Desde os primórdios, as mulheres lutam por liberdade e igualdade com discursos empoderados e intensos
A busca das mulheres pela igualdade de direitos não é assunto de hoje. Ao longo dos anos, muitas mulheres corajosas e poderosas dedicaram boa parte de suas vidas para mudar a história. Mas, se essas mulheres existem, por que ouvimos falar tão pouco sobre elas?
Durante muito tempo a história foi escrita sob a ótica masculina, e a figura feminina raramente era apresentada. A oratória proporcionou às mulheres, assim como a todos que foram silenciados pela história, a oportunidade de sair do anonimato a que estiveram confinadas durante séculos.
Com discursos empoderados, as mulheres a seguir se opuseram às restrições de suas épocas e abriram espaço para a voz ativa na sociedade no que diz respeito a educação, mercado de trabalho, ciência, política… No entanto, ainda há muito que avançar para se alcançar a igualdade de direitos entre homens e mulheres na sociedade.
Conheça oito mulheres empoderadas e de oratória afiada, que de 1851 até a atualidade, marcaram a luta desse gênero que de frágil não tem nada.
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Oito mulheres e seus discursos empoderados ao longo da história:
1851 – Sojouner Truth, “Eu não sou uma mulher?”
Sojourner Truth nasceu escrava em Nova York e, depois de livre, se tornou pregadora pentecostal, ativista abolicionista e defensora dos direitos das mulheres em uma época em que mulheres em geral eram proibidas de falar em público.
Em 1851, proferiu seu famoso discurso na Convenção dos Direitos das Mulheres, onde já apontava para as diferenças entre as mulheres e para a difícil questão sobre o que é ser uma mulher. A fala foi feita em resposta a um dos palestrantes do sexo masculino que estava na plateia.
Dizia ela:
“Sou uma mulher de direitos. Tenho tantos músculos quanto qualquer homem, e posso trabalhar tanto quanto qualquer homem. Tenho arado e ceifado e cortado e aparado, e pode algum homem fazer mais do que isso? Tenho ouvido falar muito sobre igualdade dos sexos.
Posso carregar tanto quanto qualquer homem, e posso comer tanto quanto também, se conseguir o que comer. Sou tão forte quanto qualquer homem. (…) Os pobres homens parecem estar em total confusão e não sabem o que fazer. Porque, crianças, se têm direitos das mulheres, deem-nos a elas e irão se sentir melhor. Vocês terão seus próprios direitos e eles não serão um grande problema.”
Posteriormente, versões diferentes foram surgindo e se popularizando, incluindo repetidamente a frase “Ain’t I a Woman?” (e não sou uma mulher?), que acabou nomeando o famoso discurso.
1911 – Marie Curie, Segundo Nobel
Pioneira, Marie Curie abriu espaço para a presença ativa das mulheres na física e na química, duas áreas da sociedade que eram dominadas pelos homens em uma época extremamente machista e conservadora.
Mas, apesar das inúmeras conquistas no campo da radioatividade, Marie foi muitas vezes lembrada como ajudante de seu marido, mulher nobre, esposa devota, mãe dedicada…
Depois de dividir o Nobel de Física com o marido e Henri Becquerel, a premiação de química em 1911 foi exclusivamente para Marie que, não apenas foi a primeira mulher a ganhar um Prêmio Nobel, como também a primeira pessoa a ganhar duas vezes essa condecoração.
Não é para menos que em seu discurso ela não fizesse nenhuma menção ao seu gênero. Pelo contrario, ela deixou claro que as pesquisa dela e do marido eram separadas, e fez uma ressalva no mérito por seus êxitos científicos.
“Há 15 anos, a radiação do urânio vinha sendo descoberta por Henri Becquerel. Dois anos depois, o estudo desse fenômeno era estendido para outras substâncias, primeiramente por mim, e então por Pierre Curie e eu.
(…)Graças à descoberta dessas novas e muito poderosas substâncias radioativas, em particular o rádio, o estudo da radioatividade progrediu com uma rapidez maravilhosa: descobertas se seguiram uma a outra sucessivamente, e era óbvio que a nova ciência estava em desenvolvimento”
Marie foi vítima da sua dedicação: morreu de anemia aplástica em 1934, devido ao contato intensivo com materiais radioativos. Mas suas conquistas serão eternizadas na história.
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1914 – Nellie McClung, “Parlamento das Mulheres”
O processo de aprovação do voto feminino no Canadá foi muito difícil, mas Nellie McClung e suas companheiras sufragistas, conhecidas como as Cinco Mulheres de Alberta, foram de extrema importância para essa luta no início do século 20.
