by Renato Avanzi | 28 Out 2019 | Oratória
Uma boa apresentação pessoal pode garantir uma excelente oportunidade de emprego, a atração de um investidor para o seu novo negócio, a promoção tão esperada dentro da empresa ou até mesmo a conquista do grande amor da sua vida.
Tudo conta: como você fala, sua postura e imagem profissional, como você age.
Seja qual for o seu caso neste momento, vale a pena ler este artigo até o final para saber como se apresentar pessoalmente em todas as situações e conquistar seus objetivos.
Apresentação pessoal para emprego
Apareceu uma oportunidade fantástica para você. Este é o emprego dos seus sonhos. A vaga é tão boa que você está disputando com um exército de candidatos e parece que eles estão dispostos a lutar até o fim para conquistar o seu lugar. Você tem que ir para uma entrevista de emprego.
Não se desespere. Controle sua ansiedade e se prepare para ser diferente dos demais concorrentes. Concorrência nunca foi algo ruim. Ao contrário, é ótima porque faz com que você queira se superar o tempo inteiro e ser melhor do que os outros naquilo que você faz.
É exatamente o que acontece com o comércio em geral. Veja o exemplo da Rua 25 de Março, em São Paulo. Dezenas de lojas lado a lado que vendem as mesmas coisas importadas da China. Exatamente por isso atraem milhares de clientes que fazem sua escolha pelos diferenciais que cada uma é capaz de oferecer.
Seja STAR na sua entrevista

Uma boa forma de você se preparar para uma apresentação pessoal na entrevista de emprego é utilizar o conceito STAR: Situação, Tarefa, Ação e Resultado.
Com essa estrutura você produz um storytelling capaz de atender as necessidades do recrutador na hora da entrevista.
Ela funciona da seguinte forma:
- Situação – comece relatando um problema que você teve que enfrentar, mostrando qual a grande dificuldade para a empresa e os prejuízos que estavam ocasionando
- Tarefa – explique a responsabilidade que coube a você na solução desse problema, evidenciando suas características favoráveis para lidar com a situação. Por exemplo: calma, visão sistêmica, visão analítica, conhecimento técnico etc.
- Ação – mostre a atividade que você desempenhou junto à equipe de trabalho e descreva como colocou a mão na massa para superar os obstáculos
- Resultados – destaque os ganhos efetivos ou as despesas poupadas, de tal forma que o entrevistador enxergue que a sua contribuição para a empresa foi efetiva em termos financeiros e administrativos.
Apresentação pessoal para investidores
Você tem uma ideia genial na cabeça e pode iniciar um negócio extremamente rentável com ela, mas precisa de dinheiro para dar o pontapé inicial para a criação da sua empresa.
Mas você não tem capital próprio. Precisa convencer algum investidor-anjo a bancar o seu sonho e, claro, lucrar com isso ao seu
lado.
Não é uma tarefa muito fácil, especialmente nos dias de hoje em que o dinheiro está escasso no mercado e os empreendedores como você brotam em todas as esquinas.
De novo, não é motivo para se desesperar, muito menos perder as esperanças. O que você precisa é de uma boa apresentação pessoal, que destaque o seu negócio dos demais oferecidos pela concorrência.
Seja convincente na sua proposta

