing comercial que possui uma verba bastante razoável para o levantamento das necessidades dos seus públicos, porque já é do conhecimento de todos que os objetivos mercadológicos de uma organização só podem ser atingidos quando ela atende plenamente as necessidades das pessoas.
Como essa é a realidade da comunicação na maioria das empresas, recomendo sempre deixar a choradeira de lado e atuar com as ferramentas que se tem. Ou seja, com você e com a sua equipe (se tiver).
Por isso, vou mostrar a seguir algumas possibilidades que podem ser empregadas pelo próprio profissional de comunicação, a partir de alguma leitura complementar e bom senso.
Mas insisto: caso o orçamento permita, contrate um profissional da área porque isto fará muita diferença na condução do processo e nas análises das respostas obtidas.
FOCUS GROUP
Costumam ser os mais indicados para essa finalidade. Esta metodologia prevê a seleção de alguns representantes do universo que você deseja pesquisar, escolhidos a partir de um “filtro” que define as principais características do seu público.
Essas pessoas (em número de 10 ou 12) são convidadas a participarem de uma “conversa”, em um local confortável, diante de um moderador que terá o papel de estimular a participação de todos com opiniões e percepções sobre o tema proposto.
O estímulo deve ocorrer de forma bastante natural, sem comentários baseados em juízos de valor. Isso significa que, por mais estranha a colocação feita por alguém, ela deve ser esmiuçada sem que pareça uma aberração. É dessa maneira que se poderá entrar mais a fundo na mente do público e descobrir suas reais expectativas.
Para que o moderador fique totalmente concentrado nas respostas e nas suas provocações, o encontro deve ter o áudio gravado ou, se possível, também as imagens. Assim, além de retirar da pessoa que conduz a obrigação de registrar tudo o que é dito, distraindo-se da essência, também é possível ter a leitura da forma como as coisas foram ditas e das expressões corporais e faciais que acompanharam as falas. Percebe-se, dessa maneira, sentimentos de prazer, angústia, alegria, tristeza, raiva, entre outros.
Lembre-se de comunicar a todos, antes do início, que o encontro será gravado para que a confiança esteja presente entre os presentes, deixando-os à vontade para desistirem ou ficarem, mas conhecendo todas as regras do jogo.
Vale a pena, em algumas situações, explicar a finalidade do Focus Group, sem destacar tudo o que se quer, mas pelo menos deixando claro que todas as contribuições que surgirem serão utilizadas para melhorar a relação de cada um com a marca, o produto ou o serviço. Enxergar benefícios próprios ajuda muito na vontade de colaborar.
Uma das problemáticas dessa pesquisa está na extensão que se pretende avaliar. Em outras palavras, quando falamos do país inteiro, será necessário programar vários Focus Group em Estados diferentes, elevando os custos logísticos e de execução.
Como estou pensando que o próprio comunicador fará a moderação por falta de recursos financeiros, não é razoável imaginar que em cada local haverá um comunicador de plantão com habilidades suficientes para fazer o papel que caberia a um pesquisador profissional.
QUESTIONÁRIO ESTRUTURADO

