[vc_row][vc_column][vc_column_text]Saiba como passei de tímido a professor de oratória e conheça diversas dicas para perder o medo de falar em público
Você já sentiu tremores incontroláveis, frio glacial na barriga e suadouro de barragem hidrelétrica antes de falar em público?
Eu já.
Eu sei que essa é uma afirmação estranha para um professor de oratória e técnicas de apresentação, mas a pessoa com mais medo de falar em público que eu conheci fui eu mesmo.
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Nesta época eu pensava que era o único a sofrer deste mal. Levei um bom tempo para descobrir que estava muito enganado.
Segundo uma pesquisa feita pelo jornal inglês Sunday Times, o medo de falar em público é o maior receio de 41% da população, seguido pelo medo de problemas financeiros (22%) e o medo da morte (19%).
Ou seja, para muita gente, é melhor estar enterrado do que diante de um microfone para fazer um discurso.
Se você está lendo esse artigo, é provável que se enquadre nessa estatística. É provável até que, para você, falar em público seja comparável a desfilar sem roupas no sambódromo em pleno sábado de carnaval.
Mas não se preocupe, é possível perder o medo de falar em público com menos sofrimento do que você imagina, mesmo que você nunca tenha conseguido se sair bem em apresentações.
A oratória não é um dom que se adquire no nascimento, mas uma habilidade que pode ser desenvolvida.
Continue lendo para saber mais sobre:
1) Falar em público não mata
2) 5 dicas para vencer o medo de falar em público
3) Por que perder o medo de falar em público é importante?
Falar em público não mata

Ninguém nunca morreu por falar em público
Eu fui uma criança tímida. Morria de medo até de aparecer na sala de casa quando havia visitas, porque sabia que iam querer conversar sobre qualquer assunto para o qual eu jamais me sentia preparado.
O pior é que, na minha escola, todos os dias a professora escolhia alguém para ir à frente da classe responder algumas perguntas sobre a lição.
Assim que a professora perguntava “quem sabe responder sobre…?”, eu tentava me esconder como uma lebre quando avista uma águia, mas era impossível. O meu nervosismo fazia a professora supor que eu não sabia nada e me transformava em uma vítima fácil.
Era exatamente o contrário. Eu era um ótimo aluno, mas a ansiedade fazia com que as questões parecessem tiradas de uma aula de grego. Obviamente, eu errava todas.
Ao voltar para casa, depois de uma tarde dessas de chamada oral, contei ao meu pai o que havia acontecido —e que sempre acontecia—, e ele me respondeu: “Filho, isso é fácil de resolver!”.
Ansioso, pedi a ele a solução. “É simples, filho, sempre que a professora perguntar quem sabe responder, você imediatamente levanta a mão”. Decepção absoluta. Como me oferecer ao sacrifício de uma chamada oral poderia me ajudar?
Continuei minha saga de sofrimento durante as aulas, tentando sobreviver aos ataques daquela águia implacável chamada professora. Muito tempo depois, cansado das humilhações diárias, resolvi seguir o conselho de meu pai.
Levantei a mão, respondi a pergunta da professora e, como por um milagre, tirei meu primeiro 10 em avaliação oral.
Com um pouco mais de calma e alguns resultados positivos depois, cheguei à conclusão de que nada de ruim acontecia quando eu mantinha minha mão esticada ao ouvir uma pergunta.
Eu não era expulso da escola, meus amigos não gostavam menos de mim e minha mãe não me batia.
Percebi o óbvio, mas que muita gente ainda não entende: falar em público não mata.
Pelo contrário, coisas boas passaram a acontecer. Passei a ser mais convidado para festas, fui mais escolhido para times de futebol e as pessoas me chamavam pelo nome.
Esta simples mudança de atitude abriu o caminho para que eu desenvolvesse cada vez mais a habilidade da oratória e perdesse aos poucos o medo de falar em público.
O que meu pai me mostrou ao me dar aquele conselho, mesmo que eu não pudesse entender na época, é que o medo de falar em público deve ser combatido com a mesma utilização de um soro antiofídico. Ou seja, você precisa do próprio veneno para se curar dele.
É necessário se expôr para superar o medo de falar em público.
Não foi de um dia para o outro que eu consegui desenvolver uma boa oratória e perder o medo de falar em público. Demandou muito esforço e dedicação. Mas eu consegui, e isso me motiva muito a ajudar os outros.
Essa experiência de superação me ajudou a desenvolver um método eficaz de ensino, e criar um curso de oratória e técnicas de apresentação. Com essa metodologia, já realizei treinamentos com executivos de grandes empresas, como VolksWagen, Coca-Cola e Vivo, e os resultados têm sido bem positivos.
