by Claudia Avanzi | 9 Ago 2018 | Coaching
Você sabia que, quando resolve mudar alguma coisa na sua vida, sua “zona de conforto” faz de tudo para impedir?
O que chamamos de “zona de conforto” é uma parte de nós que pouco conhecemos ou na qual não prestamos muita atenção.
Eventualmente nós nos referimos a ela, mas dificilmente paramos para pensar em como funciona, qual a influência sobre nós e a que resultados nos leva.
No fundo, sabemos que a chamada “zona de conforto” funciona com uma forte resistência para nos impedir de fazer mudanças nas nossas vidas.
Esta mecânica é automática e pauta nossas vidas o tempo todo, com mais intensidade quando resolvemos fazer alguma coisa que não estamos acostumados ou, mais ainda, quando resolvemos realizar uma grande mudança.
Essa resistência é formada pelas nossas crenças e pensamentos limitantes, pelas memórias e se utiliza do desconforto provocado pelas mudanças. Qualquer decisão de alteração na nossa vida é acompanhada pelo desconforto, gerando imediatamente uma reação de apego à situação a ser alterada.
A zona de conforto se manifesta através de frases no pano de fundo das nossas mentes ou como reações físicas e emocionais. Frases do tipo: é muito arriscado; vai dar trabalho; não vou dar conta; não posso; não consigo; gosto/não gosto; não sou capaz; não é seguro; medo, medo, medo; e por aí afora. E reações como: procrastinação, dores de cabeça, preguiça, dormir demais ou de menos; falar demais ou emudecer; inércia; comer demais ou de menos; pânico; dúvida; só para começar a lista quase infinita de manifestações.
Alguns dos resultados de darmos ouvido a estas frases e considerarmos estas reações físicas e emocionais são os sentimentos de enorme frustração, tristeza por não realizarmos, sensação de impotência, falta de significado em nossas vidas, angústia e, até mesmo, desespero.
De onde vem a Zona de Conforto?
A resistência a mudanças se manifesta por alterações emocionais e mentais. E, talvez, também tenhamos que considerar reações químicas do nosso corpo.

A mecânica do corpo humano é voltada para garantir a nossa sobrevivência e, por isto, para a o uso econômico da energia corporal. O cérebro corresponde a aproximadamente 2% da massa corporal e consome aproximadamente um quinto da energia do corpo.
Neurocientistas têm afirmado que 95% do que fazemos tem origem no nosso inconsciente. E os nossos mecanismos instintivos atuam neste ambiente. O que chamamos de zona de conforto está localizada no nosso inconsciente e é imediatamente acionada quando conscientemente decidimos por alguma mudança.
As mudanças que promovemos têm origem em uma escolha consciente, uma decisão que desencadeia uma série de alterações físicas, emocionais e mentais para viabilizar os resultados que escolhemos. Então, as mudanças requerem alterações físicas no nosso cérebro e, com isto, maior gasto de energia.
Um exemplo disto é quando resolvemos aprender a dirigir. Em geral, temos aulas para aprender a lidar com direção, câmbio, três pedais, três retrovisores, chave de ignição, acionadores de limpadores de para-brisas, acionadores de faróis e setas de conversão, semáforos, outros carros andando e estacionados, pedestres, sinalização de trânsito, além do instrutor sentado ao seu lado falando calmamente.
Mas, como o instrutor poderia estar calmo se eu estava em absoluto pânico?
Comigo foi assim. Sentei no banco do motorista em um carro da autoescola, sem ter a menor ideia de como eu poderia lidar com tudo aquilo e ainda conseguir sair ilesa da experiência. Tinha uma vozinha lá no fundo da minha mente dizendo para deixar tudo isto para trás e voltar para casa, lugar seguro e imóvel, e somente andar em veículos que outras pessoas dirigissem. Sentia um medo terrível de bater em outros carros ou bater em algum pedestre e muitos outros medos zunindo na minha cabeça.
E quem estava promovendo todo aquele caos? A minha zona de conforto, a minha resistência àquela mudança que me traria muitas facilidades.
Aprender a dirigir é um exemplo da mudança de caminhos neurais, o que requer um gasto maior de energia física, além da decisão mental para realizar aquilo e a carga emocional para sustentar a decisão.
Como conviver bem com a nossa “Zona de Conforto”?