Uma alternativa muito boa é o uso de questionários estruturados, aplicados individualmente com a presença de um entrevistador.
Neste casos, elabora-se um roteiro de entrevista baseado em algumas questões vitais que estarão relacionadas em uma folha orientativa para o entrevistador. Perceba que não se trata de elencar perguntas de 1 a 20, mas de estabelecer as informações básicas que se pretende obter.
À medida em que o entrevistado vai fornecendo suas impressões, quem está no comando vai aprofundando o que surge de importante e acrescentando os demais pontos que ainda não foram abordados.
Apesar de ser estruturada previamente, esta pesquisa deve ocorrer como se fosse uma conversa em que o entrevistado fica o mais à vontade possível para discorrer sobre o assunto sem direcionamento e sem censura.
Pelo mesmo motivo que falei no Focus Group, esse tipo de pesquisa deve ser gravada em áudio que, posteriormente, deve ser transcrito e analisado criteriosamente.
Para as transcrições, atualmente, existem softwares e aplicativos que fazem esse trabalho muito bem, necessitando de uma interferência apenas em alguns pontos que podem não fazer sentido no que foi transcrito.
QUESTIONÁRIO FECHADO
Na minha opinião são os menos indicados para o levantamento de expectativas por dois motivos: são restritivos e podem gerar interpretações equivocadas.
A sua forma pressupõe a elaboração de uma série de perguntas, dispostas em um questionário que será encaminhado ao respondente para que ele, sozinho, preencha com as suas respostas.
É bastante comum utilizar questões de múltipla escolha (a, b, c ou d), questões avaliativas (gosto muito, médio, pouco ou não gosto) e algumas perguntas abertas, que exigem um comentário escrito livremente.
Aqui estão os dois obstáculos para o uso desta modalidade: o primeiro é que as questões de múltipla escolha ou avaliativas são restritivas no sentido de apresentarem alternativas que nem sempre representam o exato sentimento do entrevistado.
O segundo é que no caso das perguntas abertas, o analista deverá não só entender a letra mas, acima de tudo, o que a pessoa quiz dizer com o que escreveu. Tanto o respondente pode não ter sido claro, quanto o pesquisador não fazer uma leitura adequada.
A facilidade deste método está na logística: escolhem-se alguns representantes do seu público ou a totalidade dele, encaminha-se o questionário e aguardam-se as respostas dentro do prazo estabelecido.
A surpresa pode ficar por conta da baixa adesão ao processo, uma vez que ele requer disciplina para o preenchimento sozinho e tempo, que as pessoas refutam cada vez mais como escasso ou inexistente.
QUESTIONÁRIO DIGITAL
Esta é uma modalidade derivada do Questionário Fechado, com algumas facilidades: fica disponível em qualquer meio digital, elimina o trabalho de decifrar a caligrafia de quem responde e gera relatórios das questões de múltipla escolha e avaliativas imediatamente, “real time”.
Pode ser criado a partir de ferramentas disponíveis no mercado, algumas gratuitas com limitações de recursos, e encaminhado por e-mail marketing, Whatsapp, MSN, disponibilizado no perfil do Facebook ou no site da empresa.
Dependendo dos resultados iniciais, que são consolidados rapidamente, essa forma pode ser conjugada com uma segunda etapa de pesquisa intermediada por um entrevistador, apenas com uma parcela dos entrevistados, para aprofundar os itens que mais apareceram e que podem dar melhores indícios sobre as reais expectativas do público.
A limitação fica por conta da possibilidade de acesso a computadores ou smartphones que, dependendo do público entrevistado, não é uma certeza.
TIPOS DE PERGUNTAS EM PESQUISAS DE MERCADO
As perguntas que devem ser feitas variam muito do que se pretende obter de resposta. Esse é o ponto crucial: quais as respostas que você espera obter? Somente após definir isso é que se deve partir para a elaboração das perguntas ou do guia de itens a serem explorados.
Outras variações surgirão do foco da sua pesquisa: produto, marca ou serviço? Para cada um deles, as adequações serão indispensáveis.
Veja a seguir algumas possibilidades. A partir delas, crie as suas próprias derivações adequadas ao seu negócio:
- Como costuma comprar este produto?
- Como costuma utilizar o produto?
- O que mais gosta nele?
- O que não gosta nele?
- O que mais ele deveria ter para ficar melhor?
- Conhece algum produto similar? Qual?
- Já utilizou?
- Quais as suas impressões sobre ele? O que é igual? O que é diferente? O que é melhor?
- Faça um comparativo entre eles.
- Se fosse uma pessoa, quem seria? Porque? Quais as características que mais te agradam nessa pessoa? Você se identifica com essa pessoa?
TESTE ANTECIPADO
Teste tudo antes com algumas pessoas que representam o perfil do seu público. Não se arrisque a desenvolver toda a logística, correndo o risco de descobrir no meio do processo que faltou obter algum dado importante ou que o público não está compreendendo adequadamente e, portanto, não consegue contribuir com os resultados desejados.
Faça algumas pesquisas e analise os resultados. As respostas obtidas estão de acordo com o esperado, ou você está perguntando sobre caprinos e as pessoas estão respondendo sobre capim?
Caso tenha que fazer alterações significativas, teste novamente o novo questionário. Não economize tempo nesta primeira fase porque certamente você vai gastar muito mais se descobrir, só no final, que todo seu esforço foi em vão.
CAPACITAÇÃO DA EQUIPE DE PESQUISA DE MERCADO
Volto a insistir que o melhor é contratar profissionais de pesquisa para pesquisar. Mas voltando à dificuldade inicial de falta de verba para isso, você pode se capacitar e treinar a sua equipe de comunicação para aplicarem essas pesquisas.
Recomendo começar com algumas leituras que podem atualizar seus conhecimentos.
Caso você seja da área de Comunicação Social, então já teve entre suas matérias da graduação “Metodologia de Pesquisa”. Tente encontrar o seu caderno de anotações, as apostilas, os livros ou os links que foram abordados em aula.
Tente, também, um contato com seu ex-professor dessa matéria. Quem sabe ele pode te ajudar ou, ainda, recomendar aos alunos e orientandos dele que elaborem a pesquisa que você precisa como atividade complementar do curso. Já fiz isso com ótimos resultados para todos.
Por fim, depois de toda essa maratona de reciclagem, compartilhe tudo com a equipe que vai trabalhar com você neste projeto. Invista tempo nisso. Solicite que leiam e se preparem para discutir o assunto com profundidade. Promova workshops. Crie dinâmicas em que os participantes aplicam a pesquisa entre eles com avaliações mútuas.
Todo esforço vale a pena porque é sempre melhor fazer algum tipo de avaliação, ainda que de forma caseira, do que não pesquisar nada, nunca.
by Renato Avanzi | 27 Set 2016 | Comunicação e Marketing
Entenda aqui o que é endomarketing e como você pode (e deve) começar a usá-lo na sua empresa
Toda empresa que deseja se manter bem no mercado precisa se preocupar não somente em atrair o desejo de compra dos consumidores, mas também em manter os talentos que possui dentro da organização.
De nada adianta desenvolver estratégias para que os clientes vejam as marcas como a melhor opção no mercado se os funcionários não acreditam nessa ideia e estiverem esperando pela primeira oportunidade de partirem para outro emprego ou, ainda, para a concorrência levando informações preciosas.
Focar no público interno, criando laços e motivando os funcionários, é essencial e isso se concretiza a partir de ações de endomarketing.
Leia este artigo até o final para saber:
- O que é endomarketing
- Como utilizar o endomarketing na sua empresa
- Como começar uma campanha de endomarketing
- Os benefícios do endomarketing
O que é endomarketing?