Entre os principais opositores do movimento estava o premiê Rodmand Roblin, que dizia frases como “Eu não quero uma hiena de anáguas falando comigo, quero uma criatura agradável, suave, para trazer meus chinelos”.
Mas Roblin pagou um preço caro no quesito sarcasmo por tentar competir com Nellie, que respondeu à altura com bom humor e uma poderosa oratória.
Em 1914, as mulheres juntaram-se para encenar a peça ‘Parlamento das Mulheres’, que trazia um grupo de homens pedindo ao ‘parlamento feminino’ direito ao voto. O discurso do premiê foi praticamente repetido na peça, porém a palavra ‘mulher’ foi substituída por ‘homem’.
Nellie desnuda o preconceito dizendo:
“Ah, não, homens foram feitos para algo maior e melhor do que votar. (…) O problema é que se homens começarem a votar, eles vão fazê-lo demais. Políticos perturbam homens, e homem perturbado significa contas perturbadas, móveis quebrados, votos quebrados, e divórcio. O lugar do homem é na fazenda. (…) Se os homens estivessem aqui para votar, quem sabe o que aconteceria? Já é difícil suficiente mantê-los em casa agora!”
Em 1915, Roblin acabou afastado do cargo, e no ano seguinte as mulheres de Manitoba se tornaram as primeiras no país a conquistarem o direito de voto na eleição provincial e ocupar cargos eletivos.
Mas, para se ter uma ideia, o último estado canadense a atingir o voto feminino foi Quebec, em 1940. Sim, 26 anos depois!
1934 – Carlota Pereira de Queiroz, Primeira Deputada Brasileira
A primeira mulher brasileira a ser eleita deputada federal nasceu em São Paulo. Carlota Pereira de Queirós foi médica, escritora, pedagoga, e estudou em centros médicos da Europa, onde alimentou as idéias feministas e sufragistas.
Em 1933, foi a única mulher eleita deputada à Assembléia Nacional Constituinte, integrando a Comissão de Saúde e Educação no trabalho de alfabetização e assistência social.
Nas eleições de 1934, foi eleita pelo Partido Constitucionalista de São Paulo, tornando-se a primeira deputada federal eleita na história do Brasil. Seu mandato foi voltado para a defesa das mulheres e crianças.
“Além de representante feminina, única nessa Assembléia, sou, como todos os que aqui se encontram, uma brasileira integrada nos destinos do seu país e identificada para sempre com os seus problemas. (…)
Quem observa a evolução da mulher na vida não deixará por certo de compreender esta conquista, resultante da grande evolução industrial que se operou no mundo e que já repercutiu no nosso país. (…) O lugar que ocupo neste momento nada mais significa, portanto, do que o fruto dessa evolução.”
Carlota permaneceu na Câmara por mais três anos, até que o Estado Novo foi instaurado, e então passou a lutar pela redemocratização do país.
1949 – Eleanor Roosevelt, Direitos Humanos
Eleanor Roosevelt foi esposa do ex-presidente norte americano Franklin Roosevelt, mas não ouse restringi-la à condição de primeira dama. Eleanor sempre foi ativista na área de Direitos Humanos, e foi decisiva na formulação da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Quando Roosevelt morreu em 1945, Eleanor chegou a dizer que se afastaria da vida pública, mas o que aconteceu foi exatamente o contrário. Ela se tornou mais envolvida em causas internacionais, atuando como diplomata na Assembleia Geral da ONU e presidenta da Comissão de Direitos Humanos.
Em um discurso na Universidade da Columbia, ela explicou o processo que resultou na Declaração dos Direitos Humanos, e comentou o impacto da Declaração de Independência dos Estados Unidos, que diz “Todos os homens…”:
“Neste documento não vamos dizer ‘todos os homens’, porque em alguns dos nossos países, estamos lutando por reconhecimento e igualdade. Algumas de nós chegaram até o topo, mas outras ainda têm muito pouca igualdade, reconhecimento e liberdade. Se dizemos ‘todos os homens’, quando chegarmos em casa será ‘todos os homens’. Então, nesta Declaração você encontrará que o artigo I começa com ‘todos os seres humanos’, e em todos os outros artigos dizem ‘todos’ ou ‘ninguém’.”
Eleanor trabalhou até o fim de sua vida pela aceitação e implementação dos direitos estabelecidos na Declaração. O legado das suas palavras e seu trabalho aparece nas constituições de grande número de nações e num corpo de lei internacional em evolução que agora protege os direitos dos homens e das mulheres por todo o mundo.