Como já disse, sei que não é fácil, mas por experiência própria posso falar que é possível. Algumas técnicas ajudam e muito.
Continue lendo para saber mais sobre como desenvolver uma boa oratória e vencer o medo de falar em público.
5 dicas para vencer o medo de falar em público
1) Levante o braço e se exponha
Em todas as ocasiões em que for solicitado e mesmo naquelas em que você não foi o escolhido, ofereça-se para apresentar suas ideias, projetos ou qualquer outro assunto. Isso traz mais conforto para quando a apresentação for necessária. Evite esconder-se ou transferir a responsabilidade.
Você pode ler todos os manuais de oratória, fazer cursos e mais cursos, mas não vai resolver o problema se não praticar.
Comece em situações sem importância, com desconhecidos, em que uma falha não vai comprometer nada na sua vida. Então vá aumentando a “dificuldade” do exercício como em um jogo de vídeo game.
Não é possível definir quando se passa a dominar a arte da oratória. Pode acontecer após 10, 20, 50 ou 100 apresentações. Cada pessoa pega o jeito em um ritmo diferente.
O importante é manter a perseverança. Não desista se nas primeiras vezes as palavras não saírem da sua boca como você esperava. É normal! Com a prática, a tensão sobre cada apresentação diminui, afinal ela passa a ser só mais uma.
Continue tentando sempre e uma hora você vai descobrir como perder o medo de falar em público.
2) Encare toda apresentação como uma oportunidade
Algumas pessoas se escondem de apresentações como camaleões na floresta. Se fingem de mortas, mudam de cor e param de respirar para não ter que falar em público.
Isso acontece porque encaram esse momento como um castigo. “Por que eu?”, se perguntam.
A tensão se amplifica quando vemos cada situação de apresentação como uma tragédia a que fomos destinados.
A solução é mudar de atitude diante dessas ocasiões. Olhe esses momentos como uma oportunidade que lhe foi concedida, um prêmio que pode resultar em uma promoção de cargo, desenvolvimento de carreira e até aumento de salário.
Ao ser visto por muitos com boas apresentações, seu nome será destacado entre os demais funcionários da empresa. Boas coisas acontecem com quem se expõe e permite ser visto.
3) O julgamento dos outros não te leva para a cadeia
Já parou para pensar que um dos principais motivos do medo de falar em público é pensarmos no que os outros vão falar ao nosso respeito? O julgamento do público pode ser apavorante.
Mas não deveria. A verdade é que, na maioria das vezes, a única pessoa preocupada com seus erros é você mesmo. Em geral, quem assiste a uma apresentação não presta realmente atenção aos detalhes, e a maioria das falhas passa despercebida.
O público sabe como é complicado se apresentar, tende a compreender as dificuldades de quem está “lá na frente”, e pode até mesmo se solidarizar com sua situação.
Além disso, é importante apresentar suas ideias mesmo que pareçam absurdas para o senso comum.
Leonardo DaVinci foi considerado louco por desenvolver estudos de coisas desconhecidas na época do Renascimento, como o helicóptero, a captação de energia solar, a calculadora e muito mais. Já pensou se ele tivesse queimado suas anotações por medo da crítica?
Já houve um tempo em que palavras podiam levar uma pessoa à cadeia ou à forca. Mas as coisas mudaram.
Exponha sua opinião sempre. Não importa que discordem. Continua sendo sua opinião e ela é válida. Apenas cuide para que seu posicionamento não seja inflexível a ponto de não aceitar quando estiver errado.
Em uma empresa, a ousadia em apresentar ideias inovadoras, que outros teriam medo de falar, costuma ser vista de maneira positiva. Se você acredita em uma ideia, não tenha receio de torná-la pública. Um dos segredos da oratória é a convicção no que se está falando.
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4) A unanimidade é uma ficção
Outra forma de observar o medo da crítica é entender (e não apenas ouvir!) que não existe unanimidade. Nunca. Quando queremos conquistar a aprovação unânime de todo o público, isso causa nervosismo e prejudicamos a nossa oratória.
Tente pensar em alguém que todas as pessoas gostem. Leve o tempo que quiser. Pensou? Espero que não tenha encontrado ninguém, porque qualquer nome que tenha lhe ocorrido teve opositores.
Jesus Cristo foi crucificado. Nelson Mandela passou grande parte de sua vida preso. Buda Siddhartha Gautama foi considerado louco por representantes de diversas religiões.
Pare de perder seu tempo, pois você não vai achar.