Nesta situação o que é mais fácil para estruturar sua proposição é seguir a estrutura NEADI: Nome, Empresa, Atividade, Diferenciais e Impacto.
A lógica é a seguinte:
- Nome – diga o seu nome completo, com voz firme para demonstrar orgulho pela sua linhagem familiar, e complemente com a sua formação/expertise
- Empresa – na sequência introduza o nome da sua empresa e do produto ou serviço
que está desenvolvendo. As pessoas associam mais facilmente as descrições a um nome. Segundo a psicologia, o ser humano precisa nomear as coisas para poder entendê-las e se relacionar com elas
- Atividade – resuma qual a atividade que a sua empresa irá desenvolver ou a finalidade do seu produto ou serviço. Relacione quais os problemas que serão resolvidos por ele ou as oportunidades que serão aproveitadas
- Diferenciais – Neste momento, destaque algo inovador, diferente do que já está disponível no mercado e que pode conquistar uma boa fatia do público interessado em comprá-lo
- Impacto – Finalize com uma frase de impacto, algo que pode ser considerado um slogan para o negócio e que fique por mais tempo na memória do investidor. O fechamento deve conter um “call to action” para levar mais facilmente para uma decisão prática. Exemplo: “O melhor plano de saúde é viver; o segundo melhor é contratar o nosso!” / “O que nós oferecemos é uma vida sem fronteiras para as pessoas e para o seu investimento” / “O primeiro sutiã a gente nunca esquece! E o nosso primeiro professor de bolso também não. Seja inesquecível”
Apresentação pessoal para recrutamento interno
Você já está em uma boa empresa, mas a sua função atual já não satisfaz como antes. Você tem objetivos maiores, quer alçar voos mais altos na sua carreira e o que você está fazendo já não traz motivação.
Está na hora de lutar internamente por uma nova oportunidade para assumir uma vaga em outra área, desenvolvendo atividades mais gratificantes e desafiadoras.
Para isso, você precisa conquistar, tanto o seu gestor atual, quanto o líder da outra área para a qual você quer se mudar.
As expectativas de cada um são um pouco diferentes, mas a lógica da sua apresentação pessoal deve ser muito semelhante.
Seja assertivo na sua pretensão

É ótimo querer crescer na empresa, mas sempre fica um rastro de curiosidade dos gestores para saber o que te deixou descontente com sua função anterior.
Para impactar positivamente seus interlocutores, utilize a técnica FAFOS: Formação, Atividade, Futuro, Objeções e Sucessor.
- Formação – relembre a sua formação técnica e os esforços que você tem feito para desenvolver novas habilidades relacionadas com a área que você pretende assumir. Destaque novos cursos feitos, literatura percorrida, contatos mantidos
- Atividade – mostre as funções desempenhadas por você até o momento, com quais resultados observáveis e mensuráveis. Sem ser arrogante, destaque com naturalidade os “savings” que você proporcionou à empresa e os benefícios para a equipe da área onde você está
- Futuro – demonstre o que pode trazer de diferenciais competitivos para a empresa ocupando a nova função e, de preferência, aponte algumas possibilidades de soluções ou melhorias que você já identificou, antes mesmo de começar na nova função. Isso mostrará a sua conexão com a atividade e a área
- Objeções – relacione todas as objeções que os dois gestores podem apresentar e ensaie respostas que consigam desarmar as perguntas mais difíceis. Exemplos: “os prazos das suas atividades atuais ficarão comprometidos”; “os clientes atendidos por você se sentirão órfãos com a sua saída”; “suas férias programadas vão comprometer suas atividades na nova área”. O que você responderia para desarmar estas armadilhas?
- Sucessor – apresente quem foi preparado por você para ocupar o lugar que você está deixando vago e comprove com dados e fatos que essa pessoa dará conta do recado e assumirá suas antigas funções sem qualquer prejuízo para o gestor ou para a empresa.
Apresentação pessoal para conquistar parceiros
Agora a coisa ficou um pouco mais difícil, porque não bastam seus conhecimentos técnicos, nem a sua formação acadêmica.
No caso das relações amorosas entra a lei da atração física e afetiva. Há um pedaço dessas situações que nenhum manual pode dar conta de explicar.
Mas ainda assim, vale a pena cuidar de uma boa apresentação pessoal para que a primeira impressão seja marcante e possa conquistar um grande amor que, como diria o poeta Vinícius de Moraes, “seja infinito enquanto dure”.
Seja envolvente na sua conquista

