Esta configuração aponta ser a nova tendência global
Texto da arquiteta Gabriela Moreira, com exclusividade para o blog da Widoox*
O recente painel internacional de Facilities Management 2018**, mostrou a tendência crescente e global de transformar os ambientes de trabalho em locais mais dinâmicos e colaborativos, e que por serem também compartilhados, refletem em redução de custos e processos mais ágeis para as empresas.
Existem organizações holandesas, por exemplo, que não oferecem mais locais de trabalho; elas fornecem apenas as ferramentas de serviço e deixam os colaboradores trabalharem de onde quiserem.
E não é apenas na Holanda que esta é a realidade. Segundo o relatório Your Space da Knight Frank, empresa especializada no ramo de escritórios compartilhados, mais de dois terços das corporações globais (ou 80% delas) planejam aumentar o uso de espaços flexíveis de colaboração – os coworkings – nos próximos três anos.
Flexibilidade ajuda na produtividade
Outro motivo para esta mudança é que a flexibilidade do conceito permite também expandir e readequar o espaço de acordo com as novas contratações, ou alterações na equipe, de maneira mais rápida.
Além disso, 11% das empresas que já utilizam esta configuração, afirmam que a dinâmica colaborativa promovida entre a equipe é o principal benefício.
Esta informação também é confirmada pelos colaboradores. Para 75% deles, a produtividade pessoal ligada ao bem estar e à felicidade aumenta à medida que mudam para um novo modelo flexível e colaborativo de ocupação.
Espaço flexível, mas nem sempre
É importante salientar que este modelo flexível é mais adequado às estruturas de negócios e aos estilos de trabalho de hoje.
No entanto, algumas áreas de trabalho ainda precisam de privacidade e silêncio para o melhor desempenho de suas atividades. Especialmente aquelas que exigem muita concentração e atenção, ou acesso a dados e conversas sigilosas.
Assim, uma análise prévia, a conversa com a equipe e a atenção aos valores da empresa, são primordiais para a tomada de decisão se este modelo é o ideal e indicado para sua empresa e área de negócios.
Coworkings são soluções para pequenas e grandes empresas
No Brasil, o crescimento dos coworkings foi de 100% em 2017, e mesmo que este índice tenha caído em 2018, ainda é acelerado.
Para Lee Elliott, chefe global de pesquisa da Knight Frank, a incerteza econômica da última década é o principal responsável por remodelar a forma como as maiores empresas do mundo têm visto e compreendido o espaço de trabalho.
“Horizontes mais curtos de planejamento de negócios, juntamente com o surgimento de estruturas corporativas novas e mais ágeis, impulsionaram a demanda por espaços flexíveis. Eles permitem que as empresas reajam rapidamente às mudanças.”
Já estava claro que este modelo era tendência para pequenas empresas. Agora vemos também as grandes flexibilizarem seu modelo de negócios.
*Gabriela Moreira é arquiteta com especialização em Marketing e Comunicação com o Mercado. Desenvolve projetos comerciais e corporativos de arquitetura. Está à frente da D2C Design Biz Architecture, um dos 40 escritórios de SP selecionados para participar da Archademy, a primeira aceleradora de arquitetura e design do país. É articulista parceira do blog da Widoox.
**Fonte: Abrafac
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