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1969 – Shirley Chisholm, Primeira Candidata à Presidência dos EUA
Apesar de Hillary Clinton poder se tornar a primeira mulher a ocupar a presidência dos Estados Unidos, uma representante feminina já quebrava os paradigmas no país há 40 anos.
Shirley Chisholm nasceu em uma sociedade moldada pelo preconceito e pela segregação. Porém, ela conseguiu superar os obstáculos e se eleger a primeira mulher negra a ocupar a Câmara dos Deputados.
Um ano depois de integrar o Congresso, Shirley apresentou aos membros da Casa um discurso importante onde ela falou sobre os dois tipos de discriminação que enfrentou.
“É obvio que a discriminação existe. Mulheres não tem as mesmas oportunidades que os homens têm. E as mulheres que não se conformam com o sistema, que tentam quebrar os padrões aceitáveis, são tachadas como “estranhas” e “não femininas”. O fato é que uma mulher que aspira a ser presidente do conselho, ou membro da Casa, o faz pelas exatas mesmas razões que qualquer homem. Basicamente, porque ela acha que pode fazer o trabalho e ela quer tentar.”
Suas conquistas representaram uma enorme mudança na política estadunidense, mas sua maior “vitória” veio quatro depois. Em 1972, se tornou a primeira mulher a concorrer à presidência dos Estados Unidos pelo partido Democrata.
1971 – Gloria Steinem, “Endereçada às Mulheres da América”
Autora da famosa frase “uma mulher sem um homem é como um peixe sem uma bicicleta”, Gloria Steinem é reconhecida por ativista, jornalista, escritora e, acima de tudo, uma mulher de força que inspira mudança.
No início dos anos 70, Gloria fundou, juntamente com Dorothy Pitman Hughes, a Ms. Magazine, uma revista que moldou o feminismo dos dias de hoje, ao levá-lo de um movimento das ruas para revista.
Em 10 de julho de 1971, na inauguração da Convenção Política Nacional das Mulheres, Gloria emitiu uma mensagem “Endereçada às Mulheres da América”, o que se tornaria um dos pronunciamentos mais memoráveis da época.
O discurso abordou não só questões do sexismo e misoginia, mas também racismo e classes sociais. A citação a seguir é a mais lembrada:
“Esta não é uma simples reforma. É realmente uma revolução. Sexo e raça são fáceis e visíveis diferenças que têm sido as principais maneiras de organizar os seres humanos em grupos superiores e inferiores, e para o trabalho barato que este sistema ainda depende. Estamos falando de uma sociedade em que não haverá papéis diferentes dos escolhidos ou merecidos. Nós estamos realmente falando de humanismo.”
1995 – Hillary Clinton, “Os direitos das mulheres são direitos humanos”
Em 1995, o pronunciamento de Hillary Clinton na Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres, nas Nações Unidas, em Pequim, foi um divisor de águas para os direitos das mulheres.
Na ocasião, ela criticou as violações de direitos humanos, incluindo a política de controle de natalidade conhecida como “um filho por casal” imposta na China, argumentando com ênfase contra os abortos forçados e os limites à liberdade de expressão.
O discurso surpreendeu pela intensidade. Hillary não citou em momento algum a China, embora tenha deixado seu alvo bem claro. Perante representantes de mais de 180 países, ela falou:
“Se há uma mensagem que ecoa perante esta conferência, é que os direitos humanos são os direitos das mulheres, e os direitos das mulheres são direitos humanos, de uma vez por todas.
Não vamos nos esquecer que entre esses direitos está o direito de falar livremente – e o direito de ser ouvida. (…) Enquanto a discriminação e as desigualdades continuarem comuns em todo o mundo – enquanto as meninas e mulheres forem menos valorizadas, menos alimentadas ou alimentadas por último, trabalhando mais, sendo mal pagas, não escolarizadas e submetidas a violência dentro e fora de suas casas – o potencial da família humana para criar um mundo pacífico e próspero não será realizado.”
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2010 – Zilda Arns, Pastoral da Criança
Zilda Arns Neumann foi uma médica pediatra e sanitarista brasileira, indicada três vezes ao Prêmio Nobel da Paz pelo Brasil. Fundou e coordenou a Pastoral da Criança, organismo que tem como objetivo o desenvolvimento integral de crianças entre zero e seis anos de idade.
Seu trabalho serviu de modelo para vários países, como Argentina, Venezuela, Bolívia, Peru, Filipinas, Peru, Angola, Moçambique, Equador, México. Em algumas dessas nações, ela própria ministrou cursos de como estruturar as ações da Pastoral.