Não existe uma fórmula infalível para conquistar a sua cara metade. Mas alguns cuidados podem ajudar muito.
Nestes casos, uma boa orientação que eu posso te dar é seguir a lógica CAÍDA: Contato, Abordagem, Interesse, Diferenciais e Agendamento.
- Contato – estabeleça inicialmente um bom contato visual, de forma inclusiva e não intimidadora. Olhe com afeição, percebendo se o olhar é correspondido. Como se diz, os olhos são o espelho da alma e mostram tudo o que nós sentimos
- Abordagem – aproxime-se de forma elegante, respeitosa, sem dizer gracinhas de mau gosto ou fazer piadinhas de caráter meramente sexual. Observe a situação e os comportamentos para elaborar uma aproximação inteligente
- Interesse – demonstre que está interessad@ na pessoa e na vida dela. Faça perguntas (sem ser muito invasiv@) e pratique a audição ativa, ou seja, realmente ouça o que a pessoa vai te dizer, interagindo e não apenas dissecando o corpo do outro sem prestar atenção. Nesta hora, esqueça que você possui um celular e que está conectado ao Whatsapp
- Diferenciais – de forma natural, exponha seus diferenciais, gostos, hobbies, atividade profissional, interesses pessoais. Não exagere, mas é sempre bom mostrar um lado positivo e humano, algo que possa impressionar por uma atividade marcante como trabalhos voluntários, dedicação à família, obstinação para conquistar seus objetivos pessoais e profissionais
- Agendamento – após algum tempo de conversa, introduza suavemente um call to action: pergunte quando podem se encontrar novamente para aprofundar a conversa e o relacionamento. Pode ser no mesmo dia, no day after, no final de semana. Pouco importa. O que você não pode deixar acontecer é uma despedida pura e simples, sem pelo menos uma troca de telefones.
Pode ser que a sua apresentação tenha que ser feita inicialmente por meio de uma carta ou e-mail. Neste caso, recomendo que você leia o artigo: “como fazer uma carta de apresentação profissional”.
E se a sua necessidade for outra, escreva para mim e eu produzirei um material complementar para te ajudar.
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by Renato Avanzi | 16 Mai 2019 | Oratória
É muito chato assistir uma palestra na qual o apresentador não sai do lado do computador para apertar uma tecla e mudar o slide projetado.
E é mais irritante ainda quando o apresentador leva um ajudante e a toda hora fica pedindo: “o próximo slide por favor”.
Essa maneira de se apresentar rouba a naturalidade e torna a exposição menos fluida. Parece que ela vai andando aos trancos e barrancos, como se a fala estivesse prejudicada por um soluço sem fim.
A liberdade de um “presenter”
Utilizar um presenter nas apresentações garante a liberdade do apresentador se movimentar pelo palco ou pela sala da maneira que quiser, sem ficar prisioneiro do teclado ou escravizado por um ajudante.
Presenter é aquele aparelhinho que tem como função principal passar para o próximo slide da apresentação que foi preparada.
Não existe uma tradução para o português que seja comum a todas as pessoas. Uns chamam de “apresentador”, alguns de “mouse remoto”, entre outros apelidos. Mas o mais convencional é chamar essa engenhoca de “presenter”.
A tecnologia está a seu favor
É interessante como o ser humano, mesmo de uma novíssima geração, sente-se ameaçado diante de tudo o que é desconhecido. E isso não é diferente com o uso do presenter.
Eu leciono na pós-graduação e no MBA da ESPM desde 1991 e em todos esses anos a maioria absoluta dos meus alunos se recusa a utilizar o meu presenter na hora de apresentarem seus trabalhos de conclusão do curso.
A justificativa que mais ouço é que eles vão se atrapalhar enquanto falam. Para fugir disso, apelam para a divisão de tarefas no grupo: alguns falam e um ajudante fica no computador para mudar para a próxima tela.
Mesmo assim, isso sempre provoca problemas na sincronização da fala com o projetado.
A tecnologia ajuda quando você aprende a utilizar todos os seus recursos.
Um presenter pode ser tão simples quanto um interruptor de luz ou tão completo quanto um aparelho celular.
Há pessoas que usam o celular apenas para ligar ou receber chamadas. Outras utilizam como um super computador de bolso. Depende da sua afinidade com a tecnologia embarcada nele. E o presenter é a mesma coisa.
Um presenter de última geração