Refletindo sobre todo este mecanismo de resistência, percebemos como é importante trazermos para a consciência todo o movimento que ocorra em nós originado da nossa resistência às mudanças.
Percebi que é imperativo estabelecermos uma convivência pacífica e produtiva com a nossa “zona de conforto”. Na medida certa, a resistência poderá funcionar como um alerta para a prudência e bom senso no nosso planejamento estratégico das mudanças que queremos.
E atenção para a medida certa. Ela é certa até que se torne impeditiva.
Concluí que é imperativo descobrir uma forma de acessar e atuar conscientemente com a nossa resistência porque, sem isto, ficamos a mercê dessas vozes e impedimentos que nos deixam realizar somente o mínimo dos nossos anseios e dos nossos talentos.
Para isto, algumas dicas:
- Saiba que terá que ser inexorável com a resistência apelando para a determinação, a disciplina e a assertividade;
- Proponha-se a observar e a se conscientizar das frases impeditivas que aparecem na sua mente e as suas reações físicas e emocionais às mudanças;
- Enfrente-as uma a uma com coragem, afinal são criações suas, e transforme-as em recursos de superação e força para realizar a mudança que você quer.
Para ajudar um pouco, recorra à lembrança detalhada de uma situação em que você se superou e atingiu um resultado importante e desafiador na sua vida e sinta novamente toda a alegria e satisfação que sentiu.
Isto mesmo! Lembre-se da alegria, da sensação de “eu posso” que você teve e mergulhe nela. Agradeça profundamente por ter conseguido superar a sua resistência. E lembre-se de todos os desdobramentos daqueles resultados.
Pode ser a lembrança da sua luta para entrar em uma faculdade e chegar à formatura, superando as limitações financeiras, dificuldades com as matérias, o tempo dedicado aos estudos em detrimento de momentos de lazer e descanso. Você venceu, você superou a sua resistência, você conseguiu!
Superar a Zona de Conforto é uma questão de decisão
Somente quando assumimos total responsabilidade sobre as nossas vidas e resultados é que estaremos realmente levando a sério e honrando a nossa história e sonhos.
E as pessoas que realizam são aquelas que assumiram a responsabilidade de atuar a partir das suas almas.
É preciso agir! Assumir e sustentar compromissos consigo mesmo e criar condições para realizar. Preparar-se para as adversidades que venham a ocorrer nos processos de mudança, corrigindo e alterando os rumos sem perder de vista o objetivo. Manter a atenção incansável nos sintomas de resistência para, ao menor sinal, providenciar as transformações necessárias.
Realize com integridade, alegria, paciência e clareza. E vá em frente sempre!

“Todos os homens morrem, mas só alguns vivem!”
Fala de Wallace no filme CORAÇÃO VALENTE.
Leia também meu artigo “Você sabe o que realmente quer para a sua vida?”
Recomendo fortemente a leitura deste livro:
by Marcia Assumpção | 3 Ago 2018 | Coaching
Depois dos 50 é um momento da vida no qual, para utilizar a metáfora da escadaria que eu descrevi em um artigo sobre Jane Fonda, estamos em um patamar onde podemos ver o que já fizemos e o que ainda dá tempo de alterar para continuarmos nossa subida.
Lembro, na minha infância, de ficar preocupada se conseguiria passar de ano e me formar. Na adolescência as preocupações eram sobre escolha de profissão, se conseguiria ter uma carreira, será que casaria? Teria filhos?
Quantas vezes fiquei angustiada com meus filhos pequenos se estava sendo uma boa mãe, se estava educando corretamente e dando para eles todo o necessário para que se desenvolvessem bem. À noite pensava se eles estudariam, se seriam adultos responsáveis e felizes.

Quantas horas na vida tive pensamentos ansiosos sobre o futuro!!!
Hoje, DEPOIS DOS 50, neste patamar da minha “escadaria”, olho e vejo quantas coisas realizei. Quantos problemas resolvi da melhor forma que consegui e me sai bem. Avalio minhas conquistas, meu desenvolvimento profissional, meus relacionamentos, meus filhos criados e felizes e, até mesmo meus pais que na minha infância não faziam parte das minhas preocupações (qual criança imagina que vai cuidar dos pais na velhice?). Eles também foram bem cuidados até o fim. Me sinto tipo “missão cumprida” até aqui. Fiz o melhor que pude. Acertei muito e errei também, aliás como todo mundo. Muitas conquistas e muito aprendizado.