Em janeiro de 2010, a Arns estava discursando em Porto Príncipe, no Haiti, com o intuito de introduzir a Pastoral da Criança no país. Pouco depois de proferir a palestra, um violento terremoto atingiu o país. As paredes da igreja em que estavam desabaram, e ela foi uma das vítimas da catástrofe.
“Não existe ser humano mais perfeito, mais justo, mais solidário e sem preconceito que a criança. (…) Como os pássaros, que cuidam de seus filhos ao fazer um ninho no alto das árvores e nas montanhas, longe de predadores, ameaças e perigos, e mais perto de Deus, deveríamos cuidar de nossos filhos como um bem sagrado, promover o respeito a seus direitos e protegê-los.”
2013 – Malala Yousafzai, Direito ao Estudo
No Paquistão, apenas meninos possuem o direito de ensino, e uma garota querer estudar é o mesmo que desafiar uma das mais violentas milícias extremistas, o Taliban.
Mas Malala não desistiu, e lutou com todas suas forças para defender o direito a educação das meninas e adolescentes em seu país. Como “punição”, militantes do grupo atiraram na cabeça da estudante, que tinha apenas 15 anos de idade no momento.
Após cirurgias, a garota sobreviveu sem problemas e, nove meses depois do ocorrido, deu seu primeiro discurso público. Durante a Assembleia de Jovens da ONU, no dia em que completava 16 anos, Malala pediu mais esforços globais para que crianças tenham acesso à escola.
“Não podemos nos esquecer de que milhões de pessoas estão sofrendo com a pobreza, a injustiça e a ignorância. Nós não devemos nos esquecer de que milhões de crianças estão fora da escola.
Nós não devemos esquecer que nossos irmãos e irmãs estão esperando por um futuro brilhante e pacífico. Deixem-nos, portanto, travar uma luta gloriosa contra o analfabetismo, a pobreza e o terrorismo. Deixem-nos pegar nossos livros e canetas porque estas são as nossas armas mais poderosas. Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo.”
A ONU declarou esta data, 12 de julho, como “Dia Malala”. Em 2014, ela e o indiano Kailash Satyarthi foram condecorados com o prêmio Nobel da Paz, por “sua luta contra a supressão das crianças e jovens e pelo direito de todos à educação”.
2014 – Emma Watson, “HeForShe”
A atriz Emma Watson já é querida por todos e conhecida por ser a eterna Hermione da saga Harry Potter. Porém, como embaixadora da boa vontade da agência ONU Mulheres, ela conquistou ainda mais o público.
Em 2014, Emma lançou a campanha HeForShe, um projeto que visa a participação de homens na luta feminista e na discussão da igualdade de gêneros. Em um evento para a apresentação da campanha realizado na ONU, ela pronunciou um discurso maravilhoso onde explicou sobre o feminismo e liberdade.
“É hora de começar a ver gênero como um espectro ao invés de dois conjuntos de ideais opostos. Deveríamos parar de nos definir pelo que não somos e começarmos a nós definir pelo que somos. Todos podemos ser mais livres e é sobre isso que é o HeForShe. É sobre liberdade. Eu quero que os homens comecem essa luta para que suas filhas, irmãs e esposas possam se livrar do preconceito, mas também para que seus filhos tenham permissão para serem vulneráveis e humanos e, fazendo isso, sejam uma versão mais completa de si mesmos.”
A lista tem apenas oito nomes, mas poderia ter milhares de outros. Seria impossível listar todas as outras mulheres que tiveram papeis importantes na história).
A luta delas não será esquecida, ignorada, nem apagada. Esperamos que, no futuro, mais mulheres sejam lembradas com tanta admiração por terem mudado o mundo com seus discursos poderosos.
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Separamos aqui os erros em apresentações mais comuns pra você se prevenir ao falar em público
Todo profissional precisa saber como expor suas ideias claramente, mas assumir o papel de protagonista (e se sair bem) não é uma tarefa fácil. Às vezes, cometemos erros que podem levar por água abaixo um discurso que poderia ser ótimo.
A arte de se comunicar bem envolve entender que o modo como você diz importa tanto quanto o que você diz. Para quem tem dificuldades com a oratória, treinar e estudar o assunto são os principais caminhos a serem seguidos.
No entanto, começar evitando alguns erros em apresentações já ajuda bastante. Por isso, oferecemos aqui algumas dicas que fazem toda a diferença em um discurso de qualidade.
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Confira seis erros em apresentações que você não pode cometer:
1 – Não estudar nem praticar o conteúdo
Se você não houver praticado sua apresentação o suficiente ou não tiver o conteúdo muito bem organizado, o público irá notar. De nada adianta ter um ótimo material e, quando chegar a hora, só ler aquilo que está em sua apresentação em PowerPoint.