Agora invista alguns segundos na seguinte reflexão: quais são as pessoas que ninguém gosta? Vou poupar o seu tempo: não existe ninguém. Até presos perigosos, cumprindo penas por crimes hediondos, recebem visitas da mãe, dos filhos, da mulher ou do marido.
Portanto, coloque na sua cabeça que perseguir uma aceitação unânime só pode te levar à frustração. Contente-se em agradar a maioria ou apenas o seu público de interesse.
Mesmo sem assistir à próxima vez que você vai falar em público, posso afirmar: alguns vão gostar, outros não.
Por isso, o que vão pensar de você? Não importa. Apesar dos descontentes, a vida continua.
5) Crie um estoque de assuntos
Uma das coisas que mais inibe é não ter assunto para conversar com os outros. Estou me referindo aos mais tímidos, mas essa aflição atinge também os extrovertidos em algumas situações.
“Esquentou, né?” “É, mas parece que vai chover!”. Essas parecem ser as únicas frases possíveis em algumas situações. Depois desse longo e proveitoso diálogo, só resta olhar fixamente para o painel de andares e rezar para que o elevador vá direto do 14º para o térreo.
No entanto, a oratória também deve ser treinada em situações cotidianas. É preciso saber ter conversas desimportantes com qualquer um para falar bem em público.
O que você pode fazer é montar o seu estoque pessoal de assuntos. Todos os dias, antes de sair de casa, leia pelo menos as manchetes dos jornais, ou então ouça uma rádio de notícias. Assista a um canal de documentários. Tenha uma fonte de temas para comentar com os outros.
Para não começar a praticar com colegas de trabalho, tente com pessoas fora do seu relacionamento profissional, como frentistas de posto de gasolina, vendedores, secretárias, etc.
Você vai perceber que é mais fácil do que parece manter um assunto com alguém.
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Por que perder o medo de falar em público é importante?
A essa altura, você pode estar pensando que não vale a pena todo o esforço necessário para perder o medo de falar em público e desenvolver uma boa oratória.
Afinal, você teve este medo durante a sua vida inteira e chegou até aqui, certo? Errado.
Por mais que você tenha conseguido fazer um bom trabalho até o momento, mesmo se apavorando em cada vez que teve que se apresentar em público, tudo poderia ter sido muito mais fácil.
Pode acreditar: os conhecimentos técnicos da sua profissão não são os únicos responsáveis pelo avanço de sua carreira. Conhecer suas funções e desempenhá-las bem não passam de suas obrigações.
O que fará muita diferença são os relacionamentos que você vai conseguir desenvolver.
Imagine que você é um dos muitos administradores trabalhando em uma empresa. Em um momento surge uma oportunidade de promoção, em que ocorre um empate técnico entre três administradores. Todos têm o mesmo tempo de trabalho, formação e especializações. Quem ganha? Aquele que se mostrou mais, porque terá seu nome lembrado por mais gente.
Ninguém é obrigado a ser extrovertido, amar oratória e se divertir ao falar em público. No entanto, mesmo que você não goste, você vai precisar fazer isso muitas vezes ao longo da sua vida.
Apresentações de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) em faculdades, bancas de mestrado e doutorado, apresentações de projetos corporativos, aulas, cursos, negociações, discursos de formatura e vendas são apenas alguns exemplos de situações em que a oratória se faz necessária.
Portanto, você tem duas opções: conviver com o medo e perder diversas boas oportunidades; ou arregaçar as mangas e começar a praticar a sua oratória.
Conclusão
Perder o medo de falar em público não é fácil. Requer muito esforço, força de vontade e prática. Mas é possível, e nós da Widoox estamos trabalhando muito para ajudar você nesta empreitada.
Vamos então lembrar algumas dicas deste artigo:
1) Levante os braços e se exponha. Quanto mais você falar, menos nervoso fica
2) Encare toda apresentação como uma oportunidade. Enxergar a situação como um castigo só atrapalha a sua oratória
3) O julgamento dos outros não te leva para a cadeia. Preocupe-se menos com o que os outros vão pensar de você e acredite em suas ideias
4) É impossível agradar a todos. Esqueça a unanimidade
5) Crie um estoque de assuntos. Conversar com desconhecidos ajuda a praticar a oratória e é um bom caminho para perder o medo de falar em público
Você conhece alguém que adoraria receber essas dicas? Então compartilhe este artigo e ajude a espalhar esta mensagem!
E não se esqueça: agora é o melhor momento para você começar a praticar tudo o que viu aqui. Qualquer um pode abandonar a timidez e dominar a arte da oratória.
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Veja também:
Como perder o medo de falar em público
Exercícios de oratória que você pode praticar no dia a dia
Comunicação não verbal: 4 pontos fundamentais
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