Ficar mais velho é um processo natural que todos nós experimentamos. O envelhecimento, por outro lado, é uma assimilação cultural de como nosso corpo “deve” responder à passagem do tempo.
Dr. Mario Martinez fez um estudo com 700 centenários saudáveis de todo o mundo sobre como a cultura influencia o envelhecimento. Este artigo é baseado nas suas descobertas e mostra os traços comuns, crenças e conceitos de envelhecimento das pessoas mais longevas do mundo. O autor nos mostra como viver até 100 anos e maneiras de modificar a “consciência do envelhecimento” em uma sociedade que não suporta envelhecer.
De acordo com o pesquisador, a longevidade não está nos genes como temos sido levados a acreditar. Está relacionada a uma cultura de crenças e seus consequentes comportamentos. Ele nos encoraja a adotar uma mentalidade centenária o mais rápido possível e em qualquer idade. Se você já é considerado sênior, pode reconsiderar esse rótulo ao ler este artigo. O grupo de pessoas de seu estudo não se considerava “idoso”. Alguns ficaram até indignados com a sugestão de serem considerados “da terceira idade”.
Segundo ele, você experimenta um envelhecimento saudável quando consegue viver sua idade sem medo. Como cultura, estamos muito atrasados com nossas crenças sobre envelhecimento.
Centenários nos mostram que são as crenças, e não a genética, que contribuem para a sua longevidade. Eles não se encaixam no estereótipo de sua idade.
Crenças como “Você é velho demais para isso” ou “O que você espera na sua idade?” determinam que você deve perceber o mundo dentro dessa perspectiva. Essas crenças restringem suas opções e controlam seu envelhecimento biológico.
Devemos escolher o que incorporar e o que descartar. Os centenários investigados conseguiram discernir o que questionar e como desafiar. Eles foram capazes de se lembrar dos presentes que a vida lhes ofereceu. A lição aqui é perceber que nas nossas memórias existem presentes esquecidos que negligenciamos assimilar. Eles sempre se lembram com compaixão de seu passado.
Centenários saudáveis não se lamentam, nem reclamam. Eles vivem suas vidas com gratidão e apreço. São indivíduos criativos e envolvidos. Muitos vivem em suas próprias casas e têm uma vida social rica, embora raramente se juntem a grupos de idosos.
Os centenários compartilham características semelhantes
- Eles são rebeldes que não concordam com as crenças de suas culturas. Eles criam sua própria cultura.
- Eles se entregam diariamente a rituais agradáveis, como um charuto, um pequeno whísky ou um doce. Importante lembrar que é um ritual – como a cerimônia do chá – e não uma farra desmedida e sem sentido.
- Vivem no presente e aguardam o futuro. Eles têm eventos e novos desafios para olhar para frente.
- Eles não se identificam com seus colegas ou com a idade. Eles não gostam de estar perto do que chamam de pessoas idosas, muitas das quais são mais novas do que eles.
Se você quer longevidade e não quer passar os últimos anos da sua vida com problemas de saúde pensando em como você é “velho”, você pode mudar seu futuro a partir de hoje adotando uma atitude nova.
Maneiras para adotar uma atitude sem idade
Para começar a agir como um centenário saudável, adote estas cinco atitudes:
- Não use sua idade como uma “gaiola”. Pare de dizer coisas como “na minha idade” ou “estou velho demais para isso”.
- Evite “recitais de órgãos” ou seja, não comece a catalogar suas dores nem passe a discutir todos os problemas de saúde e doenças. Nada é mais chato!!! Pior ainda, aquilo que você focaliza a sua atenção tende a aumentar. Por que não focar no que está funcionando?
- Decida questionar o que você aprendeu sobre envelhecimento. O modo como você envelhece tem muito a ver com suas crenças.
- Escolha mentores para o envelhecimento saudável: saia com pessoas com quem é mais fácil ser feliz.
- Crie metas e sonhos que o levem adiante. Isso pode ser o mais importante de tudo. Crie uma vida que você ame e continue vivendo, independentemente do número do seu RG.
Lembre-se: A gerontologia é simplesmente o estudo da “patologia” do envelhecimento. Você não precisa ter nenhuma patologia, porque o envelhecimento saudável não significa deterioração. Além disso, é uma perda real se você chegar ao fim de sua vida sem nunca ter se desenvolvido, para não mencionar todos os dons de sabedoria que acompanham a idade. Prosperar a cada ano que passa é realmente uma opção para todos nós.
Dr. Mario Martinez é um neuropsicólogo clínico que em 1998 desenvolveu a teoria da ciência biocognitiva com base em pesquisas que demonstram como os pensamentos e sua expressão no corpo acontecem dentro de uma história cultural. Ele argumenta que os atuais modelos das ciências estudam as doenças reduzindo o corpo a partes patológicas. Ele propõe que o processo de cura deve incluir a história cultural que contextualiza a mente e o corpo. Ele propõe desafiar as crenças culturais que perpetuam o desamparo genético.
Considere-se alguém que “fica mais velho” a cada ano, mas não “envelhece”. Comece uma nova aventura na vida todos os dias. Comprometa-se com o novo. Curta bons rituais e não maus hábitos. Faça qualquer coisa que ilumine seu coração!
Este artigo é baseado no livro “The MindBody Code: Como mudar as crenças que limitam sua saúde, longevidade e sucesso” do Dr. Mario Martinez e em artigos da Dra. Christiane Northrup.
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