E agora?
Continuando a usar as metáforas, me sinto nessa fase como se fosse o final de um dia de trabalho. Chego em casa com o dever cumprido e agora tenho tempo para mim, para relaxar e fazer as coisas que gosto. Apenas curtir, enfim, sem grandes preocupações. Claro que vou ter coisas para fazer como o jantar e a louça. Mas na vida a gente sempre vai ter obrigações a cumprir e coisas para fazer, não tem jeito. Só que depois, vou sentar e ler um bom livro e curtir meu tempo.
E quanto às incertezas pelo futuro? Bom, a vida sempre teve incertezas e se consegui dar conta de tudo até agora, provavelmente darei algum jeito no futuro também. E vou continuando a subir a minha escada…..

ENFIM, PORQUE SOU TÃO FELIZ DEPOIS DOS 50?
Acho que é porque já fiz tudo o que tinha obrigação de fazer e agora estou no lucro, no prazer. Daqui para frente, mesmo com as responsabilidades assumidas atualmente, e que são muitas, estou na fase da curtição. Faço o que quero e gosto do que faço!
Não tenho que dar satisfação da minha vida a ninguém. Estou em uma fase que não tenho nada a perder. Acho ótimo quando gostam de mim, mas não sou mais aquela adolescente que ficava preocupada com a opinião dos outros. Falo o que acredito ser correto e não para agradar as pessoas. Como consequência, me sinto mais autêntica e menos ansiosa.
Não me sinto com a idade que tenho, pelo contrário. Me sinto muito criativa, produtiva e com inúmeros projetos que estou tocando com grande carinho e dedicação. E por fim, me sinto feliz!
2 dicas para compartilhar
- Olhe para trás, não para estacionar no passado ou se arrepender do que não fez, mas para valorizar o seu presente e ter um ótimo futuro
- Viva o que esta fase tem de melhor a oferecer
Chegar até aqui não é para os fracos. É apenas para os guerreiros….
Se você gostou, leia também:
4 dicas fundamentais para ser feliz DEPOIS DOS 50
Sua felicidade depende de como você começa o dia
A fim de viver bem DEPOIS DOS 50 é necessário começar a investir em você. Você está feliz com sua vida atual? Conseguiu realizar seus sonhos? Está fazendo sua programação financeira para uma velhice confortável?
Se quiser pensar nisso com ajuda da autora deste artigo, a psicóloga Márcia Assumpção (CRP: 06/14.064), e receber uma sessão gratuita, encaminhe um e-mail para: marciassumpcao.ma@gmail.com
Ou inscreva-se no site Psicologia Viva, regulamentado pelo CRP – Conselho Regional de Psicologia, para agendar uma consulta com Márcia Assumpção.
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by Marcia Assumpção | 28 Jul 2018 | Coaching
O que vamos fazer com todo esse tempo?
Há uma TED TALK da Jane Fonda circulando na internet que eu recomendo muito. Nessa conferência ela, aos 80 anos de idade, fala como vê o envelhecimento.
Ela enfatiza que atualmente estamos vivendo 34 anos a mais do que nossos bisavós. O que vamos fazer com todo esse tempo?
Essa conferência é baseada em seu último livro “O melhor momento”.
Ao escrever o livro, ela fez uma pesquisa sobre o envelhecimento e encontrou duas metáforas diferentes: o arco e a escada.
Metáfora do envelhecimento como um arco
Ainda estamos vivendo com esse velho preconceito da idade como um arco. Como um arco, você nasce, atinge o auge na meia-idade e declina para a decrepitude. Atualmente, filósofos, artistas, médicos, cientistas e outros estão tendo um novo olhar para o que ela chama de terceiro ato: as três últimas décadas da vida. Eles perceberam que essa fase é um estágio de desenvolvimento com significado próprio, diferente da idade madura assim como a adolescência é diferente da infância.
Metáfora do envelhecimento como uma escada
A segunda metáfora é uma escada. De acordo com ela, essa é a mais adequada para representar o envelhecimento: a ascensão para o topo do espírito humano, trazendo-nos a sabedoria, completude e autenticidade. A maioria das pessoas DEPOIS DOS 50 sente-se melhor, é menos estressada, menos hostil, menos ansiosa e até mesmo mais feliz.