Existem muitos modelos disponíveis no mercado. Você pode escolher aquele que melhor se adapta às suas necessidades.
A minha recomendação é que, independente do seu uso, compre o seu próprio presenter e aprenda a usar da melhor forma, com todos os seus recursos.
Caso você seja um palestrante profissional, professor de carreira ou faça apresentações regularmente, eu sugiro um equipamento que dê à sua exposição uma característica inovadora e surpreendente.
Foi lançado recentemente no mercado brasileiro o Spotlight, da Logitech. Sem dúvida o mais moderno que você pode encontrar.
Não é o mais barato do mercado, mas é o mais completo disponível. Por isso eu recomendo para os que vivem de apresentações. Para quem se apresenta esporadicamente, sugiro modelos mais simples.
Eu utilizo o modelo Spotlight e fiquei impressionado com todos os recursos que ele oferece.
O que tem de bom no Spotlight
Em primeiro lugar, o design é bastante arrojado e confortável na mão. Lembra muito o controle remoto do Apple TV.
Possui apenas três botões e com eles é possível acionar todos os recursos, que não são poucos.
É óbvio que o tradicional “vai para a frente” e “volta para trás” está presente entre as funções, mas ele vai muito além disso.
Veja algumas possibilidades que você tem na sua mão, sem precisar acionar o teclado do computador:
- Retrocesso super rápido para qualquer slide da apresentação
- Controle do mouse para acessar os links projetados na tela
- Movimentação da barra de rolagem quando você estiver projetando um documento ou planilha
- Aumento ou redução do volume dos vídeos e áudios com um leve movimento dos braços para cima ou para baixo
- Carregamento rápido por cabo USB. Um minuto garante três horas de uso. Uma hora assegura três meses.
Controle total do tempo
Já publiquei aqui no blog alguns artigos sobre controle do tempo nas apresentações e divulguei vídeos no nosso canal do Youtube falando sobre isso.
Pois ao iniciar sua apresentação com o presenter Spotlight, automaticamente ele dispara na tela do computador um cronômetro com contagem regressiva do tempo que foi programado.

Com uma olhada disfarçada para a telinha você saberá quanto tempo falta para o final da sua apresentação.
Além disso, você pode programar para ser avisado sobre os minutos restantes: quando chegar esse tempo, o Spotlight treme suavemente na sua mão.
Ampla compatibilidade
Outra coisa legal do Spotlight é que ele é compatível com os sistemas Windows e Mac e opera bem com os programas de apresentação mais conhecidos, como Power Point, Keynote, Prezi, PDF e Google Slide.
Ele funciona com a conexão de um receptor USB no seu computador ou por Bluetooth, que permite também o acesso aos arquivos do seu tablete ou celular.

Até 30 metros de distância do equipamento utilizado para projetar, o Spotlight cumpre muito bem suas funções.
Isso dá bastante mobilidade ao apresentador com uma vantagem adicional: você não precisa apontar o presenter para nenhum lado.
O público fica muito impressionado quando você mantém seu braço ao longo do corpo, talvez de costas para a projeção, e mesmo assim consegue modificar o que acontece na tela.
Os destaques impressionam
Uma das funções indispensáveis de qualquer presenter é oferecer ao apresentador o laser point para identificar na tela o dado mais importante.
Em geral, esse recurso joga uma luz verde ou vermelha na tela de tecido ou na parede para direcionar o olhar do público para o ponto desejado.
Acontece que se a projeção for feita em um monitor de TV, o laser não pode ser visto na tela digital e perde sua função.
No Spotlight o processo é diferente e mais diversificado. Você pode escolher se quer exibir apenas um ponto na tela imitando um laser point.
Mas se você projetou uma foto e quer destacar uma cena específica dentro dela, você pode ampliar apenas o pedaço desejado.
Ou ainda, se a projeção é de uma planilha repleta de números, com dois simples toques na tecla você pode transformar o pointer em um destaque especial, onde apenas o número desejado fica iluminado e o restante da tela escurecido.
Além disso, você também pode suspender a projeção nos momentos em que você quer falar e não distrair a atenção das pessoas com imagens ou textos.
Uma capa muito especial

O Spotlight é vendido em uma caixa de papelão, acompanhada de uma capinha simples para acondicionar o presenter.
Mas se você é do tipo profissional bem organizado e perfeccionista, como eu, é possível encontrar à venda no mercado uma capa realmente digna da modernidade do equipamento.
Dentro dela você pode acomodar juntos o presenter e o cabo carregador, que ficam presos e protegidos contra quedas e umidade. Bem mais profissional do que a capinha que acompanha o produto.

