“Antes de partir” é o nome do livro da australiana Bronnie Ware. A tradução do título em inglês é “Os cinco maiores arrependimentos dos que estão morrendo: a vida revista na hora da partida”.
A autora, que narra a sua história ao tentar encontrar respostas para a própria vida, acabou sendo cuidadora de pacientes terminais. Seu livro nos ensina uma grande lição a partir do relato de seus pacientes que começaram a avaliar suas vidas no momento em que perceberam que estavam partindo.
Com a experiência, ela começou a perceber que 5 dos arrependimentos eram comuns entre todos eles:
- Gostaria de ter tido a coragem de viver a minha própria vida e não o que os outros esperavam de mim
Esse foi o mais comum dos arrependimentos e o que causava a maior frustração. Parecem entender que teria sido melhor para todos se tivessem tido coragem para honrar esse desejo e, com isso, teriam sido felizes.
Quando compreendem que suas vidas estão no fim e olham para trás, percebem quantos sonhos não foram realizados por causa das escolhas que fizeram.
Entendem nessa hora que fazemos mais para evitar a dor do que para obter prazer e que só quando a dor se torna demasiada é que finalmente encontramos coragem para tentar a mudança.
- Gostaria de não ter trabalhado tanto
Este foi um dos arrependimentos comuns aos pacientes homens. Todos eles se lamentaram profundamente de passar a maior parte de suas vidas trabalhando. Assim, perderam a oportunidade de poder desfrutar do convívio com as pessoas mais importantes de suas vidas. O mais triste foi que o amor não foi vivido por falta de tempo!
Alguns se lamentaram por terem desperdiçado a vida em um emprego medíocre e sem propósito. Encontrar um objetivo na vida é a mais importante de todas as coisas, pois contribui para o bem de todos e não apenas para ganhar dinheiro.
Bronnie enfatiza a importância do propósito e intenção na vida. Não é necessário que um trabalho seja grandioso: alguns são capazes de ajudar milhares e outros podem ajudar apenas uma ou duas pessoas. Todos temos um propósito que, se assumido, colabora com os outros e nos enriquece. Assim, o trabalho deixa de ser apenas um trabalho e passa a ser uma extensão satisfatória de nós mesmos.
- Gostaria de ter tido a coragem de expressar meus sentimentos
Muitas pessoas reprimiram seus sentimentos para evitar a discórdia com os outros. Muitas coisas reprimidas por orgulho ou medo. Como resultado, eles aceitaram uma existência medíocre e nunca se tornaram quem eram realmente capazes de se tornar. Muitos desenvolveram doenças em consequência da amargura e ressentimento que eles sentiam.
Antes de morrer, alguns compreenderam que o auto perdão é um estado mais sadio do que o remorso.
Devemos aprender a expressar nossos sentimentos agora e não quando for tarde demais. Dizer às pessoas que são importantes para nós que as amamos. Se elas não conseguem aceitar a nossa honestidade ou não reagem como gostaríamos, isso não importa. O que importa é que revelamos nossos sentimentos. O que elas vão fazer com isso é problema delas. Os agonizantes precisam saber que tudo foi dito! As pessoas não se dão conta de como isso é importante até que elas próprias estejam morrendo ou vivendo com a culpa depois que alguém morreu. É indispensável ter a coragem de ser honesto nos relacionamentos!
- Gostaria de ter mantido contato com meus amigos
A solidão deixa um vazio no coração. Ela não é a falta de pessoas, mas a ausência de compreensão e de amor. Podemos sentir solidão no meio de uma multidão. Não ter por perto alguém que o entenda e aceite como você é, pode ser desesperador. A solidão é o anseio pela companhia de alguém que te compreenda, te ouça e esteja inteiramente presente para você.
Os pacientes não tinham se dado conta verdadeiramente da importância dos amigos até esse momento final. Eles ficaram tão envolvidos em suas próprias vidas que se afastaram das amizades ao longo dos anos e depois não conseguiram mais encontrá-los.
Eles sentiram arrependimentos profundos por não ter dado às amizades o tempo e o investimento que elas mereciam. Os amigos são necessários em qualquer fase da vida, mas no envelhecimento e à beira da morte são essenciais.
- Gostaria de ter sido mais feliz
Dentre os arrependimentos, esse é surpreendentemente comum. Muitos, assim como nós também, não tinham percebido até então que a felicidade é uma escolha. Sim, pois podemos optar pela felicidade se tomarmos essa decisão! Em geral ficamos presos a velhos padrões e hábitos. Preferimos o conforto daquilo que é mais familiar ao invés do desconforto da mudança. O medo fez com que eles fingissem para si e para os outros que estavam felizes quando, na verdade, queriam rir e aproveitar as coisas boas da vida.
Demoraram para compreender que a felicidade é agora!
OS CUIDADOS COM VOCÊ MESMO SÃO FUNDAMENTAIS PARA UMA VIDA AUTÊNTICA
Atualmente, o termo “amor-próprio” aparece bastante pois é fundamental para uma vida saudável. Sem aprender a cuidar de nós mesmos, nunca poderemos dar o melhor para os outros. É exatamente o que a aeromoça nos diz no avião antes da decolagem: quando as máscaras de oxigênio caírem, coloque primeiro em você para depois ajudar os outros. Se algo te acontecer, será impossível ajudar alguém!
O amor próprio significa cuidar de nós mesmos também. Quando somos corajosos o suficiente para honrar nossas próprias necessidades, então estamos melhor equipados para colaborar com os outros.
Devemos respeitar nosso coração, cuidar delicadamente de nossas próprias necessidades para, então, podermos colaborar com nossos companheiros ou filhos ou netos ou quem quer que seja. Dessa forma será uma experiência saudável, equilibrada e alegre, em vez de sacrificada, o que geralmente leva ao esgotamento, ao ressentimento ou aos arrependimentos.
Segundo a autora, “A morte nos amedronta, mas dizem que o antídoto para ela é viver intensamente todos os dias, tendo a coragem de experienciar uma vida honesta com nós mesmos.”
Bronnie Ware nos traz reflexões importantes sobre a vida ao relatar os processos de morte de seus pacientes. Fala da coragem que nos é necessária se queremos viver nossas vidas com plenitude e honestidade. Mostra que o importante não é o que possuímos, mas a qualidade com que vivemos. Enfatiza que precisamos nos responsabilizar pelo que nos acontece e pelo que queremos: a vida não nos deve nada, nós é que devemos a nós mesmos.
Ela nos mostra a importância da gratidão para reconhecermos o que temos na vida e podermos ser felizes.
E o mais importante talvez, ao falar da morte, ela mostra que vivemos como se a vida nunca fosse acabar, como se nosso tempo fosse inesgotável. Grande erro. Pense nisso!
Texto baseado no livro “ANTES DE PARTIR” de Bronnie Ware.
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Se quiser pensar nisso com ajuda da autora deste artigo, a psicóloga Márcia Assumpção (CRP: 06/14.064) encaminhe um e-mail para: marciassumpcao.ma@gmail.com
Ou inscreva-se no site Psicologia Viva para agendar uma consulta com Márcia Assumpção. O Psicologia Viva é regulamentado pelo CFP – Conselho Federal de Psicologia e garante a privacidade, a ética e o profissionalismo no atendimento online dos pacientes.
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