O mundo, em geral, obedece à uma lei universal. Tudo tem um começo, uma ascensão e depois entra em um estado de declínio e decadência: o arco.
Fonda diz que há apenas uma exceção a essa lei universal: o espírito humano. Nós podemos continuar a evoluir em direção ao topo: a escadaria. Podemos chegar a um estado de completude, autenticidade e sabedoria.
Todos nascemos com espírito; no entanto, pelos desafios da vida, abusos e negligências ele acaba sendo soterrado. Muitos relacionamentos não tiveram uma conclusão e assim nos sentimos inacabados. O terceiro ato tem a função de terminar as nossas tarefas.
É a famosa “Análise da vida” que pode nos trazer um novo significado, mais clareza e sentido. É o momento de se dar conta de que muitas coisas que você achava que eram falha sua, na verdade, não tinham nada a ver com você. Momento de perceber que talvez você tenha um julgamento errado a seu respeito. Assim, você é capaz de re-significar, mudar suas relações, se libertar de seu passado e se perdoar.
Talvez o objetivo principal do terceiro ato seja tentar mudar a relação com o passado.
Em Busca de Sentido
No vídeo, Jane Fonda menciona o livro “Em Busca de Sentido”, de Viktor Frankl, psiquiatra alemão que passou cinco anos em um campo de concentração nazista. Ele escreveu: “Tudo que você tem na vida pode ser tirado de você exceto a liberdade de escolher como você responderá às situações. Isso é o que determina a sua qualidade de vida, não se é rico ou pobre, famoso ou anônimo, saudável ou sofredor. O que determina sua qualidade de vida é como se relaciona com essas realidades e que tipo de significado atribui a elas.”

O MELHOR MOMENTO
Jane Fonda diz que aos 62 percebeu que se sentia melhor do que nunca: “Nunca fui tão feliz!” Ao pesquisar, viu que esse sentimento costuma se manifestar em pessoas DEPOIS DOS 50. Concluiu que a idade pode ter a ver mais com potencial e experiência do que com envelhecimento.
Ela diz que envelhecer não precisa ser assustador. As pessoas têm pânico da velhice, mas não precisa ser assim. A terceira idade nos faz viver com mais qualidade e menos estresse. O papel de quem chegou lá é mostrar que esta pode ser uma boa época da vida.
“É fundamental ter senso de humor e não se levar muito a sério para conseguir envelhecer bem.”
Acrescenta ainda que é fundamental manter-se fisicamente ativo. É preciso, também, estar atento à alimentação. O que você coloca na boca torna-se muito mais importante ao envelhecer.
Ao avaliar sua vida, ela viu que tinha adotado as atitudes certas. Preocupou-se com exercícios regulares, alimentação saudável e planejamento financeiro, o que deve ser mantido na terceira idade. Segundo suas pesquisas, apenas um terço dos problemas da terceira idade é decorrente da genética, enquanto os outros dois terços estão relacionados com escolhas que se fez ao longo da vida.

“Não tenho medo de envelhecer. Mas tenho medo de chegar ao fim da minha vida com lamentações. Não devemos deixar nada para depois, nada que faça com que a gente se despeça da vida com arrependimentos.”
A atriz acredita que nessa fase nos tornamos as pessoas ativas, afetuosas e plenas que sempre deveríamos ter sido. Acredita que todos devemos fazer uma revisão da vida, compreender melhor o passado, abandonar padrões antigos, definir prioridades, planejar novas metas e aproveitar os anos de maturidade.
“Sinto que nessa fase da vida estou me tornando quem eu deveria ter sido o tempo inteiro!”
Jane Fonda conclui que: “O nosso propósito de vida, é nos fazer nascer antes da morte”.
A fim de viver bem DEPOIS DOS 50 é necessário começar a investir em você. Você está feliz com sua vida atual? Conseguiu realizar seus sonhos? Está fazendo sua programação financeira para uma velhice confortável?
Se quiser pensar nisso com ajuda da autora deste artigo, a psicóloga Márcia Assumpção (CRP: 06/14.064) encaminhe um e-mail para: marciassumpcao.ma@gmail.com
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by Claudia Avanzi | 24 Jul 2018 | Coaching
Você já parou para pensar se você sabe o que quer para a sua vida? Este é um ótimo momento para começar a refletir sobre isso.
Leia este artigo até o final porque ele vai dar a você alguns insights poderosos que podem mudar completamente a sua vida, como mudou a minha.