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No link abaixo você pode comprar o presenter Logitech Spotlight.
by Renato Avanzi | 16 Mar 2019 | Comunicação e Marketing
A comunicação com os funcionários deve acontecer por uma razão muito simples: para que a empresa exista.
Uma pessoa jurídica é formada por um conjunto de pessoas físicas que se relacionam por meio da comunicação.
Como o perfil do público interno é bastante variado em qualquer tipo de empresa, é necessário utilizar o maior número possível de meios de comunicação para atingir a todos da melhor forma possível.

Alcance da comunicação digital
Os meios digitais, mesmo em uma indústria, são indispensáveis porque também podem chegar aos operários quando estão fora do ambiente da produção.
No refeitório, no vestiário ou na área de descanso, uma TV corporativa gera forte atratividade para prender a atenção dos funcionários, especialmente para os conhecimentos que precisam ser incorporados e praticados.
Fora da empresa, no ônibus fretado, no transporte público ou em casa, o whatsapp corporativo no celular (ou aplicativos semelhantes) pode ser uma boa alternativa para as comunicações estratégicas e inadiáveis.
Já as mídias sociais fechadas no ambiente corporativo representam uma forma de chegar ao público inclusive em seus momentos de lazer, porque podem ser acessadas de qualquer equipamento e lugar.
Elas geram interação entre os colaboradores sobre os temas de maior relevância para a comunidade da empresa.
Como obter melhores resultados
A grande questão não é a quantidade de veículos de comunicação, nem a diversidade de meios (impressos, eletrônicos, digitais), mas os conteúdos produzidos para cada um.
A atratividade das mensagens é o mais fundamental, para garantir que haja audiência e engajamento no conteúdo.
De acordo com um estudo do Youtube, os brasileiros passam mais de 15 horas por semana diante de alguma telinha assistindo vídeos. E este número tem crescido, em média, 30% ao ano.
Portanto, nada melhor do que produzir pequenos vídeos para se comunicar com os colaboradores, com a preocupação de utilizar uma linguagem próxima dos vídeos campeões de audiência no Youtube, por exemplo.
O poder da emoção na comunicação empresarial
Outro fator que pode ajudar muito é valorizar o aspecto emocional de cada notícia, criando analogias com fatos da vida cotidiana, especialmente em família.
Por exemplo: para falar sobre segurança no trabalho, o ideal é mostrar a importância da segurança dentro de casa, com os filhos, para evitar acidentes domésticos.
Isto impacta mais os funcionários do que apenas dizer que os Equipamentos de Proteção Individual – EPIs estão disponíveis.
O que fazer com o pernil de Natal
Por fim, uma recomendação também muito importante: pense na comunicação da empresa como um pernil de Natal.
Essa delícia natalina é preparada para a ceia do dia 24 e depois vai se transformando nos dias seguintes em recheiode sanduíche, complemento da farofa, upgrade da maionese, …