Solução: Prepare bem seu assunto e estude como irá se comportar no momento da apresentação. Se possível, grave para verificar e ajustar seus erros antes de discursar.
Ao ensaiar, além de ter a chance de melhorar alguns pontos, o ato de apresentar se torna ainda mais familiar. Se você se sentir confortável para improvisar, fique à vontade, mas tome cuidado para não se perder no meio do caminho.
2 – Fala comprometida
Sua voz é sua principal ferramenta na oratória, por isso deve passar confiança e credibilidade. Se ela não se impuser, sua mensagem pode ser prejudicada, por melhor que seja o conteúdo. Os cuidados com a voz vão ser determinantes para o sucesso da sua apresentação.
Um ponto que deve ser observado também é a velocidade da fala. Se o ritmo for muito lento, o público terá sono e se for rápida demais vai atrapalhar o entendimento.
Solução: Mantenha sua voz o mais clara, audível e compassada possível. Aposte em mudanças de entonação, ritmo e fale com propriedade e energia para não cair em um discurso monótono.
3 – Não olhar para o público
A apresentação é um momento de comunicação e conexão com o público. Muitas pessoas, por nervosismo, fixam o olhar em um ponto além da audiência ou nos slides. Ao fazer isso, você acaba perdendo essa ligação e deixa a plateia desconfortável.
Solução: O ideal é que você divida mentalmente o público pelos espaços do ambiente e olhe nos olhos de cada um, alternando um lado, depois o outro e assim por diante. Dessa forma, toda a plateia se sentirá inclusa e conectada.
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4 – Slides ou textos desnecessários
Alguns apresentadores se preocupam mais com a quantidade do que com a qualidade do conteúdo que vão apresentar. Você tem muito o que falar, mas o tempo costuma ser curto. Colocar muitos textos e slides na apresentação pode atrapalhar tudo. Surge disso também o risco de fugir do tema proposto e dispersar totalmente a atenção das pessoas.
Solução: Deixe apenas as informações essenciais que serão usadas naquele momento. Saiba o que é relevante e mantenha nos slides apenas o mínimo necessário de texto. Além disso, deixe sua apresentação pessoal se destacar, use o slide apenas para enaltecer sua fala.
5 – Manter o mesmo discurso para todos os públicos
Você não deve presumir que todos vão ouvir, interpretar e responder ao seu discurso da mesma forma. Se você não conhecer o público para o qual está falando, consequentemente não irá atender os interesses dele.
Solução: Conheça bem as pessoas presentes no dia, suas diferenças e o que elas esperam extrair de você. Saber com quem você está lidando é essencial para moldar e direcionar sua apresentação para a realidade da plateia.
6 – Andar demais ou de menos
Na hora de falar em público, será essencial saber como transmitir o conteúdo para o público. E nessa hora, a linguagem corporal tem um papel muito importante.
Ao se movimentar muito pelo palco, o apresentador desvia a atenção do público, e as pessoas começam a prestar mais atenção no movimento do que no conteúdo. Além disso, essa inquietude passa uma impressão de nervosismo e ansiedade. Do contrário, ficar plantado no chão também não é uma opção.
Solução: Saiba como aproveitar o espaço, mas sem exageros. Use os gestos como uma forma de pontuar sua fala e se aproximar da plateia. Em movimento, seu cérebro pensa melhor e você capta mais atenção.
Conclusão
E aí, percebeu se você já cometeu algum desses erros em suas apresentações? Siga essas dicas e as próximas serão muito melhores! E, se ainda assim algo não sair como você esperava, saiba como reagir a uma apresentação ruim.
Muito além do amor pela música, essas bandas de rock também passam ótimas lições de empreendedorismo
Algumas pessoas costumam pensar em bandas de rock como rebeldes que tiveram a sorte de fazer sucesso com suas músicas e ganharam pilhas de dinheiro. Mas conquistar e manter seguidores por gerações, em continentes completamente diferentes, é uma arte que vai além da música. É empreendedorismo puro.
Uma banda de sucesso pode ser comparada a uma empresa com funcionários (músicos) e consumidores (fãs). O rock em si é uma indústria: é preciso considerar parcerias, propriedade intelectual, identidade visual, concorrência e muitos outros aspectos do negócio.
Longe de gravatas, salas de reuniões e conferências, alguns ensinamentos do mundo dos negócios podem ser encontrados na experiência de bandas de rock que se mantém no topo há décadas. Tanto pela paixão pelo que fazem e talento musical, quanto pelas lições de empreendedorismo.