O termo endo vem do grego e significa “uma ação interna”. Logo o endomarketing é exatamente isso: o marketing para dentro da organização. Mas não se limite a pensar no endomarketing apenas como uma comunicação empresarial.
Ele é um conjunto de ações que utiliza diversos princípios do marketing, da comunicação corporativa e da administração a fim de construir uma relação engajada e unificada com o público interno da empresa, para que todos estejam conectados com uma única visão de negócio.
Os setores responsáveis por promover ações neste sentido variam muito de uma empresa para outra. Pode estar sob a responsabilidade da área de Comunicação Interna, de Marketing, de Recursos Humanos, de Relações Humanas, de Comunicação Empresarial ou até mesmo de um setor específico de Endomarketing.
Não há grande importância a qual área está ligada a atividade, desde que ela tenha autonomia para servir aos interesses da organização inteira, sem ficar atrelado a desejos exclusivos de uma ou outra área.
O que realmente importa é conquistar os colaboradores, fazendo-os perceber como cada um tem um papel importante na construção da empresa.
A ideia é simples: quanto mais satisfeitas as pessoas estiverem com seu trabalho e as condições dentro da empresa, mais elas se sentirão motivadas e falarão sobre as vantagens e benefícios para seus familiares e amigos. Consequentemente, elas se sentirão mais valorizadas e empenhadas em realizar seu trabalho.
Isso faz com que todas essas pessoas passem a ter uma percepção diferente do negócio e comecem a enxergar a empresa de uma forma mais humana e holística, desenvolvendo um sentimento de “pertencimento”.
Como começar a utilizar o endomarketing na sua empresa
Ter uma gestão transparente, prestar atenção no que os colaboradores têm a dizer, incentivar os funcionários talentosos, criar condições seguras e saudáveis de trabalho, reconhecer e recompensar as pessoas que estão engajadas nas causas da empresa… Todas essas atitudes são essenciais para uma campanha de endomarketing de sucesso.
O primeiro passo é compreender as necessidades e dificuldades enfrentadas pelas diversas áreas da empresa. Neste sentido, é bom frisar: o Endomarketing deve ser desenvolvido sempre em apoio a uma demanda de outras áreas da organização que têm uma dificuldade a ser sanada ou uma oportunidade a ser aproveitada.
Por exemplo, a área de segurança detecta a ocorrência de muitos acidentes e precisa modificar o comportamento dos funcionários para reduzir esse número. Ou a Administração vê a possibilidade de otimizar os processos a partir da criatividade dos próprios funcionários.
Nos dois exemplos, o Endomarketing tem a capacidade de modificar o comportamento dos colaboradores para minimizar a ocorrência de acidentes e maximizar o potencial de contribuições que os funcionários podem sugerir.
Como estruturar uma campanha de endomarketing