AS DEFINIÇÕES SÃO INDISPENSÁVEIS
Quando não definimos o que queremos, geralmente desperdiçamos tempo e outros recursos pessoais muito preciosos, além de tremendo estresse e frustração.
Pela minha experiência, no entanto, são poucas as pessoas que assumem completamente a direção das suas vidas e mantêm a intenção e a determinação para viverem a vida que anseiam.
Da família à escola, amigos, ambiente de trabalho, todos nos dizem ou nos empurram na direção do que devemos sentir, pensar e falar, desde crianças.
Inicialmente, definimos tudo a partir do que os outros acham melhor para nós. Escolhemos amigos, companheiros, profissão, carreira, casar ou não casar, ter ou não ter filhos a partir de ideias que não são nossas.
Qual é o resultado disto?
O resultado disso é que a vida fica muito pesada e entediante. Até que chegamos a um ponto em que nos sentimos insuportavelmente cansados, sem motivação e com uma sensação cruel de vazio. Mas, o mais grave é que perdemos tempo, o recurso mais valioso e escasso que temos. O tempo não volta. Quando passa, está perdido para sempre.
Se você tiver sorte (será que é questão de sorte?), esta sensação de vazio vai trazer as perguntas que, no fundo, nunca se calaram: Que vida é esta que estou levando? O que realmente me importa? Quais são as histórias que me dariam orgulho e alegria de relembrar e contar?
Uma metáfora muito usada no coaching sobre a importância de se definir o rumo que se quer na vida é a passagem da ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS, de Lewis Carroll, quando Alice se vê diante de uma bifurcação no caminho e ela pergunta ao gato qual caminho deveria escolher. O gato responde: “Se você não sabe para onde quer ir, qualquer caminho serve…”.

E “qualquer caminho” nunca satisfaz, simplesmente porque não é o “nosso” caminho.
O que vale a pena viver?
Para mim, a vida só passou a valer a pena quando parei tudo para descobrir o que realmente queria. Nesta época, encontrei (ou fui encontrada) por um texto atribuído a Jorge Luiz Borges em que fazia uma lista do que gostaria de ter feito e terminava com um enorme arrependimento e uma clara e dolorosa percepção de que, aos 85 anos e doente, não poderia mais fazer nada daquilo.
Este texto me fez decidir que eu não chegaria aos 85 anos, ou fosse qual fosse a idade, com este arrependimento doído no peito e com a enorme sensação de desperdício da minha vida. Na verdade, naquela altura, mesmo jovem, já me sentia muito próxima da dor que ele descreveu.
Decidi, então, que faria o que fosse necessário para ter a vida que eu achasse valiosa e que enfrentaria todos os impedimentos. Decidi que olharia de frente para os medos e as crenças que me impediam de definir o que eu queria de fato e me impediam de sustentar as mudanças necessárias para alcançar tudo o que planejasse.
Isto doeu e exigiu determinação, preços bem módicos comparando-se ao que eu perdia de vida se não mantivesse as decisões que envolviam mudanças. E nem preciso comentar que deixei mesmo de ouvir as pessoas para, enfim, ouvir a mim mesma.
QUAL É A SAÍDA?
Rápido! Defina o que quer e comece a vibrar de paixão pela sua vida!
Dói? Com certeza! E esta dor é causada, principalmente, pela sua “zona de conforto” pesando nas tuas costas, tentando impedir você de mudar.
Conhecemos a frase “Conhece a ti mesmo” desde a antiguidade. Segundo Sócrates: Conhece a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses. Em vários monumentos históricos, esta frase foi gravada como um aviso potente para as gerações seguintes, inclusive no pátio do Templo de Apolo, em Delfos, Grécia.

Ruínas do Templo de Delfos
Conhecer a si mesmo é a pedra angular de todo caminho em que assumimos a responsabilidade do que somos e, consequentemente, do que fazemos, temos e atraímos para a nossa vida. Conhecer-se é uma fonte inesgotável de poder pessoal.
Então, para mudar você precisa se conhecer, de fato, de verdade, com toda certeza.
Os seus resultados serão diretamente proporcionais ao conhecimento que você conquiste sobre você mesmo.