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Bandas de rock que ensinam valiosas lições de empreendedorismo:
KISS
Além de baixista da lendária banda de hard rock Kiss, Gene Simmons é também um dos business men mais bem sucedidos do mundo da música. Simmons é dono de uma gravadora, um time de futebol americano e diversos restaurantes nos Estados Unidos.
Em entrevista à revista Forbes, o linguarudo revelou que sua banda pode não ser a melhor do mundo, nem ele o melhor baixista/vocalista. Mas o Kiss é, sim, um ótimo produto, que o permitiu explorar outras possibilidades.
Imagem via Facebook Oficial
Em 2014, o músico lançou o livro “Eu S/A”, em que compartilha diversas lições de empreendedorismo que aprendeu enquanto construía sua carreira. A obra quer ensinar aos empresários como “construir um império, libertando o Deus do Rock que mora dentro de você”.
Atualmente, a marca KISS é uma das mais fortes da indústria do rock, comercializando qualquer produto possível, desde escovas de dentes a caixões. A variedade com que a banda tem trabalhado nos seus mais de 35 anos a fez com que tivesse mais de 3 mil produtos licenciados em seu nome e um valor de U$500 milhões em produtos vendidos.
Iron Maiden
O heavy metal do Iron Maiden conquistou uma legião de fãs apaixonados ao redor do mundo. Os admiradores do Maiden acompanham os shows, compram discos novos, camisetas, e até mesmo a linha própria de cervejas The Trooper por uma simples razão: eles amam a banda, e a seguem fervorosamente.
E assim pode ser também nos negócios. É importante atender seu publico bem para criar uma conexão além de consumidor e empresa.
Para quem não sabe, além de vocalista da banda, Bruce Dickinson também fatura com os produtos licenciados, é investidor anjo de startups, piloto de avião há mais de 15 anos e ainda é dono de uma empresa de aviação.
Imagem via Site Oficial
Em 2014, Bruce ministrou uma palestra sobre empreendedorismo na Campus Party, evento de tecnologia que acontece todos os anos em São Paulo. No evento, ele comparou empresas a bandas e ainda deu ótimas dicas para quem quer apreender e atingir o sucesso.
“Basta ver o que a Apple consegue fazer em um lançamento, com filas e mais filas nas lojas. Apesar de os produtos serem muito bons, isso só acontece por causa da adoração dos consumidores pela empresa”, afirmou.
Merece destaque aqui o ótimo exemplo da The Trooper, cerveja criada pensando nas pessoas que gostam do Iron Maiden, mas assistem aos shows de casa, pelo YouTube e baixam música ilegalmente.
Segundo Bruce, a maioria deste público consome cerveja quando faz essas atividades, o que, querendo ou não, ajuda a gerar lucro para a banda neste momento de crise da industria fonográfica.
“Chegou uma hora que produzir CDs deixou de ser lucrativo, mas as pessoas ainda ouvem a sua música. Então tive a ideia de fazer cerveja, e o que aconteceu é que passamos a vendê-la associada à música. O disco acabava sendo subsidiado pela bebida, porque a mesma pessoa só compra um DVD ou download uma vez, mas quantas cervejas ela bebe? Muitas! E o sucesso da cerveja vem da fama da música – já atingimos 2,5 milhões de litros da The Trooper vendidos”, explicou.
Para o mundo dos negócios, vale o ensinamento de que pensar de forma criativa e “fora da caixa” é uma ótima maneira de contornar crises. Se algo não está dando certo, tente de outra forma, diferente dos seus concorrentes.
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The Rolling Stones
Com mais de 50 anos de carreira, os Rolling Stones possuem um dos logos mais conhecidos do mundo, identidade visual essa que foi essencial para transformar a banda em uma marca.
Qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo, ao ver os lábios e a língua para fora consegue associar a imagem aos Stones.
Imagem via Instagram Oficial
Desenhado em 1970 pelo designer John Pasche, o logo captura com perfeição a rebeldia e o lado mais sexy da banda.
Licenciado para aparecer em canecas, bolsas, camisetas, e outros milhões de produtos, o logo rendeu uma fortuna significativa à banda ao ser vendido para o museu de design V&A, por R$ 186,7 mil.
Ter um logotipo forte é muito importante para o sucesso, pois ele é a assinatura da empresa, traduzindo visualmente a personalidade da marca e fazendo com que as pessoas se identifiquem.
The Beatles
No mundo dos negócios, inovar é preciso, e uma das principais razões para o sucesso dos Beatles já ultrapassar 60 anos desde a sua formação é a inovação. O grupo foi um marco na história e transformou o mundo da música.