Em seguida, vem a estruturação das ações de endomarketing, trazendo o colaborador para dentro do espírito e da alma da empresa. Entre as práticas mais comuns podemos citar as campanhas estruturadas, materiais gráficos (displays de mesa, folders etc.), veículos eletrônicos e digitais, festas comemorativas, happy hours, vídeos institucionais, games, teatro, palestras, workshops, treinamentos de equipe e muito mais.
Imagine que, ao invés de mandar um email marketing tradicional e nada atrativo, sua empresa crie interferências no ambiente que garantam que todos os funcionários sejam impactados pelos conceitos da campanha de endomarketing. Isso ajudará para que eles “comprem” a ideia e, mais do que isso, comecem a colocá-la em prática.
Algumas empresas instituem bonificação por resultados, de acordo com o desempenho de cada integrante da equipe. Essa é uma ótima forma de mostrar que a empresa reconhece os esforços diários. As recompensas podem até ser financeiras, mas obrigatoriamente têm que incluir o reconhecimento para quem se destaca por suas atitudes acima do esperado.
Neste outro artigo, ensino detalhadamente 9 passos para uma campanha de endomarketing bem sucedida.
Benefícios do endomarketing
O endomarketing estabelece uma relação de troca entre empresa e funcionário. Neste sentido, quem investe nessas ações pode se beneficiar de diversas formas. As principais vantagens dessa estratégia são:
- Fidelização de clientes: quando a empresa conquista seu público interno e faz os colaboradores se sentirem mais engajados, consequentemente eles passarão mais credibilidade na hora de vender para o consumidor, resultando em clientes fiéis;
- Aumento das vendas: clientes mais satisfeitos e funcionários valorizados resultam em uma crescente nas vendas do produto ou serviço. A elevação das vendas amplia os resultados e os lucros;
- Funcionários motivados: o trabalhador se sente valorizado e agradecido a ponto de dar o melhor de si, não se percebendo como se fosse apenas um mero instrumento de obtenção de lucro para a corporação;
- Retenção de talentos: a competitividade do mercado é grande e a capacidade de reter talentos se torna um desafio enorme para as corporações. A partir das ações de endomarketing, a tendência é que os funcionários mais capacitados se mantenham em seus postos. É importante que todo empreendedor tenha em mente que a alta rotatividade envolve custos que poderiam ser evitados com a retenção;
- Melhoria do clima interno: o clima organizacional influencia diretamente na produtividade e satisfação dos colaboradores, e tudo isso infere na qualidade do trabalho. O endomarketing tem como objetivo, também, melhorar a eficiência no que diz respeito à relação funcionário-empresa.
Vale a pena investir em estratégias de endomarketing, mas não se esqueça: apesar do investimento financeiro não ser o mais alto, o comprometimento deve ser. Para que as ações estejam alinhadas aos objetivos da empresa e possam dar resultados efetivos é preciso um planejamento adequado.
Você encontra alternativas de ações práticas de endomarketing no meu livro: Marketing Motivacional.
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by Redação Widoox | 24 Ago 2016 | Comunicação e Marketing
Filmes essenciais para qualquer profissional ou estudante do mundo do marketing.
Anda sem saber o que ver na Netflix? São muitas opções e pode ser difícil decidir.
Com esta lista que preparamos, você pode se preparar para a sua carreira no mundo do marketing de pijamas em um domingo chuvoso, comendo pipoca no sofá.
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7 filmes na Netflix para quem é do mundo do marketing
1 – Amor sem escalas (Up in the Air)