Benefícios de saber o que quer para sua vida
Imagine-se sabendo exatamente o que quer, assumindo o controle de tudo o que lhe diz respeito e com conhecimento sobre você mesmo, a ponto de saber com rapidez e precisão quais são os seus talentos e habilidades e o que você precisa para conseguir o que quer.
Toda a sua intenção estará, então, voltada para o seu objetivo e a sua atenção fará com que aconteça no menor tempo e com os recursos suficientes e adequados para os melhores resultados, além de te dar uma imensa força e sensação de integridade.
Eu percebi que quanto mais eu me conhecia, mais me apropriava das minhas decisões, mais tinha força para sustentar os processos de mudança e mais realizada me sentia.
by Marcia Assumpção | 20 Jul 2018 | Coaching
Muita gente se pergunta: “Tudo que faço é trabalhar. Quando eu envelhecer e me aposentar, o que eu vou fazer?”
Você fará muitas coisas. Ficará surpreso e encantado com o que há dentro de você. Existem desejos antigos que, finalmente, podem vir à tona pois agora haverá tempo para eles.
Muitas pessoas nessa fase, com mais tempo livre e os filhos criados, resolvem se dedicar a coisas que não eram possíveis antes. Para alguns, um novo curso ou até mesmo uma faculdade. Para outros, uma nova profissão que sempre desejaram exercer. Há muitas pessoas que DEPOIS DOS 50 resolveram se reinventar e tiveram sucesso.
Estamos vivendo muito mais atualmente, com saúde, qualidade de vida e outra mentalidade. Ter 50 anos hoje em dia é muito diferente do que no século passado. A expectativa de vida atual é de pelo menos 75 anos. Além disso, o salário da aposentadoria provavelmente não será suficiente, ou seja, está na hora de se reinventar. Colocar para fora toda a criatividade junto com a experiência e a sabedoria que só a idade traz. Está na hora de criar coragem, perceber que esta é a sua chance para fazer o que você realmente gosta. Extravasar os desejos reprimidos por todos esses anos. Fazendo o que se gosta, as possibilidades de dar certo são bem grandes!
Talentosos DEPOIS DOS 50
Louise Hay tinha 50 anos quando escreveu seu primeiro livro “Você pode curar sua vida” (1976), primeiramente em formato de panfleto. Ele só foi publicado em 1984 quando ela estava com 58 anos. Nessa mesma época, na sala de sua casa, ela fundou a Hay House, uma editora de livros de autoajuda que atualmente é referência no assunto no mundo inteiro. Seu livro ficou em primeiro lugar da lista dos best sellers por muito tempo, tendo mais de 50 milhões de cópias vendidas em cerca de 30 idiomas. Ela é considerada uma das principais escritoras de autoajuda mundial.

Alexander Fleming descobriu o primeiro antibiótico aos 47 anos em 1928 e revolucionou a medicina no mundo inteiro. O cientista Charles Darwin escreveu com 50 anos, em 1859, o seu livro revolucionário: “A Origem das Espécies”, que introduziu o conceito de seleção natural.
Henry Ford, fundador da Ford, criou seu sucesso, o Ford Model T, em 1908, aos 45 anos. O fundador da Nissin Food Products, Momofuku Ando, criou o macarrão instantâneo Miojo Lamen aos 48 anos.
Mark Twain escreveu Huckleberry Finn aos 49 anos. O ator Morgan Freeman passou a ser reconhecido em sua carreira apenas aos 52 anos.
Lembra da Susan Boyle, a escocesa que se tornou conhecida no mundo inteiro após se apresentar no reality musical Britain’s Got Talent? Ela tinha 47 anos na época e a vida dela mudou.
Arnold Schwarzenegger, ator, só aos 56 anos foi eleito governador da Califórnia. Ronald Reagan, também ator, só foi eleito governador da Califórnia aos 55 anos e presidente dos Estados Unidos aos 70 anos.
O chamado Coronel Sanders fundou a KFC, rede de fast food Kentucky Fried Chicken, em 1952, com 62 anos.
Cindy Joseph que hoje, aos 66 anos, é uma modelo famosa e dona de sua própria marca, iniciou sua carreira aos 50 anos.
Aqui no Brasil
Abraham Kasinsky, que fundou a Cofap e a presidiu por 50 anos, fundou a Kasinsky Motos aos 82 anos. Temos também a inesquecível Cora Coralina, uma das mais importantes escritoras brasileiras que teve seu primeiro livro publicado aos quase 76 anos.