Na época em que viviam, os jovens estavam cansados da “mesma coisa”. Eles buscavam revolução, não apenas musical, mas também ideológica. O quarteto de Liverpool então começou a fazer um som diferente de tudo que o antecedeu.
Imagem via Site Oficial
Isso foi muito importante para mudar o cenário da música e, sem medo, eles continuaram se reinventando, buscando sempre inovar o próprio som. Ter a noção de trabalhar com o público certo também foi de extrema importância para colocar os Beatles no topo.
Com simplicidade, disciplina e dissonância (no sentido de experimentar algo novo, mesmo que cause estranheza de primeiro momento), eles conquistaram o público que almejavam, além de mostrarem algo completamente diferente ao mundo.
Concluindo…
É mais do que claro que as bandas de rock fazem o que fazem por amor à música, e é esse amor que conquista a lealdade dos seus fãs. Mas entender exatamente o que eles querem também ajuda muito.
Para as bandas de sucesso, uma ótima estratégia é tratar das músicas como um produto, aparições como publicidade, e a presença como serviço. Não seria ótimo que os fãs da sua marca a seguissem da mesma forma?
Gostou dessas dicas? Então fique por dentro do conteúdo da Widoox e confira muito mais!
Até os melhores oradores erram, por isso esteja preparado para lidar com uma apresentação ruim com essas dicas!
O maior medo das pessoas na hora de falar em público é cometer o tipo de erro que faz os outros rirem, coloca o apresentador em uma situação constrangedora e o faz sentir vontade de sair correndo do palco.
Quando mostramos vulnerabilidade, errando uma fala ou demonstrando nervosismo, temos medo de perder a credibilidade com o público. Esse medo pode ser poderoso e acabar com seu discurso… Se você deixar.
É importante lembrar que uma apresentação ruim pode acontecer com as melhores pessoas. Às vezes você pode ter treinado bastante, decorado o conteúdo de trás pra frente, e ainda assim não se sair como você esperava.
De qualquer forma, existem algumas técnicas que você pode utilizar caso faça uma apresentação ruim.
“Que insuportavelmente tenso”
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O que fazer durante e depois de uma apresentação ruim:
Reconheça o erro
Você pode fingir que nada aconteceu se o seu erro não influenciar na apresentação. Erros de pronunciação, palavras trocadas e frases confusas não causam grandes repercussões, se não alterarem o sentido que você quer dar a alguma ideia.
Caso contrário, se o seu erro comprometer o entendimento de algum conceito, sua plateia vai notar. Se você continuar falando como se não houvesse acontecido nada, as pessoas vão pensar nisso cada vez mais.
Então reconheça que você errou. Não precisa fazer disso um alvoroço, apenas peça desculpas ou dê uma breve explicação sobre o ocorrido.
Seja humano
Ria, se quiser. Peça uma pausa, se precisar. Recupere o fôlego e beba uma água. Mas sempre se mantenha conectado com a plateia. Afinal, quem nunca errou, não é mesmo?
Todos que estão te assistindo já passaram por alguma situação parecida. Se você souber como lidar bem com isso, o público vai se identificar e gostar ainda mais de você.
Relaxe
É normal se sentir nervoso na hora de falar em público, você só não pode deixar isso tomar conta de sua apresentação. Por isso, relaxe. Quanto mais relaxado você ficar, menos erros você irá cometer.
Quando relaxar, você perceberá também que existem pessoas no local que estão aproveitando o que você está falando, mesmo que outras 5% estejam desinteressadas.
Recupere sua confiança
Com certeza, antes de se pronunciar, você deve ter treinado muito para o grande momento. Mas nem sempre as coisas saem como você esperava.
Não desanime, olhe para dentro de si e lembre de todas as vezes que você obteve sucesso, ao falar em público ou em qualquer outra situação. Quanto mais confiante você estiver, melhor as pessoas vão receber e acreditar nas suas palavras.
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Avalie sua técnica
Se possível, procure por alguma gravação de sua apresentação e preste muita atenção, da forma mais sincera e objetiva possível. Se não, pergunte a algum colega que tenha assistido para dar uma opinião franca sobre sua performance.
Em que, exatamente, seu discurso foi ruim? Sua linguagem corporal e tom de voz estavam apropriados para o seu público? Você deu ênfase nas palavras certas e lembrou de dar destaque para os pontos importantes?
Seja honesto consigo mesmo. Dar a si mesmo um feedback pode mostrar o que precisa ser melhorado para seu próximo discurso ser um sucesso.
Tente novamente
Uma apresentação ruim pode traumatizar algumas pessoas. Mas falar em público é como andar de bicicleta: se você cair, suba lá e tente mais uma vez.