Ou seja: o mesmo assunto deve ser utilizado em todos os meios de comunicação digitais, mas adaptando o conteúdo às características de cada veículo.
Divulgue o mesmo tema em todos os locais possíveis para alcançar a maioria dos funcionários, sem provocar ressaca por uma overdose de informações.
Rento Avanzi conduz o curso Comunicação Digital com Colaboradores na ESPM. Veja as informações completas sobre o curso e inscreva-se.
Obs: Este mesmo artigo também foi publicado no blog da Progic – EndomarketingTV
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by Renato Avanzi | 17 Fev 2019 | Oratória
Muita gente tem medo de falar em público. Isso é mais comum do que se pensa.
Todas as vezes que essas pessoas precisam se expor diante de uma plateia começa o drama: frio na barriga, mãos molhadas e geladas, coluna doendo, tremedeira, suadouro, …
Haja coração para aguentar. E precisa ser um coração de aço, sem sentimento ou emoções.
Produzi o vídeo “Como perder o medo de falar em público” onde mostro que ter medo faz parte da vida e nos salva de muitas situações. Sem qualquer tipo de medo nós nos arriscaríamos sem necessidade.
Agora você deve estar se perguntando: se o medo é bom, porque eu me sinto tão mal? A resposta é que o problema está no medo incontrolável e paralisante.
O ideal é aprender a controlar o medo para que ele seja um aliado de diversas maneiras:
1. Não nos deixando correr riscos desnecessários;
2. Gerando energia para lutar contra a ameaça;
3. Criando uma força interior para provar a nós mesmos que somos capazes de enfrentar tudo na vida.
Vários tipos de medos
Uma seguidora do nosso canal do Youtube, a Taeh Utted, disse que vive um medo limitante quando precisa apresentar trabalhos na escola, embora ela seja bastante desinibida para falar em casa com os familiares.
Um dos principais incômodos dela é que os colegas começam a rir e fazer piadas com a dificuldade dela realizar a leitura, gaguejando e tendo “brancos” por nervosismo.
Perceba que algumas vezes o nosso medo não é generalizado. Ele pode se manifestar somente diante de pessoas desconhecidas. Alguns se incomodam mais com público conhecido, como o chefe e colegas de trabalho. Outros se preocupam com qualquer tipo de audiência.
Nestes casos é preciso agir com determinação, empenho e paciência, para vencer um sentimento que priva você de obter melhores resultados na vida pessoal, escolar e profissional.
A boa notícia é que tem jeito para tudo na vida e para o medo também. Mas não há fórmulas milagrosas. É preciso esforço pessoal e disciplina, da mesma forma que precisamos disso para fazer regime, exercícios físicos ou eliminar algum vício.
Minha experiência pessoal com o medo
Eu entendo perfeitamente o que a Taeh Utted sente porque eu também já fui muito tímido e sobrevivia diariamente a todas essas “fortes emoções”.

Na minha escola havia chamada oral todos os dias e éramos intimados a ficar na frente da sala para responder às perguntas da professora. Eu via tudo preto diante dos meus olhos e meus ouvidos ficavam trancados para qualquer som, exceto as gozações dos amigos.
Eu venci essa situação e, por isso, afirmo que qualquer um também pode. Comigo eu utilizei diversas técnicas, até descobrir aquelas que mais me ajudavam.
Sugiro o mesmo para você: vou dar a seguir algumas alternativas e você testa entre elas as que mais vão te ajudam a superar o seu medo. Repito: com paciência e dedicação, porque não existem milagres para resolver emoções limitantes.
Uma parede entre você e o medo
Minha primeira sugestão é praticar o que no teatro se chama de “4a parede”. Sempre que for falar, veja o público como uma parede colorida e não como um conjunto de pessoas.
Tenho certeza que você não fica nervosa para falar com uma parede: então, na sua casa ou no seu quarto, escolha uma e leia para ela. Interprete um texto olhando fixo para o nada.
É uma maneira de se acostumar a ver uma parede na sua frente e não várias pessoas que são sempre muito ameaçadoras.
Brinque com o medo

Outra coisa que você deve fazer é se expor sempre que possível. E de preferência em situações lúdicas, como brincadeira. Já falei sobre isso em outros artigos e vídeos.
Comece promovendo um karaokê na sua própria casa (no Youtube você encontra vários), entre os seus familiares com quem, provavelmente, você se sente mais à vontade.
Depois, convide alguns amigos para cantarem (ou tentarem cantar) junto com você.
Tempos depois de já ter praticado em situações protegidas, vá a algum bar que tenha karaokê e cante na frente de desconhecidos que também estão ali apenas para se divertir.
Isso vai te ajudar a ficar diante de qualquer um, sem ligar para o que os outros estão pensando. Quanto à risada do público, pense que eles podem estar rindo de qualquer coisa, não exatamente de você.
O público sempre terá reações, mas elas não dizem respeito exclusivamente ao apresentador. Pode ser até uma piada que algum colega contou baixinho.
Esqueça o que dizem ou fazem, porque você e ninguém jamais conseguirão uma unanimidade de comportamento da plateia.
O medo das reações do público
Quando o seu maior problema é com as reações do público, quer sejam alunos que riem e caçoam ou uma audiência difícil e dispersa, eu sugiro que você converse com eles sendo muito honesta.
No caso de alunos ou colegas de trabalho, em uma situação informal, pergunte se eles têm alguma dificuldade na vida.
Todos temos alguma dificuldade. Pode ser na prática do esporte, por não ser um bom jogador e ser esquecido na hora de montarem o time; pode ser para dançar com alguém que se gosta mas não tem coragem de convidar.
Pode ser, ainda, dificuldade para iniciar um namoro; ou participar de uma entrevista de emprego; ou conseguir conversar abertamente com os pais.
Ao fazer essa pergunta, quem estiver conversando com você sempre irá se encaixar em alguns desses problemas ou quaisquer outros que você consiga pensar na hora.
Quando eles te responderem sobre as dificuldades deles, pergunte o que eles gostariam que as pessoas em volta fizessem: dessem apoio ou começassem a rir?
A resposta será “apoio”. Dito isto, solicite a eles que não riam enquanto você se apresenta porque isso só tem piorado a sua dificuldade e se eles simplesmente não fizerem nada já estarão ajudando muito.
Com isso aumenta a probabilidade de você resolver seus medos com as pessoas que estão mais próximas e com as quais você pode conversar informalmente.
Pare de se importar com os outros