Ao envelhecer surge a busca por caminhos próprios
Carl Jung, psicólogo austríaco, definiu esta metade da vida como “o momento em que a pessoa se volta para o processo de busca de caminhos próprios e não dos que os outros ou as convenções sociais exigem”.
A auto expressão é algo que não deve parar. Cada um de nós é criativo e tem algo único para trazer ao mundo. Temos o tempo e a experiência do nosso lado. Aposentadoria é o momento para lidar com novos projetos e desbloquear sonhos antigos. Um tempo para revisitar o passado e explorar o desconhecido. É hora de projetar nosso futuro.
Para alguns, isso pode significar aposentar-se do mundo e do trabalho formal; para outros, pode ser enfrentar um ninho vazio quando as crianças crescem e saem de casa; para outros, ainda, isso pode rejuvenescer o espírito criativo.
Todos temos medo de envelhecer, mas precisamos perceber que pode haver prazer no processo de envelhecimento.
Nunca é tarde demais para conquistar os nossos sonhos! Envelhecer está fora de moda. Ainda temos muita coisa para fazer!!!
A fim de viver bem DEPOIS DOS 50 é necessário começar a investir em você. Você está feliz com sua vida atual? Conseguiu realizar seus sonhos? Está fazendo sua programação financeira para uma velhice confortável?
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by Marcia Assumpção | 13 Jul 2018 | Coaching
“Antes de partir” é o nome do livro da australiana Bronnie Ware. A tradução do título em inglês é “Os cinco maiores arrependimentos dos que estão morrendo: a vida revista na hora da partida”.
A autora, que narra a sua história ao tentar encontrar respostas para a própria vida, acabou sendo cuidadora de pacientes terminais. Seu livro nos ensina uma grande lição a partir do relato de seus pacientes que começaram a avaliar suas vidas no momento em que perceberam que estavam partindo.

Com a experiência, ela começou a perceber que 5 dos arrependimentos eram comuns entre todos eles:
- Gostaria de ter tido a coragem de viver a minha própria vida e não o que os outros esperavam de mim
Esse foi o mais comum dos arrependimentos e o que causava a maior frustração. Parecem entender que teria sido melhor para todos se tivessem tido coragem para honrar esse desejo e, com isso, teriam sido felizes.
Quando compreendem que suas vidas estão no fim e olham para trás, percebem quantos sonhos não foram realizados por causa das escolhas que fizeram.
Entendem nessa hora que fazemos mais para evitar a dor do que para obter prazer e que só quando a dor se torna demasiada é que finalmente encontramos coragem para tentar a mudança.
- Gostaria de não ter trabalhado tanto
Este foi um dos arrependimentos comuns aos pacientes homens. Todos eles se lamentaram profundamente de passar a maior parte de suas vidas trabalhando. Assim, perderam a oportunidade de poder desfrutar do convívio com as pessoas mais importantes de suas vidas. O mais triste foi que o amor não foi vivido por falta de tempo!
Alguns se lamentaram por terem desperdiçado a vida em um emprego medíocre e sem propósito. Encontrar um objetivo na vida é a mais importante de todas as coisas, pois contribui para o bem de todos e não apenas para ganhar dinheiro.
Bronnie enfatiza a importância do propósito e intenção na vida. Não é necessário que um trabalho seja grandioso: alguns são capazes de ajudar milhares e outros podem ajudar apenas uma ou duas pessoas. Todos temos um propósito que, se assumido, colabora com os outros e nos enriquece. Assim, o trabalho deixa de ser apenas um trabalho e passa a ser uma extensão satisfatória de nós mesmos.
- Gostaria de ter tido a coragem de expressar meus sentimentos
Muitas pessoas reprimiram seus sentimentos para evitar a discórdia com os outros. Muitas coisas reprimidas por orgulho ou medo. Como resultado, eles aceitaram uma existência medíocre e nunca se tornaram quem eram realmente capazes de se tornar. Muitos desenvolveram doenças em consequência da amargura e ressentimento que eles sentiam.
Antes de morrer, alguns compreenderam que o auto perdão é um estado mais sadio do que o remorso.