Por isso, quando alguém te convidar para discursar novamente, ao invés de fugir e pensar em nunca mais falar em público novamente, não hesite em dizer SIM para esse desafio.
“FAÇA”
Concluindo…
Nunca se esqueça que, não importa quão ruim seu discurso tenha sido, você sempre pode inverter essa situação. Se você aprender a reconhecer e trabalhar nos seus erros, você se tornará um orador melhor e mais convincente a cada apresentação que fizer.
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Adotar o humor na oratória pode ser uma excelente estratégia para conquistar seu público nas apresentações
Saber como fazer uso do humor para interagir com o seu público é uma ótima forma de transmitir a mensagem desejada (os comediantes que o digam). Isso porque o humor cria empatia com as pessoas, faz com que elas se sintam parte da apresentação.
Você pode até estar pensado “mas eu não sou engraçado, não sei nem contar piada, imagine usar isso em um discurso!”. Bom, não se esqueça de que o humor é uma habilidade, ou seja, pode e deve ser desenvolvida.
Mas é preciso saber quando e como fazer isso, para que seu discurso não acabe se transformando em um show de stand up comedy. Por isso, separamos aqui sete dicas sobre como utilizar o humor na oratória com bom senso, que podem transformar as suas apresentações.
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Como utilizar (na medida certa) o humor na oratória:
Observe e anote
Comece prestando atenção nas coisas que fazem você rir. Observe o mundo à sua volta em busca de momentos engraçados e, dessa forma, você encontrará inúmeras formas de utilizar o humor.
Toda vez que você pensar ou perceber algo divertido que possa ser útil, anote em algum lugar, seja no seu celular ou num papel, para não se esquecer depois.
Pausas e tom de voz
Tempo, ritmo e pausas fazem toda diferença. Uma pausa apropriada ajuda a criar curiosidade na plateia. E então, quando você estiver finalizando uma sentença, utilize a entonação da voz para criar um grande impacto.
Essa combinação cria ênfase na fala e um envolvimento maior do publico. Assim, você também pode dar tempo para que as pessoas possam rir e aproveitar o momento.
Fale sobre experiências reais e assuntos do seu gosto
Muitas vezes, situações cotidianas rendem as histórias mais divertidas e originais. Você pode falar sobre algum caso engraçado que viveu no dia a dia, ou sobre assuntos que você goste e já converse com seus amigos e familiares.
Dessa forma, você se sentirá muito mais à vontade com um tema que já domina. Mas atenção, só narre um fato antigo ou conhecido se puder dar a ele uma roupagem tão nova que o faça parecer inédito.
Brinque com o negativo
Se você está em uma situação difícil, com algo na sua camisa ou, de alguma forma, chamando a atenção da plateia por algo que não seja sua história, saiba como utilizar isso a seu favor.
“Eu faço piadas quando estou desconfortável”
Inverta essa situação e aproveite dos seus próprios erros para fazer as pessoas darem risada. Fazer uma autogozação em acontecimentos negativos pode ajudá-lo, porém é necessário ter sensibilidade para fazer isso na hora certa.
Charlie Chaplin já dizia: “para fazer rir, você precisa saber pegar a sua dor e brincar com ela”.
Utilize a expressão corporal
O uso da linguagem corporal é realmente importante em qualquer apresentação. Não basta ficar parado, jogando as palavras ao vento; isso será entediante. Por isso, ande pelo palco, use as mãos e todos os recursos que puder para chamar a atenção do público.
Sorrir e manter contato visual também são ótimas formas de se conectar com as pessoas à sua frente e levá-las a um nível mais pessoal. Se você demonstrar que está feliz e gostando daquele momento, a chance delas fazerem o mesmo é muito maior.
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Conheça seu público
Antes de fazer uma apresentação é preciso analisar muito bem a sua plateia. Imagine chegar e encontrar todas as pessoas do local com os braços cruzados e a cara fechada.
A piada que você estava preparando pode até ser engraçada para seus amigos, mas nem sempre terá a mesma reação com o conselho da sua empresa, por exemplo.
Por isso, é importante conhecer bem o público para quem você está falando. O público só ri da situação quando se identifica e entende perfeitamente o contexto.
As diferenças geográficas e culturais também influenciam muito.
Improvise e treine (muito)
Se você achar que está pronto para sair um pouco do roteiro, vá fundo! Os maiores comediantes misturam storytelling e técnicas de improviso.
Mas antes disso, treine muito: na frente do espelho, com filmagens caseiras ou com pessoas próximas. Analise sua performance, seu tom de voz, seus trejeitos, veja onde você se destaca e onde você é mais engraçado.
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