Mas e quando o público não é conhecido? O que eu posso fazer?
Nestas situações você terá que fazer um trabalho essencialmente interno. Ou seja: com você mesmo.
Aos poucos, pare de se importar com o que as pessoas pensam a seu respeito e sobre o que você faz.
Não é possível agradar a todo mundo, da mesma forma que você não gosta de todos os apresentadores, professores ou gestores que fazem apresentações para você.
Eu gravei um vídeo exatamente com o título “como parar de se importar com o que as pessoas pensam” que traz várias dicas para você colocar em prática e viver mais em função do que você quer, do que preso ao que os outros desejam.
Procure ajuda de profissionais
Existem algumas situações mais sérias que misturam ansiedade e medos realmente incontroláveis que provocam até depressão.
Caso a sua dificuldade seja desse grau, se torne insuportável e pareça incontornável para você, marque uma sessão gratuita com a psicóloga (CRP: 06/14.064) e coach da Widoox, Márcia Assumpção. Ela é especializada no tratamento dessas situações (ansiedade, medo e timidez) para pessoas de todas as idades.
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by Renato Avanzi | 2 Fev 2019 | Oratória
Caso você tenha dificuldades para controlar o tempo quando se apresenta em público, este artigo vai te ajudar muito, fornecendo oito segredinhos para você se dar bem com o relógio nessas situações.
O tempo pode ser amigo ou inimigo

“Tempo! Ah, o tempo! Saboroso néctar que se bebe em goles”.
Esta é a frase inicial de um poema que escrevi para o show “Tempo”, uma coletânea de músicas capazes de contar a história de uma vida.
Nós temos com o tempo uma relação diária, inseparável. Algumas vezes amigável, outras de profundo ódio.
O tempo é amigo de quem sabe administrá-lo bem e consegue aproveitá-lo para fazer tudo, ou quase tudo o que consta da sua lista de atividades.
Ao contrário, ele é inimigo de quem corre atrás dele, deixando que ele escape entre os dedos sem conseguir aproveitá-lo para realizar as tarefas que são necessárias.
A oratória e o tempo
Nas apresentações em público vale também a mesma relação com o tempo.
Quando você se prepara adequadamente e pratica a sua apresentação, ela transcorre no tempo certo que você tem para falar.
Mas se você não se preparou como devia, o relógio passa a ser o seu carrasco e maltrata você, ora correndo mais do que o normal, ora andando lentamente como se os minutos fossem infinitos.
Administrar o tempo durante uma apresentação em público é uma das principais dificuldades que meus alunos e coachees trazem, depois é claro do medo de se expor diante das pessoas.
A relação do público com o tempo