Devemos aprender a expressar nossos sentimentos agora e não quando for tarde demais. Dizer às pessoas que são importantes para nós que as amamos. Se elas não conseguem aceitar a nossa honestidade ou não reagem como gostaríamos, isso não importa. O que importa é que revelamos nossos sentimentos. O que elas vão fazer com isso é problema delas. Os agonizantes precisam saber que tudo foi dito! As pessoas não se dão conta de como isso é importante até que elas próprias estejam morrendo ou vivendo com a culpa depois que alguém morreu. É indispensável ter a coragem de ser honesto nos relacionamentos!

- Gostaria de ter mantido contato com meus amigos
A solidão deixa um vazio no coração. Ela não é a falta de pessoas, mas a ausência de compreensão e de amor. Podemos sentir solidão no meio de uma multidão. Não ter por perto alguém que o entenda e aceite como você é, pode ser desesperador. A solidão é o anseio pela companhia de alguém que te compreenda, te ouça e esteja inteiramente presente para você.
Os pacientes não tinham se dado conta verdadeiramente da importância dos amigos até esse momento final. Eles ficaram tão envolvidos em suas próprias vidas que se afastaram das amizades ao longo dos anos e depois não conseguiram mais encontrá-los.
Eles sentiram arrependimentos profundos por não ter dado às amizades o tempo e o investimento que elas mereciam. Os amigos são necessários em qualquer fase da vida, mas no envelhecimento e à beira da morte são essenciais.
- Gostaria de ter sido mais feliz
Dentre os arrependimentos, esse é surpreendentemente comum. Muitos, assim como nós também, não tinham percebido até então que a felicidade é uma escolha. Sim, pois podemos optar pela felicidade se tomarmos essa decisão! Em geral ficamos presos a velhos padrões e hábitos. Preferimos o conforto daquilo que é mais familiar ao invés do desconforto da mudança. O medo fez com que eles fingissem para si e para os outros que estavam felizes quando, na verdade, queriam rir e aproveitar as coisas boas da vida.
Demoraram para compreender que a felicidade é agora!
OS CUIDADOS COM VOCÊ MESMO SÃO FUNDAMENTAIS PARA UMA VIDA AUTÊNTICA
Atualmente, o termo “amor-próprio” aparece bastante pois é fundamental para uma vida saudável. Sem aprender a cuidar de nós mesmos, nunca poderemos dar o melhor para os outros. É exatamente o que a aeromoça nos diz no avião antes da decolagem: quando as máscaras de oxigênio caírem, coloque primeiro em você para depois ajudar os outros. Se algo te acontecer, será impossível ajudar alguém!
O amor próprio significa cuidar de nós mesmos também. Quando somos corajosos o suficiente para honrar nossas próprias necessidades, então estamos melhor equipados para colaborar com os outros.
Devemos respeitar nosso coração, cuidar delicadamente de nossas próprias necessidades para, então, podermos colaborar com nossos companheiros ou filhos ou netos ou quem quer que seja. Dessa forma será uma experiência saudável, equilibrada e alegre, em vez de sacrificada, o que geralmente leva ao esgotamento, ao ressentimento ou aos arrependimentos.

Segundo a autora, “A morte nos amedronta, mas dizem que o antídoto para ela é viver intensamente todos os dias, tendo a coragem de experienciar uma vida honesta com nós mesmos.”
Bronnie Ware nos traz reflexões importantes sobre a vida ao relatar os processos de morte de seus pacientes. Fala da coragem que nos é necessária se queremos viver nossas vidas com plenitude e honestidade. Mostra que o importante não é o que possuímos, mas a qualidade com que vivemos. Enfatiza que precisamos nos responsabilizar pelo que nos acontece e pelo que queremos: a vida não nos deve nada, nós é que devemos a nós mesmos.
Ela nos mostra a importância da gratidão para reconhecermos o que temos na vida e podermos ser felizes.
E o mais importante talvez, ao falar da morte, ela mostra que vivemos como se a vida nunca fosse acabar, como se nosso tempo fosse inesgotável. Grande erro. Pense nisso!
Texto baseado no livro “ANTES DE PARTIR” de Bronnie Ware.
A fim de viver bem DEPOIS DOS 50 é necessário começar a investir em você. Você está feliz com sua vida atual? Conseguiu realizar seus sonhos? Está fazendo sua programação financeira para uma velhice confortável?
Se quiser pensar nisso com ajuda da autora deste artigo, a psicóloga Márcia Assumpção (CRP: 06/14.064) encaminhe um e-mail para: marciassumpcao.ma@gmail.com
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