“Amor sem escalas” é a história de Ryan Bingham (George Clooney), um executivo cujo trabalho é demitir outras pessoas. Ele passa a maior parte de seu tempo voando ao redor dos Estados Unidos demitindo funcionários para outras empresas.
É um bom filme para qualquer profissional ou estudante de marketing, uma vez que lida com questões de Recursos Humanos, habilidades de comunicação e problemas pessoais de um executivo. Ele também mostra como é importante olhar para o todo quando se pensa sobre a eficiência nos negócios.
2 – À procura da Felicidade (The Pursuit of Happiness)

“À procura da Felicidade” é uma história verdadeira e um dos filmes mais motivacionais já feitos. É a história de Christopher Gardner (Will Smith), que tenta se erguer de uma situação financeira difícil para se tornar um corretor na bolsa de valores.
Em sua empreitada, Gardner cria estratégias de marketing alternativas para vender equipamentos médicos de baixa qualidade de porta em porta. Tudo isso enquanto cria seu filho sozinho e estagia em uma grande corretora de ações.
O filme ensina muito sobre vendas e também dá uma aula sobre a perseverança na carreira, dois ensinamentos importantes para o mundo do marketing.
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3 – Rede de intrigas (Network)

“Rede de intrigas” é um clássico da década de 1970, em que Howard Beale (Peter Finch) é um âncora de uma rede de televisão americana e é demitido pela baixa audiência de seu programa. Após anunciar que se suicidará no ar, os índices de audiência voltam a subir.
Trata-se de um filme sarcástico, com diálogos geniais, que expõem as hipocrisias do universo midiático e dos negócios. É muito à frente de seu tempo, por fazer previsões sobre a mídia moderna no século 21, tratando de reality shows antes de eles se tornarem moda no mundo inteiro.
“Rede de Intrigas” mostra muito bem sobre como o mundo do marketing e o jornalismo se juntaram cada vez mais, e levanta importantes questionamentos sobre a ética e os limites deste tipo de negócio.
4 – Wall Street: Poder e cobiça (Wall Street)

“Wall Street: Poder e cobiça” é a história do jovem corretor da bolsa Buddy Fox (Charlie Sheen), que quer chegar ao topo com pressa.
É mais um exemplo que mostra as armadilhas do ambiente corporativo de alta competitividade. A vida de dinheiro fácil e rápido faz com que Fox questione seus motivos e valores, uma vez que entra em conflito com sua educação de classe média.
Um filme importante para qualquer estudante de marketing ou gestão que está entrando no mundo do marketing e sonha em crescer profissionalmente em um curto espaço de tempo.
5 – As mil palavras (A thousand words)

“As mil palavras” é uma comédia engraçada com Eddie Murphy no papel principal. Ele interpreta um executivo que consegue os melhores negócios por meio da oratória. Um feitiço, no entanto, faz com que ele tenha que economizar suas palavras, sob um custo altíssimo.
O filme mostra, de forma descontraída, que às vezes é necessário buscar abordagens pouco convencionais para os problemas e desafios no cotidiano do mundo do marketing.
6 – Kramer vs Kramer

Em “Kramer vs. Kramer“, Dustin Hoffman interpreta Ted Kramer, um publicitário que trabalha demais e cuja a obsessão com o seu trabalho lhe custa seu casamento.
É uma excelente reflexão para quem precisa lidar com a carreira de maneira mais equilibrada. E hoje em dia, quem não precisa?
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7 – Antes só do que mal acompanhado (Planes, trains and automobiles)

Para terminar com bom humor, “Antes só do que mal acompanhado” mostra a conturbada relação entre o mal humorado publicitário Neal Page (Steven Martin) com o vendedor Del Griffith (John Candy).
Um filme estilo “Sessão da Tarde”, bom para ver com a família depois daquele almoço de domingo.
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