O orador tem uma relação com o tempo completamente diferente do público.
Quando ele domina o assunto, o tempo passa rápido. Caso contrário, tem a sensação de que o dia ganhou mais 4 horas.
Para as pessoas que estão ouvindo sentadas, as horas são feitas de 120 minutos cada uma.
Não importa quanto tempo vai durar sua apresentação: o importante é que o público tenha esta informação e receba exatamente o que foi combinado. Nem muito mais, nem muito menos.
Todos nós temos um relógio interno que nos avisa quando o tempo combinado já está quase acabando.
Em palestras que duram 30 minutos, pode reparar: ao final de 25 minutos a plateia começa a olhar no relógio, porque algo no seu metabolismo alerta para o final do prazo.
Menos tempo nem sempre é mais
Dito isto, pode parecer que quanto menos você usar do seu tempo, melhor.
Isto não é verdade. Pense nestes exemplos:
- Você paga sua inscrição para participar de um congresso, empolgada com a possibilidade de ouvir um palestrante famoso, das 09h às 11h. Ele sobe ao palco e fala por apenas 15 minutos. O que você pensaria dele e do evento?
- Você comprou ingressos para o show do seu cantor preferido. Começa o espetáculo que você espera que dure de 1h30 a 2h00, mas ele só canta por 45 minutos. Você aplaudiria ou pediria o seu dinheiro de volta?
- Você se matriculou em um curso de especialização de 8 semanas, mas o orientador decidiu que no terceiro dia já havia compartilhado todo o conteúdo e, portanto, deu por encerradas as aulas. Você ficaria satisfeita ou desapontada?
Foi exatamente isso o que aconteceu com o discurso do presidente Jair Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial de Davos, em 22 de janeiro de 2019, na Suíça.
Tendo por plateia a comunidade econômica internacional, a imprensa mundial e a população brasileira, todos esperavam um discurso com duração de 45 minutos. No entanto, Bolsonaro falou por cerca de 6 minutos.
Ainda que o conteúdo do discurso dele fosse empolgante e consistente, geraria descontentamento pela diferença entre o previsto e o realizado.
No lado oposto, o falecido Fidel Castro, ex-presidente de Cuba, convocou a população de Havana para ouvir seu “rápido” discurso que durou agradáveis 7 horas e 10 minutos. Alguém aguenta isso?
Como administrar o tempo da sua oratória

Seguem algumas alternativas que vão te ajudar a controlar bem o tempo.
Utilize uma delas ou algumas, de acordo com as possibilidades do local da sua apresentação e o que for mais conveniente para você.
- Minha primeira recomendação é elaborar um planejamento de tudo o que você precisa falar e simular a apresentação cronometrando. Veja antes o tempo que será necessário e acrescente ou corte algumas partes.
- Com o roteiro elaborado, treine várias vezes. Repita sua apresentação até que ela esteja bem alinhada com o seu tempo para expor. De preferência, grave em vídeo ou áudio e veja se tudo está adequado.
- Leve um relógio de pulso e, de vez em quando, olhe para ele disfarçadamente. Por exemplo: ao apontar para algum lugar, ou manipular um canetão no flip chart, ou ainda clicando um enter no computador.
- Utilize um presenter com cronômetro. Eles são extremamente práticos porque marcam o tempo de forma regressiva e, ao final, tremem na mão quando faltam 5 e 3 minutos para o término.
- Deixe um relógio sobre a mesa para que você possa acompanhar o tempo toda vez que se aproximar do computador ou for beber um gole de água.
- As versões mais atuais do Power Point e de alguns outros softwares de apresentação já trazem na tela do computador um marcador de tempo para orientar apenas o apresentador.
- Combine com algum amigo que ficará junto ao público para te avisar da passagem do tempo. Neste caso, lembre-se de olhar para ele e combinar antes quais serão os sinais.
- Verifique se é possível disponibilizar um relógio de parede no fundo do auditório, de frente para você. Esta é a maneira mais confortável de administrar o tempo da sua palestra.
O que não fazer para administrar o tempo
- Olhar várias vezes para o relógio do pulso, porque isso causa ansiedade no público que também ficará nervoso à espera do término da sua fala.
- Colocar um contador de tempo visível para o público na tela de projeção. Para quem está assistindo, ficar olhando para o relógio é uma tortura e outro potente desencadeador da ansiedade.
Coloque em prática essas dicas e você vai conseguir administrar o tempo para cumprir exatamente o que foi combinado com o seu público.
Dê uma olhada no Apresentador Multimidia Logitech R800 com cronômetro:
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